... Madeira, aqui vou eu.
sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
sábado, 21 de dezembro de 2013
quinta-feira, 19 de dezembro de 2013
terça-feira, 17 de dezembro de 2013
Presépios...
Este fim de semana foi de passeio por terras de Sicó.
Gosto das cores de fim de outono e gostei de constatar que por aquelas matas ainda abundam os carvalhos.
De caminho, uma passagem por Penela com alguma vontade de conhecer o célebre presépio maior do país.
Alguma vontade, disse eu, e muito bem, porque já esperava que se pagasse bem a entrada.
Mas pagar bem é uma coisa, e pedirem-me 3 euros para entrar é um exagero.
Duvido que antes do euro, alguém tivesse a ousadia de pedir 6oo escudos por uma entrada de um presépio. Mas 3 euros, são só 3...
É evidente que não entrei...
E nem paguei 5 euros por um quilo de xíxaros.
Tá tudo maluco.....
Gosto das cores de fim de outono e gostei de constatar que por aquelas matas ainda abundam os carvalhos.
De caminho, uma passagem por Penela com alguma vontade de conhecer o célebre presépio maior do país.
Alguma vontade, disse eu, e muito bem, porque já esperava que se pagasse bem a entrada.
Mas pagar bem é uma coisa, e pedirem-me 3 euros para entrar é um exagero.
Duvido que antes do euro, alguém tivesse a ousadia de pedir 6oo escudos por uma entrada de um presépio. Mas 3 euros, são só 3...
É evidente que não entrei...
E nem paguei 5 euros por um quilo de xíxaros.
Tá tudo maluco.....
domingo, 8 de dezembro de 2013
79
Tenho o privilégio de ser amiga de muitos dos amigos dos meus pais.
Hoje fui ao aniversário da Dona A.
79 anos de dificuldades, doença, privações e outros contras, que não lhe tiraram a vontade de viver e a doçura de quem aprendeu a viver com tudo isto.
Que venha mais um, e depois outro e obrigada por ser minha amiga.
Hoje fui ao aniversário da Dona A.
79 anos de dificuldades, doença, privações e outros contras, que não lhe tiraram a vontade de viver e a doçura de quem aprendeu a viver com tudo isto.
Que venha mais um, e depois outro e obrigada por ser minha amiga.
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Saudosismos
Não costumo ser saudosista, não gosto de pensar no que passou e sou ainda ingénua, ao ponto de pensar, meio século passado, que a vida ainda tem muitas coisas boas reservadas para mim.
Não tenho saudades da minha infância e se me fosse dada a possibilidade de voltar a ser criança, eu recusava, seguramente.
Mas tenho saudades, e muitas, de pessoas que povoaram o meu passado e já não fazem parte do meu presente.
Nesta época, lembro particularmente o meu primo Z.M.
Por estes dias já tínhamos ido apanhar o musgo efeito o presépio. Na minha casa ou na dele, os nossos presépios eram sempre partilhados.
Depois de umas birras da minha parte e alguns amuos da parte dele, sempre acabava tudo em bem e era com verdadeiro orgulho que apresentávamos a nossa obra aos adultos.
Nunca nos esquecíamos de colocar um pratinho para as esmolas ao menino Jesus, que acabavam sempre numa das várias mercearias da aldeia, em troco de alguns rebuçados de meio tostão.
Há outras pessoas, das que já se foram, que me fazem falta. Mas nesta época, nenhum dos que já foram me fazem tanta falta como ele.
Não tenho saudades da minha infância e se me fosse dada a possibilidade de voltar a ser criança, eu recusava, seguramente.
Mas tenho saudades, e muitas, de pessoas que povoaram o meu passado e já não fazem parte do meu presente.
Nesta época, lembro particularmente o meu primo Z.M.
Por estes dias já tínhamos ido apanhar o musgo efeito o presépio. Na minha casa ou na dele, os nossos presépios eram sempre partilhados.
Depois de umas birras da minha parte e alguns amuos da parte dele, sempre acabava tudo em bem e era com verdadeiro orgulho que apresentávamos a nossa obra aos adultos.
Nunca nos esquecíamos de colocar um pratinho para as esmolas ao menino Jesus, que acabavam sempre numa das várias mercearias da aldeia, em troco de alguns rebuçados de meio tostão.
