quarta-feira, 5 de junho de 2013

Avosiçes

Isto de ser avó tem tanto que se lhe diga...
Ou talvez não!
Não se diz, sente-se.
E sentem-se coisas indizíveis...
Quando as minhas filhas nasceram, e enquanto eram pequenas, eu tinha tanto medo de lhes faltar que vivia centrada em fazer delas pessoas o mais independentes possível.
Burra!
Perdi tanto delas. Não perdi, apenas não saboreei.
Quando fizeram dezoito anos, e apesar de ser um ano complicado com a entrada no ensino superior e tudo o que isso acarreta, senti um misto de dever cumprido e de saudades de quando eram crianças.
Quando saíram de casa já independentes, senti que as tinha criado para o mundo e não para mim.
E resignei-me. Afinal era o que eu sempre tinha desejado.
Vê-las independentes e a não precisarem de mim.
Mas meu amor por elas ficou ainda maior e talvez nessa altura eu tenha começado a ser uma mãe despreocupada e muito mais emotiva. Sem obrigações. Só emoções.
Agora tenho uma neta e como não tenho obrigações de mãe, sou só emoção.
É tão bom ser avó.
Adoro-te E.

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