sábado, 28 de dezembro de 2024

Papoila mais crescida....

 

... tambem fez anos. Sem grandes alaridos, na maior descrição como uma menina crescida. Que o proximo ano traga para as duas muita saude (conversa de velhos), alegria, serenidade e paciencia, já que amor não lhes vai faltar. Adoro voçês!!!!!!!!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Pequena Papoila fez anos

 E, estou convicta, nunca mais se vai esquecer deste aniversário. É fã de Syro, o tema era Syro, o bolo tinha Syro, as musicas eram de Syro, a roupa dela tinha estampada a foto de Syro, a decoração era, toda ela, Syro. Aparentemente, só faltava o próprio. Quando ele apareceu, ela nem acreditava, chorou de emoção e pôs todos a chorar com ela. Ele, já meio Syro, meio Diogo, foi de uma generosidade tão bonita que ganhou mais um bom par de fãs. Cantou, socializou e encantou com uma humildade contagiante e tão agradável. Obrigada Syro. Obrigada Diogo Lopes. E assim se fez uma criança feliz                












sábado, 21 de dezembro de 2024

Saudade

 Por milhentas razões, não simpatizo com natalices. À exceção do efeito agregador, que me traz todos à mesma mesa, o que durante o resto do ano é mais difícil. Mas gosto de me lembrar de quando, pouco pensante, ainda me deslumbrava com o natal. Na verdade, nem era com o natal, já que tinha que ir obrigatoriamente à missa, o que pra mim era como puxar sozinha um carro de bois. Era dos presentes do menino jesus. Agora, tantos anos passados gosto de me lembrar das pessoas de outros natais. Ontem, como quase todas as semanas, fui visitar os meus mortos, aqueles que me fazem falta, que são parte da minha história. A minha avó foi a primeira visita, e logo me vem à memória os pãezinhos de milho com açucar e erva doce que faziam parte do meu natal. Tão bons que eram! Do meu pai lembro de nos fazer ver que bem perto de nós, havia meninos que não recebiam prendas no sapatinho e era nossa obrigação repartirmos o que tinhamos recebido. Não era coisa que me agradasse na altura, mas hoje lembro com carinho esse lado solidário de um pai que era austero apesar de muito meigo. Um produto do estado novo,! Junto a eles, o meu avô, pra quem o natal era um dia exatamente igual aos outros todos. Mais à frente, a tia D. e o tio A. Ela, uma das pessoas da minha infância, carinhosa e que fazia uns coscorões como nunca mais comi. Tão bons que se desfaziam na boca eram um dos sabores dos meus natais. Ele, o tio A. era diabético e não comia doces. Nem pão branco. Só integral a que as minhas filhas chamavam o pão do Nã. Saudades. E a tia N.? Essa fazia as asevias dos meus natais. Tão boas que fazem as que eu tenho comido, feitas com grão de lata parecerem sem graçinha nenhuma. Depois o T. Meu amigo-irmão que vinha todos os natais, falava alto e animava as crianças. Primeiro as minhas filhas, depois as netas. Por ultimo, o Matuto. O nosso Matuto! Era o meu primo mais proximo, com quem brincava e brigava, com quem fazia o presépio a meias, um ano no quintal de um, no outro no quintal do outro. Tantas saudades. Tantas! No mesmo cemitério parei noutas moradas. Onde tambem mora alguma da minha saudade, mas sem a mesma relevancia "natalicia".  A saudade pode ser uma coisa boa. É uma coisa boa!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Natal/Carnaval

 Pronto, e cá estamos a chegar ao Natal. E daqui a nada, carnaval. Tudo igual. Só muda a máscara.

terça-feira, 3 de dezembro de 2024

Nem mais

 "Quanto mais velho você fica, mais sapatos confortáveis ​​você procura

Quanto mais velho você fica, mais você quer apenas presenças positivas
Quanto mais velho você fica, mais você come alimentos saudáveis, evita álcool e anda muito
Quanto mais velho você fica, mais você seleciona, de pessoas e tudo
Quanto mais velho você fica, menos você troca a solidão por presenças inúteis
Quanto mais velho você fica, mais você sabe selecionar e escolher se quer ficar em silêncio, se vai falar, se quer ignorar
Quanto mais velho você fica, menos você reage, e muitas vezes escolhe ignorar
Quanto mais velho você fica, mais importância você dá às pessoas e menos às coisas
Quanto mais velho você fica, menos você gosta de discussões, conflitos, provocações
Quanto mais velho você fica, mais você gostaria de ser leve, se importar com tudo e viver o dia
Quanto mais velho você fica, mais você se ama e ama a PAZ e a SERENIDADE."
odas as reaçõ
1,6 

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Oh mãe, o Angelo morreu!

