quarta-feira, 30 de julho de 2014

terça-feira, 29 de julho de 2014

Utopias...

Esta noite, sonhei que Passos Coelho e Cavaco, estavam aqui em casa a comer caracóis.
Pagavam cinco euros a unidade , usavam um babete gigante e tinham, cada um, dois assessores a babarem-se ali ao pé. Um a contar os caracóis, e outro a pôr nota sobre nota.
E eu ali, a ver o monte de notas a crescer.
Ah! Cavaco só comia a lesma, mas Passinhos comia merda e tudo.
Enquanto isso, do lado de fora só a contentar-se com o cheiro, Zé Mané, de bibe e carinha de menino Jesus, batia o pezinho e afirmava que assim não ia a eleições, que a campanha era desigual e que assim não queria.
E quem ganhava com isto era eu, que os caracóis deviam estar bons, e o monte de notas era cada vez maior.
É por estas e por outras que eu gosto de adormecer cedo.
É que nos sonhos, pelo menos nos meus, a vida é um mar de rosas.
Na vida real, este ano nem caracóis há pra fazer um pitéu...

domingo, 27 de julho de 2014

O Hotel Parque em S. Martinho do Porto...

... está, como os idosos nos lares.
Com uma diferença. Ele, ainda pode ser recuperado e voltar a ter vida.
Não façam mais hotéis novos em S. Martinho. Recuperem o Hotel Parque!

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Hoje fui a um lar

De idosos. De despojados. De tristes. De olhares molhados e vazios. De mãos inquietas. De pernas tremolas. De bocas desdentadas.
Porque é que estes lugares se chamam lares?

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Já sei...

...vou ali encher a barriga de ameixas e a seguir vou às amoras.

Eu, não

"Quem me dera ser criança e saber o que sei hoje" é uma frase que ouvimos inúmeras vezes.
Mas eu, maluca que sou, queria exatamente o contrário.
A idade não me incomoda, e do que aprendi de criança até agora, muitas foram as coisas que melhor seria se as não tivesse aprendido.
E, para não ser maçadora e ir buscar pensamentos muito profundos,  darei apenas alguns exemplos de coisinhas simples que não me fazia falta nenhuma ter aprendido.
As maçãs, por exemplo, depois de uma (pseudo)formação em agricultura (supostamente)biológica, descobri que uma simples maçã, até chegar à nossa boca, passa por tanta porcaria, que nunca mais (NUNCA MAIS) comi uma maçã comprada. Como das minhas, quando as tenho, que essas sim, são biológicas.
Pois não é, que o fruto do pecado de Eva, leva químicos para florir, para não florir, para cair a flor, para crescer, para deixar de crescer, para amadurecer, para parar de amadurecer e até para ser conservada no frio, ainda tem a companhia de um gás que a deixa, vá lá, mais viçosa durante mais tempo.
Já para não falar do que lhes põem para combater todo o tipo de pragas, comuns e frequentes durante todo o processo .
Então não era bem melhor eu não ter aprendido isto? Comia-as, lambuzava-me e sabiam-me a pato.
E isto vale para todas as frutas e legumes, lindos, verdinhos e viçosos que berram por nós nas prateleiras dos supermercados.
E os ovos? Vi há tempos uma reportagem sobre galinhas poedeiras, tão chocante, mas tão chocante, que nunca mais comi um ovinho com gosto, a não ser os que vou comprando por aqui à vizinhança.
Não era melhor que eu não tivesse aprendido isto? Nunca mais uma gemada me soube bem....
E o pão? Meu rico pão, que segundo tenho vindo a aprender, é feito a partir de cereais geneticamente modificados e a que são adicionados "melhorantes" ao montes.
Quem me dera não saber isto!
Com o leite, passa-se exatamente a mesma coisa. Conta-me quem sabe, que o melhor é eu nem saber tudo o que ele leva até me chegar ao copo.
Até umas simples bolachas, parece que estão pejadas de conservantes.
O açucar, diz que leva tanta volta até ficar assim branquinho, que se torna um veneno.
Então, o que é que eu, esganada minimamente informada, pode comer com gosto e lamber os beiços?



quarta-feira, 23 de julho de 2014

Papoila regrassa a casa

Depois de uma semana fora, flor mais linda de sua avó voltou para casa , e parece que gostou tanto, que deu beijos e miminhos a tudo como que a dizer que estava a gostar de reencontrar o que tinha deixado.
Esta miúda...é do céu!

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Sem epidural

Estive toda a noite em trabalho de parto, e acordei antes de parir.
Ah!!! Era um rapaz.

Ir... e vir

Basta um fim de semana fora, para chegar e ver tudo um pouco diferente.
As plantas parecem maiores, os cães parecem mais gordos, a casa parece mais branca e a minha cama.....bem a minha cama é...do céu!(e ser do céu, quer dizer divina, pra lá de boa, fofa, cutchi cutchi, e por aí fora).
O pior, é o cheiro a merda que anda no ar, também me parecer mais intenso.


sexta-feira, 18 de julho de 2014

Outra vida #3

E se eu vos disser, que em 74 e 75, e talvez durante mais tempo, já não me lembro, eu, com 20 escudos por dia (atuais 10 cêntimos), tinha uma vida de estudante desafogada.
Ora vejamos: para os transportes, 7 escudos( 3,5 para cada lado)
                       para a senha do almoço, 2,5 escudos
Sobravam, portanto, 11,5 escudos, mais de metade da diária.
Com isso, eu comia nos intervalos e economizava para comer fora da escola de vez em quando.
Ainda dava para comprar livros e algumas roupas. E era uma sortuda.
Era ou não era outra vida?