Há outras pessoas, das que já se foram, que me fazem falta. Mas nesta época, nenhum dos que já foram me fazem tanta falta como ele.
O mais importante é amar
Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.
Nelson Mandela
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Frio
Já aqui disse, e é verdade, que não gosto nada de calor.
Mas tanto frio???????????????
Ó S. Pedro.... não havia necessidade!
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Adenda
Esqueci-me de referir, que as pobres crianças, algumas apenas de dez anos, fazem o percurso de pé, por não terem lugares sentados disponíveis.
Contradições
Por motivos alheios à minha vontade, tenho usados nos últimos tempos os transportes públicos.
E tenho verificado uma situação que me deixa a pensar na segurança de crianças e jovens, utentes desses mesmos transportes.
Então vejamos: para circularem no carro dos pais, cada criança tem de ter um banco especial para a sua idade que lhe garanta conforto e segurança praticamente até terem tamanho e idade de poderem eles próprios conduzir. Até aqui tudo certo!
O pior é que, nos ditos transportes públicos, na viagem escola/casa não só não usam os cintos de segurança, como têm de fazer a viagem de pé durante toda a viagem, com todos os perigos que isso acarreta.
Esta situação pode verificar-se apenas no percurso que eu faço, mas eu duvido.
Tivesse eu filhos nesta situação que ninguém me calava.
Mesmo que a minha voz, de burra, claro, não chegasse ao céu!
E tenho verificado uma situação que me deixa a pensar na segurança de crianças e jovens, utentes desses mesmos transportes.
Então vejamos: para circularem no carro dos pais, cada criança tem de ter um banco especial para a sua idade que lhe garanta conforto e segurança praticamente até terem tamanho e idade de poderem eles próprios conduzir. Até aqui tudo certo!
O pior é que, nos ditos transportes públicos, na viagem escola/casa não só não usam os cintos de segurança, como têm de fazer a viagem de pé durante toda a viagem, com todos os perigos que isso acarreta.
Esta situação pode verificar-se apenas no percurso que eu faço, mas eu duvido.
Tivesse eu filhos nesta situação que ninguém me calava.
Mesmo que a minha voz, de burra, claro, não chegasse ao céu!
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
E..
...apanhar azeitona, não é só picar as mãos, ter frio até os dedos doerem, ter dores nas costas e no resto corpo.
É também ver nascer o sol, sentir pés e mãos a aquecerem, pisar a macela e sentir aquele cheiro inconfundível...sentir o cheiro do frio da manhã e o do calor da tarde, sentar em tufos de erva fofa e sentir o cheiro da relva cortada, ir ao lagar entregar a azeitona e trazer o respetivo azeite e constatar que já temos azeite para dois anos ou perto...e deitar tão cansada.....e dormir como uma pedra.
É também ver nascer o sol, sentir pés e mãos a aquecerem, pisar a macela e sentir aquele cheiro inconfundível...sentir o cheiro do frio da manhã e o do calor da tarde, sentar em tufos de erva fofa e sentir o cheiro da relva cortada, ir ao lagar entregar a azeitona e trazer o respetivo azeite e constatar que já temos azeite para dois anos ou perto...e deitar tão cansada.....e dormir como uma pedra.
terça-feira, 19 de novembro de 2013
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
Perfeito
Para mim, um dia perfeito é aquele em que tenho bem perto de mim as filhas e a neta.
Ontem foi um dia perfeito.
Ontem foi um dia perfeito.
sexta-feira, 15 de novembro de 2013
Há uns anos atrás, apanhar azeitona, mesmo aqui no campo, era um desprestígio, uma coisa só para pelintras.
Agora, ou passou a ser moda trabalhar em agricultura, ou é tudo pelintra.
Por todo o lado se vêm pessoas a apanhar azeitona.
Antes, mesmo os que tinham oliveiras, deixavam a azeitona nas árvores e compravam o azeite no supermercado.
Eu herdei oliveiras e vou apanhar a azeitona.
É um trabalho que gosto de fazer e gosto mais ainda do azeite bom que trago do lagar.
Começo já amanhã.
Agora, ou passou a ser moda trabalhar em agricultura, ou é tudo pelintra.
Por todo o lado se vêm pessoas a apanhar azeitona.