 Foi assim que eu soube. Não nos víamos há muito. O trabalho, a vida, afastou-nos mas sem voltarmos as costas. Foi assim e pronto! Gostava dele porque fazia feliz a G., a melhor de todas as minhas colegas de trabalho. Era um artista, o Angelo. Pintava como poucos. Não fui ao funeral. Quero lembrar-me dele a fazer muitas voltas às rotundas no velho Fiat 127 da G, para que as minhas filhas rissem à gargalhada. 

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Queridas Papoilas



 "Quero dar-te chuva de flores

pela manhã. E quando quiseres, podes

vir colher sorrisos direto do quintal

da minha alma.

Nunca te há de faltar afeto.

E se murchar a tua alegria, podes vir buscar uma muda no meu jardim

para que a tua floresça outra vez.

Se te faltar o vento, sopro-te carinho. E se te faltarem as cores do
dia, a gente pinta tudinho com tons

de felicidade. Lá do alto, não te

deixarei olhar para baixo e mesmo que escorregues de uma nuvem molhada,

eu não te soltarei a mão, não te
deixarei cair."

Caio Fernando de Abreu

domingo, 10 de novembro de 2024

A feira da Golegã

 Muita gente, muita bosta, muito cheiro a bosta, comas o que comeres tudo te sabe a bosta, muito cheiro aos bons perfumes do(a)s cavaleiro(a)s, 5 mocas pra estacionar o carro num parque improvisado, 2 cintos de couro ao preço do ouro, Papoila mais crescida à minha frente a abrir caminho, lembranças das feiras de outros anos, a certeza de que não vou mais. (??????)

Até pro ano!!!!!!!!

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

De Mia Couto

 "Quero morar numa cidade onde se sonha com chuva. Num mundo onde chover é a maior felicidade. E onde todos chovemos."

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Chamava-se Olinda...

 ..., mas pra mim, foi sempre a Linda. Já cá não está, mas não há dia de "todos os santos" que eu não me lembre dela. Fazia as melhores broas que eu já comi. Todos os anos experimento comprar das que, visualmente, me lembram as dela, mas fico sempre frustrada. Ninguém faz broas tão boas como a Linda fazia. E não o digo porque ela morreu! Disse-lhe muitas vezes quando ela era viva. 

quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Estou furiosa

 Não entendo as pessoas que têm negócios e não gostam de prestar o serviço que o cliente pretende, mas o que lhes convém a si próprios, sem que eu, totó, perceba porquê. Vai uma pessoa à cabeleireira, diz o que pretende e o que vai vendo é a tesoura a tosquiar onde não deve e como não deve. Digo que não é assim? Digo! Vale de alguma coisa? Não!!! Posso mudar de profissional? Posso! Melhorava? Não!! Já mudei várias vezes e vou a esta há mais de dez anos. Faz como ela quer mas tem uma qualidade que eu muito aprecio. É rápida, sem mimimis, sem conversinhas parvas que eu abomino e isso são pontos a favor dela. Já mudei tantas vezes e parece-me que é tudo igual ou muito parecido. 

Vai uma pessoa, esta, com um "desenho" tão bem feitinho para que lhe façam um móvel por medida. Quando chega, olha à volta e só vê placas de tudo menos madeira. Na verdade, a minha maior "esquesitice" era que fosse em madeira. Madeira madeira. Nada de sei lá o quê triturado. O homem olhou o desenho e lá me foi mostrando como ia ficar tão lindo lá com aquele material. Mas não me convenceu, claro. Quando viu que não havia nada a fazer, atirou-me o papel pra mão e gritou-me que aquilo em madeira não fazia. Só o faria se fosse naquele material. Mai nada! Ele é que mandava. Era o mandavas!!!!!!! Uma coisa é um corte de cabelo, que cresce num instante. Outra, é um mono que eu quero pro resto da vida. A este, não encontrei outras qualidades. Só antipatia e muita falta de chá.

sábado, 26 de outubro de 2024

"De víbora na mão" de Hervé Bazin

 Um livro que se lê num sopro, retrata uma sociedade aristocrática francesa rural no princípio do século vinte. Ironia, raiva e revolta, tópicos que nos agarram à narrativa. Vale a pena ler. 

