A propósito do post anterior, lembrei-me de outro apito daquele tempo.
Era o do capador.
O capador era o carrasco que capava os porquinhos machos de cada ninhada.
Por aqui quase todas as famílias tinham a sua porca, que de vez em quando paria para que o dinheiro feito na venda dos leitões ajudasse na economia da casa.
E eram tão lindos os leitõezinhos. Cor de rosa e brincalhões. Eu tremia quando ouvia aquele apito só de pensar em tamanha mutilação.
E os pobres guinchavam tanto que mesmo que me fechasse no quarto era obrigada a ouvir aquele sofrimento.
Ora aí está uma lembrança que ainda hoje me dá náuseas.
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