Antes, mesmo os que tinham oliveiras, deixavam a azeitona nas árvores e compravam o azeite no supermercado.
Eu herdei oliveiras e vou apanhar a azeitona.
É um trabalho que gosto de fazer e gosto mais ainda do azeite bom que trago do lagar.
Começo já amanhã.
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
14 de Novembro...
...era a data do aniversário de Júlio Diniz, médico e escritor.
Li as suas obras ainda muito nova e voltei a lê-las mais tarde.
Hoje seria considerado um escritor light, naquela época era um escritor romântico.
Gosto de ler Júlio Diniz.
Li as suas obras ainda muito nova e voltei a lê-las mais tarde.
Hoje seria considerado um escritor light, naquela época era um escritor romântico.
Gosto de ler Júlio Diniz.
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Nervos
Dia de mamografia é sempre um dia de nervos.
Mas felizmente desta ainda escapei ilesa.
Fico a pensar como será, quando o veredito é diferente do meu e a reação que se tem perante tal notícia.
Para o ano logo se vê...
Mas felizmente desta ainda escapei ilesa.
Fico a pensar como será, quando o veredito é diferente do meu e a reação que se tem perante tal notícia.
Para o ano logo se vê...
segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Contradições
Na minha aldeia, como em tantas outras, muitos da minha geração saíram, foram à sua vida, ou simplesmente, ficaram mas nas suas rotinas.
Quando há um funeral, é ver-nos a olhar uns para os outros, a tentar reconhecer cada um e em pouco tempo, pôr em dia uma vida quando não nos vimos há décadas ou uma ou outra cusquice quando não nos vemos há apenas algumas semanas ou meses.
No meio da tristeza, há muitas vezes a alegria do reencontro, e a certeza de que no próximo funeral, mais alguém volta ou reaparece.
Quando há um funeral, é ver-nos a olhar uns para os outros, a tentar reconhecer cada um e em pouco tempo, pôr em dia uma vida quando não nos vimos há décadas ou uma ou outra cusquice quando não nos vemos há apenas algumas semanas ou meses.
No meio da tristeza, há muitas vezes a alegria do reencontro, e a certeza de que no próximo funeral, mais alguém volta ou reaparece.
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Não ousem...
Gosto tanto de saber que ninguém me consegue ler os pensamentos e eu posso estar a sorrir para uma pessoa e estar a esgana-la em pensamento, e ela, perante o meu doce sorriso, corresponder-me convencida de que eu a adoro.
Há uns anos atrás eu também rejubilava quando na rua tinha a certeza de não ser incomodada com o toque do telefone.....espero bem que não seja nos poucos anos que me restam, que alguém ouse inventar uma maquineta qualquer que adivinhe os pensamentos.
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Primitivos
A mediática separação de Bárbara Guimarães e Carrilho, é a prova de que cultura não é educação, nem saber ser ou estar.
Afinal, os filhos de gente da cultura, tal como os filhos de alguns pais com pouca escolaridade que se separam, lidam, infelizmente, com o pouco caso com que os seus pais os tratam quando se separam.
Estes, os filhos dos "famosos", têm ainda o sofrimento acrescido de o seu "caso" ser do conhecimento alargado.
Que pena, quando duas pessoas que, de algum modo já foram cúmplices e tiveram dias felizes, ao separarem-se, enfatizem rancores e mágoas, esquecendo que quando há crianças, são elas, afinal, as grandes vítimas.
Cultos ou não, no que aos sentimentos diz respeito, o que somos é muito primitivos.
Afinal, os filhos de gente da cultura, tal como os filhos de alguns pais com pouca escolaridade que se separam, lidam, infelizmente, com o pouco caso com que os seus pais os tratam quando se separam.
Estes, os filhos dos "famosos", têm ainda o sofrimento acrescido de o seu "caso" ser do conhecimento alargado.
Que pena, quando duas pessoas que, de algum modo já foram cúmplices e tiveram dias felizes, ao separarem-se, enfatizem rancores e mágoas, esquecendo que quando há crianças, são elas, afinal, as grandes vítimas.
Cultos ou não, no que aos sentimentos diz respeito, o que somos é muito primitivos.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Imperdível
Por motivos pouco agradáveis, fui hoje ao mosteiro de Almoster, mais uma vez.