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Os portões (portinhos) que se abrem sozinhos

 É vê-los por aí, pouco mais de meio metro de altura, ao alcance da perna do ladrão mais trapalhão, com um motor enorme e pesado pra tão pouco arcaboiço (são muito feios do avesso), em ruas onde passa um cão de vez em quando e, curiosamente, maioritariamente pintados de cinzento. Essa cor é, aliás a farda dos portões baixos. E pronto, lá se abrem devagar, muito devagar, como que a dar tempo a seus afortunados donos de apreciarem tão util tecnologia. Depois fecham-se, a ritmo lento, e ali ficam até ao próximo clic, sem impedir as vistas do quintal. Sim, porque tambem é preciso mostrar o carro, a calçada, os gatos ao sol, a "picina".....

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Um bolo com sabores de outono...

 ... cheirinho a canela, Mimi a ronronar e eu quase a fechar os olhos. Dia de chuva. Tão bommmm!!!

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

De José Mauro de Vasconcelos

 "ROSINHA, MINHA CANOA"

Um livro pra ser lido devagar, saboreado, sentido. Lindo!

Diz o autor: foi preciso que chegasse aos quarenta anos, para perder todo o terror da minha ternura e derramar por minhas mãos que queimam de carinho, a simplicidade deste meu livro. Leia-o quem quiser. De uma coisa estou certo: não tenho nada que me desculpar perante o publico.


quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Mimi e eu

 Cada uma com a sua manta, enroscamo-nos no sofá a ouvir a chuva. Ela a ronronar enrolada ao meu lado, eu a mima-la e olhar pra ela tão serena e feliz. Gosto tanto de dias de chuva. E da minha Mimi, claro!

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

quinta-feira, 12 de setembro de 2024

terça-feira, 3 de setembro de 2024

Morreu um gafanhoto

 Hoje, ia na minha caminhada matinal, a sentir o fim do verão, vento na cara e cheiro a outono. Olhei em frente e vi uma valente "nódoa negra" na estrada. Fui ver o que era e fiquei ali a olhar para aquele bonito serviço. E que serviço. Que trabalhão! Um gafanhoto moribundo, ainda com um laivo de vida, mas prestes a perecer perante a força da união de milhares de formigas. Demorei-me a observar a perícia daqueles minúsculos mas disciplinados animais. Deus me livre de tropeçar na minha horta e cair pro chão. Com a quantidade de formigas que por lá andam, devoravam-me num ápice. 

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Benjamim, Pedro e Bárbara

 Não sou, de todo, a maior fã da escrita de Pedro Chagas Freitas. Por isso mesmo, estou à vontade para tentar, apenas tentar, enaltecer a coragem que ele teve para expôr a maior fragilidade que um pai pode ter. Um filho. Costumo dizer, que na sua escrita, não são necessárias tantas frases identicas pra dizer a mesma coisa. Mas neste "diário" a que nos habituou, entendi como pra dizermos o que nos vai na alma, todos os vocábulos são insuficientes, inexpressivos, curtos, leves. Que sofrimento indizível, que medo imensurável, que dor tão profunda. É verdade, que, como o Benjamim, há milhares de outras crianças em sofrimento. Outros pais em apneia como os dele. Que me perdoem. A eles tambem o meu abraço solidário. Que os Benjamins desta vida, tenham os pais, os médicos, os enfermeiros, os auxiliares, os hospitais, os órgãos, a força e a coragem desta familia. Grata pela lição dada pelos três! Muita saúde Benjamim, Pedro e Bárbara!

quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Lindos de morrerrrrrr

 Quando eu era criança e dormia em casa dos meus avós maternos, tinha que me deitar logo ao anoitecer. Os meus avós estavam cansados das lides no campo e a noite era pra descansar. Mas as noites lá em casa, pra mim eram pouco descansadas. É que a minha avó tinha um relógio de parede, que badalava ás horas certas e meias horas. Se me deitasse ás nove, pouco tempo depois de adormecer, lá tinha que acordar com dez longas badaladas, voltar a adormecer, voltar a  acordar com onze e tentar resistir ás doze se já estivesse em sono profundo. Ao alvorecer, tudo voltava, a cada hora com mais badaladas e eu com cada vez mais vontade de estraçalhar aquele objeto de tortura. Mas isto foi há cinquenta anos!

