Ser mãe é um estado tão difícil de definir, que não sou eu, mulher simples e pouco letrada que vou saber fazê-lo.
Não há, certamente, muitas mulheres que consigam exprimir por palavras todas as sensações, medos, sentimentos, desejos, que depois de sermos mães tomam posse de nós.
Poderei é, numa palavra, resumir o que cada mãe, instintiva e naturalmente é: protetora.
É da nossa natureza, tentarmos a todo o custo proteger os nossos filhos de todos os perigos, embora saibamos que é uma tentativa vã.
Por nós, mães, os nossos filhos viviam numa bolha protetora que os defendia de todos os males, físicos e psicológicos.
E mesmo quando estão longe, temos a ilusão de que, se muito o desejarmos, mesmo à distancia, o nosso desejo de que estejam bem é tão forte, que essa ilusão nos alivia.
Falar de amor não é ridículo e eu, pobre mãe longe das crias, faço questão de lhes dizer muitas vezes, mesmo por telefone, o quanto gosto delas. Para que se sintam protegidas por este amor tão grande, ilusoriamente capaz de as guardar de todos os males.
Por isso, a noticia de que uma mãe abusara sexualmente da sua filha em conjunto com o companheiro, deixou-me com a cabeça às voltas, e completamente baralhada sobre a maternidade.
E mais não digo!
Não consigo!
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