Mas se o motivo não era o melhor, bom mesmo foi poder mais uma vez contemplar um monumento de uma beleza e importância histórica ímpar.
Quem puder não deixe de comprovar.
Fotos retiradas da net
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Pão por Deus
Deixou de ser feriado, e deixou de ser, há muito, um dia especial para mim.
Quando eu era criança, era dia de pedir o Pão por Deus, e de comer doces. Cheirava a broas e agua pé em todas as portas abertas. As da O. eram as melhores broas. As melhores que comi em toda a vida.
Hoje, alem de me ter esquecido que dia era até a minha mãe me vir convidar para comer do pão por deus dela, não houve uma criança a bater à porta. Foram para a escola, talvez escrever sobre este dia, porque, quem sabe, também os professores se lembram como eu, da alegria de ganhar uma broa para juntar aos amendoins, nozes e muitas vezes diospiros, tudo numa papa nojenta mas que nos sabia bem contabilizar ao fim do dia.
Tanta coisa mudou, que o mais importante de se comemorar hoje ( ou ontem, nem sei ), parece que é o dia das bruxas.
Tradições importadas, adaptadas aos dias de hoje.
Modernices.
sexta-feira, 25 de outubro de 2013
Inacreditável
Poderá parecer mentira, mas eu garanto que ontem, no Hospital Distrital de Santarem, um familiar meu teve de esperar SETE horas para ser atendido na urgência apesar de lhe ter sido atribuída na triagem, pulseira amarela, terceiro nível de urgência.
URGÊNCIA?
URGÊNCIA?
domingo, 20 de outubro de 2013
O tempo...
"Ò tempo volta para trás
Dá-me tudo o que eu perdi
Tem pena e dá-me a vida
A vida que eu já vivi
Ò tempo volta p'ra trás
Mata as minhas esperanças vâs
Vê que até o próprio sol
Volta todas as manhãs"
Dá-me tudo o que eu perdi
Tem pena e dá-me a vida
A vida que eu já vivi
Ò tempo volta p'ra trás
Mata as minhas esperanças vâs
Vê que até o próprio sol
Volta todas as manhãs"
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Equívocos
É engraçado constatarmos que os outros nem sempre nos sabem "ler" corretamente.
E o mais engraçado é quando isso acontece com pessoas "que sabem tudo de tudo".
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Sabedoria chinesa
"Deus sempre nos dá conforto em meio à tristeza, paz em meio à tempestade, estabilidade em meio às mudanças, perdão em meio ao pecado e amor em meio ao odio."
Ou deus ou o diabo. Mas que dá, dá!
Ás vezes...
terça-feira, 8 de outubro de 2013
Com bicho
Há muitos anos que só tomo duche de água fria.
Começou por ter uma ação terapêutica mas depressa se tornou uma mania. Ou um hábito.
Mas de vez em quando faço umas exceções e lá tomo um banho quente.
Como o caparro está habituado à agua fria, protesta, não gosta e não raramente protesta sob a forma de uma grande constipação.
Sou ao contrário das outras pessoas. Eu sei!
Mas foi exatamente o que aconteceu no domingo.
Já era noite e até estava bastante calor mas deu-me, nem sei porquê, para me pôr debaixo duma choveirada bem quente.
Ao fim de umas horas, poucas, já eu estava a sentir a bichesa a tomar posse.
E pronto, agora toda eu sou ranho e lágrimas e dores e moleza e sei lá mais quê.
Vou ali beber um chá bem quentinho e deitar-me no sofá bem tapada com uma manta quentinha.
Com o calor que está lá fora, só mesmo com bicho pode apetecer uma coisas destas...
segunda-feira, 7 de outubro de 2013
Verão aqui, inverno lá
A temperatura amena de hoje, faz-me lembrar que há uns anos por esta altura, estava em Praga.
O verão aqui, estava ainda mais quente que hoje, e a esperta aqui, apesar de ter sido avisada que a temperatura lá era mais baixa, lá enfiou na mala uns agasalhos, mas ainda assim de verão.
Que isto de andar a tentar ver toda uma cidade em poucos dias, não se pode fazer com muita roupa.
Saimos de Lisboa às sete ou oito horas, não me lembro bem, mas como tive de sair de casa bem cedo lá levei vestido um casaquito de malha, por cima de umas calças curtas e um top.