Agora, 2024, eu senhora idosa, sono mais frágil e um casal de pavões que diariamente celebram o nascer de mais um dia. Lindos, lindos, lindos. Mas, a cada alvorada, volto a ouvir as doze badaladas do relógio da minha avó. Irada, apetece-me tirar-lhes a corda. E acabar com berros ensurdecedores ao amanhecer. Não me provoquem! Sem sono dormido sou imprevisível!

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Miguel Torga

 MIGUEL TORGA, nasceu em 12 de Agosto de 1907 em S. Martinho de Anta

Faleceu em Coimbra, em 17 de Janeiro de 1995.
«ROMANCE
Ora pois: foi tal qual como vos digo:
Minha Mãe, certo dia, pôs a questão assim:
— ou Ela, ou eu!
E ficou resolvido que no dia doze
minha Mãe parisse,
e pariu!
Pariu e ninguém se opôs! Ninguém!
Como se fosse um feito glorioso
Parir assim alguém, tão nu, tão desgraçado!
Por mim,
Ainda disse que não!
Mas o seu Anjo da Guarda
era forte e tenebroso...
E aquele frágil cordão
Deixou de ser o meu Pão,
O meu Vinho
E a paz eterna do meu coração mesquinho!...
Deixou de ser o silêncio
Delicado e agradecido
Dos meus instintos menores...
Deixou de ser o Norte daquele lago
Onde boiava o meu corpo
Sem alegria e sem dores...
Deixou de ser aquela verdadeira
e sagrada ignorância do meu nome,
Que Satanás me disse, quando disse:
- Respira e come,
respira e come,
Animal!
(A voz de Satanás já nesse tempo
era humana e natural...)
Deixou de ser o mundo e foi um outro!
Foi a inocência perdida
E a minha voz acordada...
Foi a fome, a peste e a guerra!
Foi a terra
Sem mais nada!
Depois,
sem dó nem piedade a vida começou....
Minha Mãe, a tremer, analisou-me o sexo,
E, ao ver que eu era homem,
corou... »

terça-feira, 23 de julho de 2024

Já foi o 35º

 

Foto: Rádio Horizonte Atlântico

Foto: Associação Rancho Folclórico Alegria do Minho


Folclore é alegria, é tradição, é história, é cultura. Tem federação, regras, normas. É coisa séria.
Na segunda foto, está um menino. E não é por engano. Nem foi buscar a xuxa ao bolso do avental da mãe. Não! Ele é um pequeno entre grandes porque ele é grande. Sabe toda a coreografia como os grandes, dança com uma grande, acompanha os grandes com a suas pequenas pernas, o que o faz saltar como um pardalito, toca castanholas e consegue fazer isso tudo, com os pezinhos enfiados numas socas, o que, a meu ver, ainda dificulta mais o seu desempenho. Confesso que nem vi se os grandes dançavam bem. Só tive olhos, ainda que marejados, para o pequeno Martim. Era bom que os tablets da vida não o desviassem completamente desta arte. Grande Martim!



terça-feira, 2 de julho de 2024

Por este rio abaixo

  Deixaram a cultura portuguesa mais pobre, mas uma obra imortal. Admiração por Mestre Cargaleiro e Fausto Bordalo Dias.

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Almonda ...

 .... lembra-me sempre Saramago, como se o rio só passasse na Azinhaga. Já tinha lido sobre a nascente e esta semana foi a oportunidade de constatar como o poder do dinheiro é capaz de destruir sem dó nem piedade verdadeiros oásis. Ainda assim, vale a pena ver. Pra crer.

Cada vez que limpar o cu, vou lembrar-me que mais valia limpá-lo a uma pedra. Como a minha avó, quando era pastora. 


sábado, 22 de junho de 2024

A humildade,....

... é, a meu ver, uma das mais bonitas qualidades do ser humano. Mas não é pra ídolos de pés feios com milhões de seguidores nas "redes sociais" e ainda mais milhões nas contas bancárias. É só pra grandes. Os que são grandes sem se esticarem.

Já o lambebotismo, é coisa de quem é pequeno, merdoso, desenxabido. Principalmente, se quem lambe as botas é quem tem faca, queijo, pão e guardanapo, tudo na mão e se fica mudo e quedo com medo dos milhões de seguidores dos ídolos.


quarta-feira, 19 de junho de 2024

Nem sei se isto diz mais sobre ela ou sobre mim...

