domingo, 11 de novembro de 2018

Ricardo Ribeiro



A primeira vez que o ouvi a cantar, arrepiei-me. Estava ali um fadista. Porque ser fadista não é quem canta fado. É quem a cantar fado, emociona, toca. Numa época em que a imagem vem à frente do talento, nunca tive duvidas de que, ainda assim, apesar do peso excessivo, ia ser reconhecido. Não podia ser de outra forma. Hoje, sem querer, dei por mim a vê-lo e ouvi-lo num programa daqueles que eu não gosto porque explora demasiado a intimidade dos entrevistados. Mas como era ele, fiquei. E ainda bem. Que pessoa extraordinária! Que homem inteligente e culto. Que se instruiu porque é inteligente o suficiente para absorver tudo o que o rodeia. Que cedo percebeu que essa é a melhor forma de aprender. Que soube fazer escolhas. Ouvi-o embevecida e emocionada. Inevitável. Teve um percurso de vida difícil, denso, mas que ao longo do caminho ele foi aprendendo a suavizar. Uma pessoa daquelas que vale a pena conhecer. Um testemunho emocionante sem ser lamechas. Uma pessoa com quem eu conversaria horas a fio sem dar por isso. E que alem de tudo, está um bonito homem. A auto estima também se conquista.  

Já agora, o programa era o Alta Definição na SIC.

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