Nos pés um chinelos que pouco mais tinham que a sola, que os meus pés gostam de andar bem à solta.
Mas, por precaução, não fosse o diabo tece-las, também levei umas botas velhas, bem confortáveis para o caso de chover, sei lá...
Quando cheguei lá ao aeroporto, e já sem casaco, claro, airosa e descascada, via toda a gente de sobretudo, botas, luvas, gorros, e pensei que aquela gente estava toda enganada ou então a querer mostrar o guarda roupa de inverno. Lá fora estava um solinho tão bonito...
Pois...o pior foi quando cheguei à rua!
É que sol havia, pois havia, mas não aquecia era nada.
Rapei frio de rachar até ao hotel, mas como continuava sol e ainda era cedo, almocei e continuei com a mesma farpela. De tarde devia aquecer mais um bocadinho. E toca de começar o périplo.
Ainda não eram quatro horas e já eu andava roxa e a tentar passar sempre bem perto dos aquecedores de rua, que nessa altura já estavam ligados. Afinal, para eles era já principio de inverno.
Como apesar de totó, lá concluí que de noite devia ficar ainda mais frio, e eu queria ver a cidade de noite também, tive de comprar um casaco.
Há noite, vesti tudo o que tinha levado de mais quente e , claro o casaco novo. Nos pés, as minhas queridas botas, que mesmo velhas salvaram a situação.
E correu razoavelmente.
No dia seguinte, estava a chover.
Ora eu, como sou esperta, sei bem que quando chove, a temperatura sobe um cadinho...
Vai daí, achei o casaco desnecessário e vesti uma pequena gabardina com uma roupita de verão por baixo, para não ficar com os movimentos condicionados.
Nos pés, e porque se não fazia frio não valia a pena calçar as botas, toca de enfiar nos pés umas sabrinas.
Claro que eu tirei as minhas conclusões, apenas por olhar da janela. Sabia lá eu como estava na rua.
Nesse dia tínhamos comprado um circuito de um dia inteiro pela cidade com direito a cruzeiro no rio e tudo. Como me vesti à justa para apanhar o transfer, quando pus o nariz na rua e concluí que me enganei, já não tive tempo de mudar de indumentária.
Nem vos digo o frio que passei porque fiquei tão congelada, neurónios incluídos, que nem conseguia pensar a cem por cento.
Viajava com as minhas filhas, e ainda hoje rimos a bom rir, da minha figura ridícula na fila para entrar na catedral de S. Vito, com todas as outras pessoas bem agasalhadas e eu, à chuva e ao frio, roxa e tesa.
Por isso, se viajarem para outras latitudes, informem-se bem sobre o estado do tempo para poderem ir prevenidos.
As alegrias da minha casa...
...gostaram da chuva. Estão mais bonitas.
Já agora, se não for pedir muito, cumpram lá a vossa missão. Pode ser?
domingo, 6 de outubro de 2013
Amizades séniores
Há amigos dos meus pais, que fazem o favor de serem meus amigos.
É o caso do casal Sr. B. e D. A.
Ele fez anos no sábado e eu tive a sorte de ser convidada para um almoço tão animado que ninguém diria que o aniversariante fazia naquele dia 84 anos.
Foi uma tarde bem passada com mais novos e mais velhos a confraternizarem duma maneira tão bonita...
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
Novo desafio
E porque ficar parada é ganhar bolor, hoje é dia de começar um novo desafio.
Que seja positivo.
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Refleção # 2
Comemora-se hoje, o dia nacional da água e o dia internacional do idoso.
Dois temas que urgem reflecção.
segunda-feira, 30 de setembro de 2013
Refleção
A véspera de eleições é dia de pôr fim à teatrice e chamado dia de reflecção.
Eu cá, pus-me a refletir, e cheguei à conclusão que esse dia seria adequado não só para esse fim, mas ainda, e não menos importante, para limpar as localidades de tudo o que é lixo relativo à propaganda.
Não custava nada, se cada um que colou um cartaz, na véspera de eleições o fosse retirar do local onde o deixou.
Ganhava o ambiente, todos os partidos (já viram?), todas as câmaras e juntas de freguesia, enfim, todos nós.