 Gata Branquinha gosta que eu esteja sempre a falar com ela. Mas  por vezes, falta-me a palheta e fico sem assunto. Resolvi cantar pra ela. Mas a gaja é seletiva. Quando lhe canto o Sabão crá crá dos Mamonas, assim que começo, logo no crá, arremelga o olho (só tem um) e fica logo de orelhas em pé. Mal chego ao cré começa a rosnar e levantar o pêlo. Antes que seja tarde, ainda antes de chegar ao cri, mudo de reportório, não vá ela assanhar-se e arranhar-me toda. Como vingança, sem ela saber, começo logo.. Atirei o pau à ga ta ta......

E ela adora! Nha rica gata!

segunda-feira, 10 de junho de 2024

Que raça?

 Durante o Estado Novo, o 10 de Junho, dia da morte de Camões, era o dia da Raça. Da raça portuguesa. Sim, que isto de ser uma migalha de país, não nos impedia de sermos uma raça. Uma raça que fez de outras raças escravos, se apoderou dos seus territórios. Uma raça que humilhou, espezinhou, espoliou, violou, usou outras raças. Uma raça que me envergonha. Espero e desejo, que nunca mais o 10 de Junho volte a ser o dia da raça. Que seja sempre um dia em que se comemora Portugal, não como uma raça, mas como um povo que se orgulhe de sair e deixar estar. Que vá, se quiser, e receba quem vier. Com respeito e humildade. Sempre. Pelos que vão e os chegam.

quarta-feira, 5 de junho de 2024

E por aqui....

 .... continua muito ranho e algumas lágrimas, mas acima de tudo, uma barriga toda dorida de tanta tosse. Desta vez bateu muito forte!

sexta-feira, 31 de maio de 2024

Totó!!!!!!!!!!

 Nos ultimos tempos, tenho reparado que quando compro uma garrafa de água, a porcaria da rolha alem de ter pouca rosca, fica agarrada ao gargalo. Achava estranho e uma brutal coincidência, que só me calhassem garrafas com defeito. Afinal, parece que é de propósito. Para que a rolha, por ser mais pequena, não vá parar aos esgotos. Olha que bem que alguem se lembrou disto!!!!! Vá lá......

quarta-feira, 22 de maio de 2024

Ah pois é!

 Há uns dias, já com as temperaturas a subir, dizia-me a minha mãe que já estava a temer o verão por causa dos incêndios. Dizia-me ela : " Quando eu era nova, na charneca do Veiga  (pinhal com várias dezenas de hectares) vivia (trabalhava) gente  o ano todo. E era lá dentro, junto com a caruma e a carqueja, que se fazia a fogueira ao almoço e ao jantar. E não me lembro de alguma vez ter havido um incêndio. Agora, não se pode ter um pinheiro à porta e até os pomares ardem. Não percebo isto!". Coitada da minha mãe. Ainda não percebeu, e talvez já não vá tempo, que agora há uma desculpa pra tudo. São as alterações climáticas. E mais não digo!

quinta-feira, 16 de maio de 2024

Até ao fim

 Não gosto de fins. Não gosto do fim de um livro. Não gosto do fim de um filme. Nem do fim de um trabalho ou de um ciclo. Não gosto do fim de uma relação de amizade, de trabalho, de uma parceria seja ela qual for. Tontice minha, que posso sempre voltar a ler o mesmo livro, ou ver as vezes que quiser o filme. Recomeçar uma qualquer relação, ou nem a terminar, apesar de, eventualmente, haver outros fins. Mas não é a mesma coisa.

Quando era pequena e ouvia falar do fim do mundo, pensava que era chegar ao fim de um caminho e deixar de haver caminho. Ficar um abismo. Acabar. Há uns anos, saí de Lisboa de barco, com mais cinco mil pessoas,  para uma semana de rambóia. Não era uma caravela à descoberta de uma ilha qualquer. Mas garanto, que a minha infantil imagem do fim do mundo naquele momento se tornou tão presente, que ver Lisboa ficar cada vez mais distante e pequenina era o fim de qualquer coisa. Era o fim do mundo. Sem precipício e cheio de coisas boas, mas um fim. 

