E deu nisto. Fatiota nova para um "bisneto".
quarta-feira, 28 de novembro de 2018
segunda-feira, 26 de novembro de 2018
sábado, 24 de novembro de 2018
Papoila mais crescida nos Açores
Papoila mais crescida esteve uns dias em S. Miguel e adorou. "É o máximo, avó".
O pior foi quando o avião em que deveriam vir, teve um problema e o voo foi adiado para o dia seguinte. Ela pensou que já não vinha e chorava com saudades de casa. Viajar é bom, mas como eu costumo dizer, o melhor é voltar pra casa.
sexta-feira, 23 de novembro de 2018
terça-feira, 20 de novembro de 2018
Conforto e higiene, conceitos que mudaram
Nestes dias de chuvosos, de janelas fechadas, e mesmo com
desumidificador ligado, “cheira a chuva”. Esquisitices minhas, eu sei, mas
gosto de ter a casa bem arejada. A cheirar a sol. Por isso aproveito cada raio
para abrir as janelas. Andava hoje nesta fona de dona de casa (!), quando me
lembrei de como no tempo das minhas avós tudo era diferente. Higiene e conforto
eram outra coisa. Bem diferente de agora. As minhas avós eram mulheres asseadas
e muito organizadas em casa, mas… dentro do conforto e modos de higiene da
época. Lembro-me que no verão se faziam as “limpezas grandes” e ainda consigo
sentir os cheiros da ocasião. Como se fosse agora. Abriam-se portas e janelas. Mudava-se
a palha de milho dos colchões, vasculhavam-se os tetos de “telha vã” com
vassouras de milho painço, limpavam-se “os amarelos” com Benzina, caiavam-se as
paredes com cal, que se comprava em pedra e se “caldava” em grandes potes de
barro (o que eu gostava de ver isto!), lavavam-se as tábuas corridas do soalho dos
quartos com sabão amarelo depois de lavado com soda cáustica e o chão de terra
batida das outras divisões da casa com óxido de ferro. As arcas eram abertas
para arejar os cobertores e a seguir enchiam-se de bolas de naftalina. Lavavam-se
as cortinas de chita com sabão azul e branco e as flores de plástico com
“cloreto” e limpavam-se os parcos móveis com óleo de cedro. Lavavam-se no
regato os tapetes e passadeiras de tear, e a roupa branca que corava sobre
moitas de erva. Na “casa do forno” remendava-se a fornalha com barro amassado e
caiava-se. Faziam-se novas vassouras de urze e pintavam-se os “mochos” com
tinta azul- turquesa. Depois de tanto trabalho, os netos sujavam, os maridos
vomitavam borras de vinho, os gatos espezinhavam a cinza e marcavam tudo com
pegadas, os ratos deixavam caganitas nos cantos escondidos, as galinhas
deixavam “presentes” onde calhava e no ano seguinte fazia-se tudo outra vez.
Agora, tudo é diferente. Mesmo por aqui.
domingo, 18 de novembro de 2018
Do homem que "não queria ser outra coisa"
"Quando um homem tem dentro de si uma verdade que quer ouvidos, até peixes lhe servem para auditório."
Miguel Torga
quinta-feira, 15 de novembro de 2018
Corações ....
O mais terrível não é termos o nosso coração partido (pois corações foram feitos para serem partidos), mas sim, transformar os nossos corações em pedra.
Oscar Wilde
terça-feira, 13 de novembro de 2018
Tentar apagar a História é "estória" de meninos
Na história do mundo, das nações, e até na nossa história
pessoal, há sempre momentos de glória e manchas indeléveis. Vitórias e derrotas
estrondosas. Avanços e recuos gigantescos. Motivos de orgulho e de hedionda
vergonha. Mas não há como apagar a história. Por mais que queiramos. Isto, a
propósito de em Espanha haver a intenção de fechar ao publico o mausoléu de
Franco no Vale dos Caídos. Porque é uma ferida exposta na história do país,
dizem. Porque se gastam dinheiros públicos a venerar um monstro. Eu já lá
estive. E, digo-o com toda a certeza, não me bastaria ler sobre a barbárie
daquele Vale para a compreender, se não tivesse lá ido. Quem lá vai, “vê” com
outros olhos o que já sabia. “Vê” Franco. Não vale a pena fechá-lo para tentar
“matar” o homem. Ele vai continuar a “viver” naquele vale com ou sem visitas.
Mesmo que retirem os seus restos mortais. É verdade que até para a construção
daquela obra megalómana morreram muitas pessoas. Mas ela existe e é a prova da
perversidade daquele monstro. Alem de que, é uma obra arquitetónica de valor
reconhecido. É a prova visível daquela mancha na história de Espanha. Que não
se apagará. Nunca.
segunda-feira, 12 de novembro de 2018
domingo, 11 de novembro de 2018
Ricardo Ribeiro
A primeira vez que o ouvi a cantar, arrepiei-me. Estava ali
um fadista. Porque ser fadista não é quem canta fado. É quem a cantar fado,
emociona, toca. Numa época em que a imagem vem à frente do talento, nunca tive
duvidas de que, ainda assim, apesar do peso excessivo, ia ser reconhecido. Não
podia ser de outra forma. Hoje, sem querer, dei por mim a vê-lo e ouvi-lo num
programa daqueles que eu não gosto porque explora demasiado a intimidade dos
entrevistados. Mas como era ele, fiquei. E ainda bem. Que pessoa
extraordinária! Que homem inteligente e culto. Que se instruiu porque é
inteligente o suficiente para absorver tudo o que o rodeia. Que cedo percebeu
que essa é a melhor forma de aprender. Que soube fazer escolhas. Ouvi-o
embevecida e emocionada. Inevitável. Teve um percurso de vida difícil, denso, mas
que ao longo do caminho ele foi aprendendo a suavizar. Uma pessoa daquelas que
vale a pena conhecer. Um testemunho emocionante sem ser lamechas. Uma pessoa
com quem eu conversaria horas a fio sem dar por isso. E que alem de tudo, está
um bonito homem. A auto estima também se conquista.
