sexta-feira, 19 de setembro de 2014
Baraços
Isto que parece uma corda, não é uma corda. Ou não é uma corda qualquer.
É um baraço.
Um baraço, era, digo era porque quase de certeza já ninguém os faz, uma espécie de entrançado a partir de uma planta espontânea que se chamava baracejo.
Parece que estou a ver o meu avô C., sentado na adega, aí pelo mês de maio, com um molho de baracejo ao lado, enrolando com as palmas das mãos e o baraço a crescer tanto que chegava a dezenas de metros.
Depois, cortava-se com a medida necessária, dava-se um nó de cada lado e estava o baraço pronto a atar os molhos de trigo que em breve seria ceifado.
Alguns ficavam de um ano para o outro, mas todos os anos havia necessidade da fazer novos.
Este, está aqui já há bastantes anos, oferecido pelo meu amigo J., que teve a gentileza de me oferecer algumas peças do espólio agrícola do avô.
Obrigada ao J.
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