 Quando mudámos de casa, apesar de nos afastarmos apenas uns quilómetros da nossa rua, senti que, alem de ser o fim da nossa permanência naquela casa, era tambem o fim do convivio com aqueles vizinhos, o fim das rotinas naquela rua, o fim dos cheiros, o fim das cores das casas. O fim das brincadeiras das minhas filhas com os amigos do costume, o fim das rotinas delas ali. Fim, fim fim. E eu, definitivamente, não gosto de fins. Apesar da curta distância, há muitos vizinhos que nunca mais vi. Mas, há outros, que mesmo sem nos vermos durante muito tempo, é como se tivessemos estado juntos na véspera. Ontem foi dia de estarmos com os nossos maiores amigos daquela rua. Talvez até os únicos (os outros são conhecidos). Foi um dia de afetos, de coisas boas. Gostamos tanto deles! Os nossos filhos ainda são amigos, sempre foram. E nós tambem o seremos pra sempre. Não foi um dia de nostalgia. Foi um dia de pôr a conversa em dia, mas como se a tivessemos interrompido ontem. Oxalá a vida nos continue a dar a oportunidade de vivermos a nossa amizade por muito mais tempo. Até ao fim!


quarta-feira, 1 de maio de 2024

É prosa e não é o do Miguel Torga.

 Sei de um ninho. E o ninho não tem um ovo. Nem um passarinho. Tem uma catrefada deles, a julgar pela algazarra e a merda que escorre parede abaixo, porque fizeram o ninho entre o telhado e o forro de madeira do sótão, encolhido pelo calor.

Podem até tentar-me. Só não o dou porque ninguem consegue lá ir buscá-lo. E tambem porque quero ser uma boa anfitriã, mesmo sem guardar segredo. Espero vê-los felizes, quando fizerem o pino a voar.

E nem pensem comer-me os mirtilos onde os vossos pais já foram abastecer-se, malvados.


quinta-feira, 25 de abril de 2024

Em 1974

 Naquele dia tudo me parecia estranho. A mim e a todos à minha volta. De manhã não soube de nada porque o meu pai tinha ido trabalhar e a minha mãe não ligava ao rádio. Mas assim que cheguei á escola (telescola, ainda em direto), não havia aulas. A professora mandou-nos pra rua, o que me pareceu ainda mais estranho. Tudo estava diferente mas as viúvas passavam pro cemitério com molhos de flores para enfeitar as sepulturas dos maridos ditadores, a igreja estava aberta para receber as beatas, os bêbados continuaram a emborcar copos na taberna do A. , alheios a tudo, os burros montados pelas senhoras que vinham das aldeias vizinhas às compras, paravam no bebedouro da fonte com a mesma sede dos outros dias, o sol nunca mais aparecia, a professora não nos chamava para entrarmos e até as brincadeiras pareciam estranhas, confusas. Quando finalmente a professora nos chamou para nos dar uma explicação esfarrapada, vimo-la retirar e destruir os retratos de Salazar, Américo Tomás e Marcelo Caetano. Fiquei pasma. Se todos os sábados de manhã éramos obrigadas a cantar o Hino em sentido viradas para tão ilustres figuras......!!!!!! Chamou-lhes ela, ditadores. Irónico, quando ela era e continuou a ser ditadora dos sete costados (digo eu agora porque naquele tempo não sabia o que era isso). Fui pra casa e encontrei o meu pai com o ouvido coladinho ao rádio e a minha mãe a murmurar qualquer coisa baixinho, já farta e sem perceber patavina de nada. Nada naquele dia foi igual aos demais. Toda a gente falava baixinho ainda com medo dos bufos. Até neste fim de mundo! E toda a gente era a pouca que por aqui morava, mas ainda assim, pra mim era muita. Até a minha avó estava atenta ao que se passava no rádio. Nesse dia não pude ouvir QUANDO O TELEFONE TOCA. Era quinta feira e não me lembro se no dia seguinte fui à escola. A euforia da LIBERDADE, não chegou aqui logo nesse dia e talvez nem no seguinte. Pelo menos que eu me lembre. Do que me lembro é que todos diziam que tinha acontecido uma coisa boa. E se era uma coisa boa, eu estava contente. Nesse ano, em Outubro, entrei no ensino secundário e percebi então, minimamente, o que tinha efetivamente acontecido.