Já agora, o programa era o Alta Definição na SIC.
quinta-feira, 8 de novembro de 2018
Uma bruxa linda no Halloween
Mais uma importação parva que acabou com uma tradição antiga, o Pão por deus.
Desde que chegou que me falava que queria festejar o dia das bruxas, mas como estava sempre a chover, pensei que me escapava. Só que o S. ´Pedro foi amigo e eu percebi que ela queria tanto que num instante a transformei numa bruxinha linda. Um chapéu e uma mascarilha emprestados, uma vassoura que tinha feito para a eventualidade de ser usada, uma abóbora de plástico que tinha comprado numa ida às compras, cheia de figos secos (ela achava que era para dar e não para receber doces) e uma gabardina minha. E foi um gosto vê-la tão contente a distribuir "doçuras" e abraços à vizinhança. Disse-me que estava muito feliz e eu fui tirando umas fotos para ela mais tarde se lembrar. "Nunca mais vou esquecer este dia, avó. Nunca mais. O meu primeiro Halloween!"
É preciso tão pouco para fazer uma criança feliz!
Desde que chegou que me falava que queria festejar o dia das bruxas, mas como estava sempre a chover, pensei que me escapava. Só que o S. ´Pedro foi amigo e eu percebi que ela queria tanto que num instante a transformei numa bruxinha linda. Um chapéu e uma mascarilha emprestados, uma vassoura que tinha feito para a eventualidade de ser usada, uma abóbora de plástico que tinha comprado numa ida às compras, cheia de figos secos (ela achava que era para dar e não para receber doces) e uma gabardina minha. E foi um gosto vê-la tão contente a distribuir "doçuras" e abraços à vizinhança. Disse-me que estava muito feliz e eu fui tirando umas fotos para ela mais tarde se lembrar. "Nunca mais vou esquecer este dia, avó. Nunca mais. O meu primeiro Halloween!"
É preciso tão pouco para fazer uma criança feliz!
quarta-feira, 7 de novembro de 2018
AR/Bolhão
Há uns anos, no icónico mercado do Bolhão no Porto, eu e uma das minhas filhas apreciávamos o movimento daquele espaço tão peculiar, as cores, o buliço, aquela atmosfera de cenário cinematográfico, quando as duas quase ao mesmo tempo dissemos uma à outra que, para ficar perfeito, só faltava tirar-lhe o som (nenhuma das duas aprecia o linguajar tripeiro).
Hoje, perdi uns minutos a ver na tv um debate na AR sobre o novo OE (o que sempre suscita grandes atuações artísticas) e lembrei-me daquela cena no Bolhão. Tirei o som e fartei-me de rir.
Vinte pontos para o Bulão e zero para a AR.
Mesmo sem som!
É provável que aquele mercado não volte a ser o que era, mas deixou história. Marca.
Viva o Bolhão, carago!!!!!!
E o palavreado do Porto, goste-se ou não.
Hoje, perdi uns minutos a ver na tv um debate na AR sobre o novo OE (o que sempre suscita grandes atuações artísticas) e lembrei-me daquela cena no Bolhão. Tirei o som e fartei-me de rir.
Vinte pontos para o Bulão e zero para a AR.
Mesmo sem som!
É provável que aquele mercado não volte a ser o que era, mas deixou história. Marca.
Viva o Bolhão, carago!!!!!!
E o palavreado do Porto, goste-se ou não.
terça-feira, 6 de novembro de 2018
Papoila mais crescida nas Portas do Sol em Santarem
Não sei porquê, mas esta miúda adora este lugar. Está no top das escolhas sempre que há férias em casa da vó.
sábado, 3 de novembro de 2018
Mea culpa mea maxima culpa
Nasci num tempo em que os pais tinham um estatuto de grande superioridade
em relação aos filhos. Eram austeros e até um pouco rudes no trato, não por
falta de amor mas para impor “respeito” e marcar a cada um o seu lugar. Aos
meus olhos, os meus pais não tinham fragilidades e estavam envoltos numa aura
de invulnerabilidade tal, que, até há bem pouco tempo, eu não os via a precisar
de mim. Que ser filha era uma responsabilidade, um dever, que tinha obrigações.
Ser filha, era uma circunstância. A hipótese de eles precisarem de mim
afigurava-se-me de tal maneira remota que quando, finalmente, me caiu a
realidade em cima, eu não soube (não sei ) o que fazer. Como fazer. Não sei ser
eu a mais forte. A que cuida. Porque cuidar de um idoso não é só dar carinho,
compreensão, companhia. Há o lado prático das necessidades básicas. A realidade
em paralelo com a teoria. Estou a prestar provas. Mas sinto que vou chumbar.
Não por falta de empenho, mas por absoluta falta de capacidade. Não sei ser
filha. A filha que eu gostaria de ser. E isso angustia-me!
quinta-feira, 1 de novembro de 2018
Papoila artista
O que é isso?-perguntei eu
Então avó, é arte!
E como se chama o teu trabalho artístico?
Chama-se "recinto desportivo". Não vês que tem muitos obstáculos?
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