Não era bom?
sábado, 28 de setembro de 2013
Sardine
Não me conformo com isto de as sardinhas, outrora "conduto" do pobre, terem sido elevadas, no preço, a produto gourmet.
Não que seja um pitéu que me faça babar, mas porra, quem tem gostos simples, e gosta da gorda mal cheirosa, tem agora de desembolsar como se de caviar se tratasse.
Ora ponham lá os bichos ao preço de antigamente, vá...
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
Chuva
"Eu vi no espaço e no tempo, que as minhas lágrimas são como a chuva que lava toda a minha alma."
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Estar...ou não estar preparado
"Nada acontece a alguém que a natureza não o tenha preparado para aguentar!!"
terça-feira, 24 de setembro de 2013
Desvida
Desfado
Quer o destino que eu não creia no destino
E o meu fado é nem ter fado nenhum
Cantá-lo bem sem sequer o ter sentido
Senti-lo como ninguém, mas não ter sentido algum
Ai que tristeza, esta minha alegria
Ai que alegria, esta tão grande tristeza
Esperar que um dia eu não espere mais um dia
Por aquele que nunca vem e que aqui esteve presente
Ai que saudade
E o meu fado é nem ter fado nenhum
Cantá-lo bem sem sequer o ter sentido
Senti-lo como ninguém, mas não ter sentido algum
Ai que tristeza, esta minha alegria
Ai que alegria, esta tão grande tristeza
Esperar que um dia eu não espere mais um dia
Por aquele que nunca vem e que aqui esteve presente
Ai que saudade
Que eu tenho de ter saudade
Saudades de ter alguém
Saudades de ter alguém
Que aqui está e não existe
Sentir-me triste
Sentir-me triste
Só por me sentir tão bem
E alegre sentir-me bem
E alegre sentir-me bem
Só por eu andar tão triste
Ai se eu pudesse não cantar "ai se eu pudesse"
E lamentasse não ter mais nenhum lamento
Talvez ouvisse no silêncio que fizesse
Uma voz que fosse minha cantar alguém cá dentro
Ai que desgraça esta sorte que me assiste
Ai se eu pudesse não cantar "ai se eu pudesse"
E lamentasse não ter mais nenhum lamento
Talvez ouvisse no silêncio que fizesse
Uma voz que fosse minha cantar alguém cá dentro
Ai que desgraça esta sorte que me assiste
Ai mas que sorte eu viver tão desgraçada
Na incerteza que nada mais certo existe
Além da grande incerteza de não estar certa de nada
segunda-feira, 23 de setembro de 2013
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
...ver os aviões...
Quando oiço passar um avião, penso em quantas vidas, quantas expectativas, quanta alegria, quanta tristeza, quanto medo, quantos motivos levaram aquelas pessoas a voar.
Cada um de nós tem os seus , embora aos olhos dos outros tudo seja tão banal.
Para cada um há uma chegada diferente, embora todos cheguem ao mesmo sitio.
Era tão bom que todos voassem por bons motivos...tivessem a chegada desejada...
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Amarelo
"O amarelo é uma cor que contribui para a felicidade. É uma cor brilhante, alegre, que simboliza o luxo - é como estar em festa a cada dia."
segunda-feira, 16 de setembro de 2013
Escaroupim
E, este domingo, foi dia de conhecer a aldeia avieira do Escaroupim.
Há muito na minha lista de lugares a conhecer, surpreendeu-me.
Não pela falta de beleza natural, mas pela falta de palafitas, casas "empoleiradas" em estacas, para fazer face às cheias.
Como cicerone, da aldeia e do museu, a D. Cassilda, mulher nascida no rio dentro do barco, tal era a pressa de conhecer o "seu" Tejo.
Cais do Escaroupim
Palafita museu
Cozinha do museu
Simpatia de D. Cassilda no ambiente rústico da cozinha do museu
Quarto dos filhos
Quarto das filhas. Segundo a D. Cassilda, os pais não tinham quarto. Passavam a noite no rio, à pesca.
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
Vidas...
Quantos de nós, os da minha geração, tivemos as nossas asas cortadas e vidas desviadas, por tacanhez dos nossos pais...
Mas, afinal, somos "filhos dos homens que nunca foram meninos"...
Nem sei se tenha pena de nós, se deles!