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Rotas...do sol (Z)

(Z)êzere.
 
E que este Z não seja de fim de alfabeto, mas sim  de zarpar...sair por aí, sem a desculpa de que se não tem dinheiro. Mesmo perto de casa, todos temos lugares bonitos, um jardim, uma flor, um céu azul ou uma estrela brilhante que nos faça bem olhar.
 

Parabens

terça-feira, 15 de julho de 2014

Outra vida #2

Com treze anos, e porque há coisas que nunca mudam, eu tambem  tinha namorado.
Era o J.C..
Tinha mais nove anos do que eu (se fosse agora seria suspeito de pedofilia), tinha um ar digno, usava barba e parecia meu pai.
Nem sei como chegamos à condição de "namorados". Não sentia nada de especial por ele, mas achava giro ter um namorado que as minhas colegas não conheciam e que era de uma cidade grande.
"Namoravamos" num banco de jardim e nunca sequer trocamos um beijo.
Muito respeitador, pensava eu cheia de orgulho.
Tonta! Ele devia era ter nojo dos meus herpes!
Nas férias grandes, e porque eu só podia sair se fosse para ir à missa, de vez em quando lá o encontrava na igreja. Não falavamos porque o meu pai podia desconfiar e caía o carmo e a trindade.
Então, quando eu lia uma daquelas leituras da missa, olhava para ele como se fosse para os fiéis em geral e era esse o nosso cumprimento. Depois, cada um ia à sua vida e nem olhávamos mais um para o outro.
Bem sei que isto vos interessará tanto como o pêlo encravado que tenho aqui numa virilha, mas é só para dizer que dada a minha falta de interesse (e dele tambem), fiquei até aliviada, quando me trocou por outra com quem mais tarde casou.
Era, efetivamente, outra vida.


Rotas...do sol (V) (X)

(V)ila Nova de Milfontes
 
(X)isto em Rio de Onor
 

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Outra vida

Andava eu aqui numas arrumações, quando encontrei uns vestígios de outros tempos e me lembrei de como era diferente a vida naquela época.
Entrei no ensino secundário no ano letivo de 74/75. Em plena febre revolucionária, portanto.
Todos os dias havia plenários, sessões de esclarecimento, manifestações várias, falta de professores.
Mas a verdadeira reforma do ensino, só aconteceu alguns anos mais tarde.
Na verdade, entre uma falta de professor ou um plenário, lá íamos tendo umas aulitas com matérias tão nobres como Economia Doméstica.
Obviamente, naquele altura, as turmas não eram mistas. Até porque, nas escolas secundárias só havia duas opções: o curso Comercial ou o Industrial.
Claro que o comercial era para as meninas e a mecânica e eletricidade, para os rapazes.
Naquele ano, excecionalmente, já havia rapazes em Comercio. Mas os géneros continuavam separados.
Ora, voltando à economia doméstica, mais não era do que o ensinamento que todas as meninas deveriam ter para desempenharem na perfeição o papel que cedo iriam desempenhar. O de esposas e mães.
Hoje, ninguém acreditaria, que na escola se aprendesse a passar a ferro, cozinhar, limpar o pó, fazer um nó de gravata, pôr a roupa a corar e arejar, passajar, cerzir e mil outras coisas.
Tínhamos ainda Caligrafia, que no tempo em pensaram naquele curso, nem máquinas de escrever devia haver. Por isso, tínhamos de saber fazer letra francesa, inglesa, comercial.....
Mas já havia Caligrafia. A minha favorita e com o melhor professor do mundo, o Sr J.
Era outra vida, sim.

Rotas...do sol (T) (U)

(T)ejo, na aldeia avieira do Escaroupim
 
Pia do (U)rso
 

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Pela boca...morre o peixe

Quando via passar grupos de pessoas na sua caminhada diária, o meu pai ria-se, trocista, e deixava escapar um ou outro comentário menos simpático, como que, se aquelas pessoas andavam só por andar, era porque não tinham mais o que fazer.
Explicava-lhe a importância da caminhada contínua, já que ele pensava que o facto de ir à horta duas ou três vezes por dia já era suficiente.
Até que, o médico lhe recomendou que fizesse uma caminhada diária de pelo menos vinte minutos, em marcha tão rápida quanto lhe fosse possível.
Agora é vê-lo, todos os dias, garrafa de água na mão, todo pimpão, faça chuva ou sol.
Não lhe digo nada, porque quero o melhor para ele e o homem até podia levar a mal e deixar-se do exercício, mas quem dá agora um sorriso quando o vê passar, sou eu.



