Digo muitas vezes,
por ser verdade, que estou muito desiludida com as pessoas em geral. E, infelizmente, não sou só eu. Basta tomarmos atenção às
notícias diárias para ficarmos cada vez mais desencantados. Não vivo angustiada
com isso, sou apenas realista. Mas também sou otimista e gosto sempre de ver o
melhor das coisas e das pessoas e de ser surpreendida no bom sentido. E para me
encantar e voltar a acreditar que há pessoas maravilhosas, não é preciso muito.
E hoje foi dia. Durante a minha caminhada diária, passei a
uma porta que tinha um grande chapéu – de - chuva aberto. Nada de estranhar,
estava a chover. Mas quando vi com mais atenção, reparei que ao abrigo do
chapéu, estavam cinco gatos. Três pequenos e dois grandes que devem ser os
pais. Todos muito juntinhos, porque o chapéu ainda tinha de abrigar a comida, a
água e uma caixa com uma camisola de lã quentinha. De outras vezes, já os tinha
visto e sei que não têm dono. Naquela casa mora, sozinho, um homem. Que eu
conheço ou pensava que conhecia. Ou melhor: que eu passei a conhecer.
Aquele quadro, deu-me
uma alegria que não consigo transcrever.
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