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
Ler...
Como compro livros para ler e não para decorar, comprei estes numa feira de velharias a 1 euro cada.
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
E ainda...
...continuando a falar de cheiros, há, felizmente, aqueles que o meu big nose pode eventualmente voltar a sentir.
Uns com mais frequência que outros, mas nenhum impossível de repetir.
Em primeiríssimo lugar, o cheiro da minha Papoilinha. Flor mais linda de sua avó cheira a coisa boa. esperança, a alegria...
E o cheirinho a croissants acabadinhos de cozer do hotel Rafaello em Praga? Talvez nunca mais me passe pelo nariz, mas que me deixou saudades e vontade de voltar, lá isso deixou.
E há mais cheiros bons de recordar e vontade de repetir.
Como o cheiro do arroz de couve da dona Carmen. cozinhado ao lume e em panela de ferro e que me faz babar quando o recordo.
O cheiro a "mato queimado" de Amesterdão, não pelo "mato", obviamente, mas pela cidade em si. Encanta-me.
O cheiro a pão quente, seja lá quem o coza.
O cheiro a bons perfumes que paira no ar de Roma. Os italianos cheiram tão bem...
O cheiro do Funchal, um misto de flores, frutos e bolo do caco.
O cheiro a bosta de cavalo da feira da Golegã.
O cheiro a enxofre das Furnas.
O cheiro da caldeirada acabada de fazer.
O cheiro da Andaluzia.
O cheiro das praias da Catalunha.
O cheiro (e o sabor) das mariscadas Galegas.
O cheiro a azedo das cidrarias das Astúrias.
O cheiro da terra molhada...
O da chuva...
E tantos, tantos mais.
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Os sons...e os cheiros
Há dias, na televisão, vi com pouca atenção uma peça sobre um homem, português, que estava a fazer uma recolha de sons.
Sons rurais, parece-me, já que não vi com muita atenção, daqueles que estão em vias de extinção.
Eu, felizmente, tenho na memória muitos desses sons e até alguns que ele já não vai a tempo de gravar. Já se extinguiram.
E lembrei-me dos cheiros.
Dos cheiros do passado.
Uns que me trazem boas lembranças... outros nem por isso.
Mas todos eles já extintos.
Lembro-me do cheiro do café da avó T, do cheiro do celeiro, e do que saia da arca grande de cada vez que ela a abria para tirar o trigo para dar ao moleiro e que na semana seguinte já vinha em farinha para a cozedura da semana.
E do cheiro do pão tendido dentro do tabuleiro.
Do cheiro do forno quente.
Do cheiro a rosas de açafate que entrava pela janela do quarto quando ficava a dormir na casa da avó T. e me levantava quando os galos todos resolviam cantar ao mesmo tempo.
Do cheiro da canja de galinha caseira que a minha avó T. fazia quando havia festa e ela convidava todos os sobrinhos. Se fossem todos nem cabiam em casa. Mas os que iam faziam a festa e deitavam os foguetes.
Do cheiro da casa da minha avó R.
Do cheiro do "guarda comidas" onde ela guardava sempre umas coisas boas que eu adorava.
Do cheiro das misturadas que ela fazia ao lume.
Do cheiro da saia dela quando me deitava no seu colo para que me coçasse as costas.
Estes eram cheiros tão bons...
Mas também havia os que não me deixam saudades.
Lembro-me do cheiro a roupa molha e mofo durante todo o dia na escola quando chovia e as meninas que vinham de longe ficavam encharcadas.
Do cheiro a cera das velas da igreja quando tinha de ir ao terço no intervalo da escola.
Do cheiro a pó de quando ao sábado tínhamos de varrer a escola e cantar o hino nacional.
Do cheiro do confessionário quando era obrigada a confessar-me ao padre.
E é melhor ficar por aqui...
Não quero ficar deprimida!
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
S. LEONARDO DA GALAFURA
À proa dum navio de penedos,
A navegar num doce mar de mosto,
Capitão no seu posto
De comando,
S. Leonardo vai sulcando
As ondas
Da eternidade,
Sem pressa de chegar ao seu destino.
Ancorado e feliz no cais humano,
É num antecipado desengano
Que ruma em direção ao cais divino.