Rotas...do sol (P) (Q)

(P)arque natural da Arrábida
 
 
(Q)uando o rio se junta ao mar-Estuário do Sado
 

quarta-feira, 9 de julho de 2014

segunda-feira, 7 de julho de 2014

A minha vida no campo

Levanta-se uma gaja bem disposta, cheia de energia, com vontade de apanhar sol na tromba, dar livre transito ao mosquedo, abre a janela e...ups...quase cai para o lado.
E não é porque bateu com as mamas no parapeito gelado. Não!
É pela concentração de odores circundantes.
A saber:
A bosta de vaca
A caganita de ovelha
A caca de pinto
A bosta de cavalo
(e antes havia também benisco de burro, mas o bicho quinou. Sede ou fome, coitado)
Enfim...viver no campo é isto...só poesia.

Rotas ...do sol (I) (J)

(I)danha-a-Velha
 
(J)ardim botânico-Funchal
 

sexta-feira, 4 de julho de 2014

O estado é o meu dono e tudo me faltará

Pagamos se trabalhamos, pagamos se temos casa, pagamos se circulamos em estradas que nós próprios já pagámos, pagamos se compramos, pagamos se vendemos, pagamos se cagamos, pagamos se ficamos doentes, pagamos, pagamos, pagamos e o que pagamos vai para a merda de um buraco que não tem fundo, nem paredes, nem tampa.
Este não é um vocabulário fofinho. É o vocabulário da indignação.
É bonito? Não!
Gostava que a minha neta o lesse daqui a uns anos? Não!
Porque a avó escreveu coisas feias? Não!
Porque daqui a uns anos, se isto continua assim, sentirá ainda mais indignação e usará todo um léxico que envergonhará sua avó.

Rotas do...sol (G) (H)

(G)eoparque Naturtejo
 
(H)ortencias-Açores
 

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Coisas que me irritam

Não sei porquê, a maioria das pessoas, mais as mulheres porque parece que ligam mais a essas coisas, acham estranho que eu, com mais de cinquenta mantenha o mesmo peso de quando tinha quinze ou vinte anos.
Poderei dizer, que tenho hábitos alimentares, e de vida, vá, que se podem chamar de saudáveis.
Mas se há coisa que me irrita, é estar com alguém à mesa e ouvir aquelas frases simpáticas do tipo
"Isso, mata essa desgraçada. Já não comias há quanto tempo?" ou então " Deves passar pouca fominha, deves".
Será que não cabe na cabeça das pessoas parvas que quem come como deve ser, não precisa de fazer dietas de emagrecimento e logo, não precisa de passar fome?
Eu não passo fome! Alimento-me é bem.
Coisa que muita gente nem imagina o que seja.

Rotas...do sol (E) (F)

(E)riceira
 
(F)alésias no litoral Alentejano
 

Noite

Gosto da noite imensa,
triste,preta,como esta estranha borboleta
Que eu sinto sempre a voltejar em mim!...
Florbela Espanca

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Ah pois tem...

Mãe?????????

Ser mãe é um estado tão difícil de definir, que não sou eu, mulher simples e pouco letrada que vou saber fazê-lo.
Não há, certamente, muitas mulheres que consigam exprimir por palavras todas as sensações, medos, sentimentos, desejos, que depois de sermos mães tomam posse de nós.
Poderei é, numa palavra, resumir o que cada mãe, instintiva e naturalmente é: protetora.
É da nossa natureza, tentarmos a todo o custo proteger os nossos filhos de todos os perigos, embora saibamos que é uma tentativa vã.
Por nós, mães, os nossos filhos viviam numa bolha protetora que os defendia de todos os males, físicos e psicológicos.
E mesmo quando estão longe, temos a ilusão de que, se muito o desejarmos, mesmo à distancia, o nosso desejo de que estejam bem é tão forte, que essa ilusão nos alivia.
Falar de amor não é ridículo e eu, pobre mãe longe das crias, faço questão de lhes dizer muitas vezes, mesmo por telefone, o quanto gosto delas. Para que se sintam protegidas por este amor tão grande, ilusoriamente capaz de as guardar de todos os males.
Por isso, a noticia de que uma mãe abusara sexualmente da sua filha em conjunto com o companheiro, deixou-me com a cabeça às voltas, e completamente baralhada sobre a maternidade.
E mais não digo!
Não consigo!

Rotas...do sol (D)

(D)onai

Rotas...do sol (C)

(C)abo Espichel

terça-feira, 1 de julho de 2014

Rotas...do sol (B)

(B)ragança

Rotas...do sol (A)

(A)lbufeira do Azibo

No teu poema

https://www.youtube.com/whatch?v=UMz5jh3WGrO

Sobre a felicidade

Como todos sabemos, a felicidade,  não é um estado permanente.
São momentos. Mais ou menos frequentes, mais ou menos longos.
Para termos um momento de felicidade, nem é preciso grande coisa. Não para mim.
Uma frase, dita ou escrita, uma só palavra, um só gesto, um raio de sol, uns pingos de chuva, uma lembrança, um toque de telefone, um pequeno nada, podem adoçar o nosso dia.
E a vida é feita de pequenos nadas...