segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Verão aqui, inverno lá


A temperatura amena de hoje, faz-me lembrar que há uns anos por esta altura, estava em Praga.
O verão aqui, estava ainda mais quente que hoje, e a esperta aqui, apesar de ter sido avisada que a temperatura lá era mais baixa, lá enfiou na mala uns agasalhos, mas ainda assim de verão.
Que isto de andar a tentar ver toda uma cidade em poucos dias, não se pode fazer com muita roupa.
Saimos de Lisboa às sete ou oito horas, não me lembro bem, mas como tive de sair de casa bem cedo lá levei vestido um casaquito de malha, por cima de umas calças curtas e um top.
Nos pés um chinelos que pouco mais tinham que a sola, que os meus pés gostam de andar bem à solta.
Mas, por precaução, não fosse o diabo tece-las, também levei umas botas velhas, bem confortáveis para o caso de chover, sei lá...
Quando cheguei lá ao aeroporto, e já sem casaco, claro, airosa e descascada, via toda a gente de sobretudo, botas, luvas, gorros, e pensei que aquela gente estava toda enganada ou então a querer mostrar o guarda roupa de inverno. Lá fora estava um solinho tão bonito...
Pois...o pior foi quando cheguei à rua!
É que sol havia, pois havia, mas não aquecia era nada.
Rapei frio de rachar até ao hotel, mas como continuava sol e ainda era cedo, almocei e continuei com a mesma farpela. De tarde devia aquecer mais um bocadinho. E toca de começar o périplo.
Ainda não eram quatro horas e já eu andava roxa e a tentar passar sempre bem perto dos aquecedores de rua, que nessa altura já estavam ligados. Afinal, para eles era já principio de inverno.
Como apesar de totó, lá concluí que de noite devia ficar ainda mais frio, e eu queria ver a cidade de noite também, tive de comprar um casaco.
Há noite, vesti tudo o que tinha levado de mais quente e , claro o casaco novo. Nos pés, as minhas queridas botas, que mesmo velhas salvaram a situação.
E correu razoavelmente.
No dia seguinte, estava a chover.
Ora eu, como sou esperta, sei bem que quando chove, a temperatura sobe um cadinho...
Vai daí, achei o casaco desnecessário e vesti uma pequena gabardina com uma roupita de verão por baixo, para não ficar com os movimentos condicionados.
Nos pés, e porque se não fazia frio não valia a pena calçar as botas, toca de enfiar nos pés umas sabrinas.
Claro que eu tirei as minhas conclusões, apenas por olhar da janela. Sabia lá eu como estava na rua.
Nesse dia tínhamos comprado um circuito de um dia inteiro pela cidade com direito a cruzeiro no rio e tudo. Como me vesti à justa para apanhar o transfer, quando pus o nariz na rua e concluí que me enganei, já não tive tempo de mudar de indumentária.
Nem vos digo o frio que passei porque fiquei tão congelada, neurónios incluídos, que nem conseguia pensar a cem por cento.
Viajava com as minhas filhas, e ainda hoje rimos a bom rir, da minha figura ridícula na fila para entrar na catedral de S. Vito, com todas as outras pessoas bem agasalhadas e eu, à chuva e ao frio, roxa e tesa.
Por isso, se viajarem para outras latitudes, informem-se bem sobre o estado do tempo para poderem ir prevenidos.


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