Lá não terá socalcos
Nem vinhedos
Na menina dos olhos deslumbrados;
Doiros desaguados
Serão charcos de luz
Envelhecida;
Razos, todos os montes
Deixarão prolongar os horizontes
Até onde se extinga a cor da vida.
Miguel Torga
Será por isto, o meu fascínio por S. Leonardo da Galafura e a minha admiração por Miguel Torga?
Leiam, e depois, se puderem, vão lá e sentirão o Douro com a menina dos olhos de Miguel Torga.
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
A primeira....
Ontem foi o dia da primeira queda a sério da minha Papoilinha.
Flor mais linda de sua avó, caiu do sofá com direito a ida ao hospital e tudo.
E eu, perante a aflição da mãe, meu eterno bebé, não sabia o que mais me afligia.
Se a queda da menina, se a aflição da mãe.
Pressinto que mais aflições virão. Tomara sejam todas assim.
E fiquei a pensar que o provérbio " amar é sofrer", não poderia ser mais correto.
Nossos filhos e netos, nossos amores maiores, serão sempre a principal fonte do nosso sofrimento.
Flor mais linda de sua avó, caiu do sofá com direito a ida ao hospital e tudo.
E eu, perante a aflição da mãe, meu eterno bebé, não sabia o que mais me afligia.
Se a queda da menina, se a aflição da mãe.
Pressinto que mais aflições virão. Tomara sejam todas assim.
E fiquei a pensar que o provérbio " amar é sofrer", não poderia ser mais correto.
Nossos filhos e netos, nossos amores maiores, serão sempre a principal fonte do nosso sofrimento.
terça-feira, 27 de agosto de 2013
A porta...da cozinha
Hoje dei por mim a pensar que os pobres entram em casa sempre pela porta da cozinha.
Lembro-me que na casa dos meus pais, e nas dos meus avós já era assim.
Quando eu era miúda, não havia tempo para estar na sala.
Aliás, nem havia sala. Nem sofás.
Nem faziam falta. Não havia televisão e as pessoas no Verão trabalhavam de sol a sol e depois descansavam (pouco) na cama. No Inverno, chegavam a casa à noite e ficavam à lareira (na cozinha).
Até as visitas eram recebidas na cozinha, e não era por desconsideração.
É que para um pobre, a cozinha era a divisão mais importante da casa.
Havia as salas de jantar. A que as minhas avós chamavam a casa de fora. Nunca percebi bem porquê.
Para um pobre, o mais importante é haver comida. E para quem aparece, há sempre um petisco. Nem que seja um pãozinho com azeitonas.
Bem, tenho de acrescentar que estou a chamar pobres aos que não têm "berço".
Eu, entro sempre pela cozinha.
Sem orgulho ou vergonha, sou pobre!
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Pereiro
Por sugestão (e companhia) de amigos, lá fui ao Pereiro, capital das ruas enfeitadas.
Perto de Mação, é uma aldeia que me pareceu de gente humilde e que num outro dia qualquer seria tão vulgar, que certamente nem me daria ao trabalho de parar para a descobrir.
Mas nesta altura das festas da flor, qualquer um que passe e pare, ficará surpreendido.
É que estas gentes, conseguem tornar um lugarejo simples e até triste, num mundo de flores.
Assim engalanada, esta aldeia fica tão bonita que faz de certeza inveja a muitas outras maiores e mais vistosas.
Não tirei foto a todas as ruas porque entretanto fiquei sem bateria na máquina, mas por estas, já ficam com uma ideia. Parabéns às gentes do Pereiro
domingo, 25 de agosto de 2013
sábado, 24 de agosto de 2013
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Lamas de Ôlo
Primavera no Verão. Apetecia-me tanto ficar lá!
Espigueiros...vazios.
Eira onde antes se malhava o centeio.
O que resta dos telhados de colmo de Lamas de Ôlo
Esta aldeia situa-se no Parque Natural do Alvão e fica na nascente do Rio Ôlo que dá origem às Fisgas de Ermelo. Quem puder deve visitar. Sem hipótese de desilusão.
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Por aí...
Uns dias fora fazem tão bem à alma...
Serra da Freita em dia de estio...
Serra da Freita-Água...mas pouca.
Serra da Freita-Frecha da Mizarela quase impercetível
Calvário em Arouca.
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