Cinquenta anos depois, a minha escola é a casa mortuária, não há crianças no adro, as viúvas não levam flores aos maridos porque compram-nas de plástico, a igreja está fechada porque não há beatas mas há cobiça pela arte sacra, a taberna do A. fechou e ele já morreu, as mercearias fecharam e a malta vai às compras ao hipermercado de carro, o meu pai já morreu sem saber que ao fim de cinquenta anos estamos quase a 24 de Abril, a minha mãe vê o Big Brother num ecrã do tamanho da parede (moderniçes que a revolução lhe ofereceu) e as minhas colegas desse tempo foram à sua vida, como eu,  e raramente vejo uma ou outra. Tenho saudades das ilusões que criámos! E mais não digo!


quarta-feira, 17 de abril de 2024

O homem que limpou o cu com um rolhão de papel esfarrapado

 Li "o homem que mordeu o cão", logo na primeira edição. Não é nenhuma obra prima da literatura mas eu gosto de crónicas. E se tiverem uma boa dose  de humor, mais ainda. E cada vez que "enceto" um rolo de papel higiénico lembro-me logo do livro. E tenho de concordar com Nuno Markl. Mas porque raio tem a ponta do estupor do papel, que ter tanta cola? Uma pessoa tem de esfarelar meio rolo ate encontrar o caminho certo pra começar a desenrolar. Só tem uma coisa boa. Adivinhem!!!!!!!!

quarta-feira, 27 de março de 2024

Nudez

 Covão da Ametade. Nu. Belo!


"Por mais que dispamos o que vestimos, nunca chegamos à nudez, pois a nudez é um fenómeno da alma."
Fernando Pessoa


segunda-feira, 25 de março de 2024

terça-feira, 19 de março de 2024

Porque não me esqueci

 Há muitos anos atrás, num dia dezanove de março, cheia de trabalho, só liguei ao meu pai já no fim do dia quando tive finalmente mais tempo pra lhe dar um beijo, ainda que por telefone. Ele, habituado a que eu ligasse mais cedo, e pensando que eu já me tinha esquecido, disse-me logo "pensei que hoje não te tinhas lembrado...". Mas tinha. Nem me esqueci hoje. Infelizmente não lhe posso ligar e dizer-lhe que por todos os dias do pai que eu viva, nunca me vou esquecer. 


segunda-feira, 11 de março de 2024

Medo

Muito medo de, após cinquenta anos, voltarmos atrás. Medo que a minha geração esteja amnésica. Medo de termos jovens que vão em cantigas. Medo que tudo tenha sido em vão. Medo pelas minhas filhas e netas. Medo e vergonha!

quinta-feira, 7 de março de 2024

Coisa mai lindaa!!!!!

 

Pois que não é um telemóvel, não senhor! É mesmo um livro e eu gosto tanto de as ver assim. Desejo que ganhem uma espécie de dependência, como a vó!


terça-feira, 5 de março de 2024

Vergonha alheia

 É constrangedor assistir às figuras tristes e ridículas que os candidatos fazem na campanha eleitoral. As barbaridades sucedem-se e é ver quem canta, dança, beija velhas, criancinhas ranhosas e peixeiras com o sorriso mais hipócrita. Tristezas a que somos sujeitos em nome do direito ao voto. Um voto cada vez mais desenxabido.

domingo, 25 de fevereiro de 2024

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Os Passadiços do Penedo Furado...

 

... estão inseridos no Trilho das Bufareiras, Vila de Rei, e vão do Miradouro ...

... das Fragas do Rabadão até à praia Fluvial do Penedo Furado, ...

... num percurso circular, extraordinário e imperdível.









terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Sou só eu que acho....

 .... que nas pré campanhas, campanhas e pós campanhas eleitorais, os partidos ou candidatos deviam ser proibidos de se referirem, bem ou mal, aos outros partidos ou candidatos para os atacar? Deviam, a meu ver, apresentar apenas as suas propostas e poupar-nos a vergonha alheia. As figurinhas já são ridículas, a tentar ridicularizar os outros, ficam ainda mais ridículas. Cada vez temos menos vontade de votar, mais desconsolo e falta de confiança. Apesar de, cada vez termos mais necessidade de votarmos com convicção. Mas em quem??  Se à partida já vamos descontentes e desconfiados? 

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Ai ai!!!!

 Tantos dias a comer arroz branco, frango cozido, fruta cozida e pão torrado sem manteiga, deixou-me sem mais uns quantos neurónios. Os remanescentes, e à falta de grandes ocupações por culpa da maleita, ainda vão mostrando alguma funcionalidade e acabaram de me lembrar que na minha já longa existência, muitos acontecimentos importantes aconteceram a nível nacional e mundial. Se uns me orgulham, outros dececionam-me, desiludem-me. Ora vamos lá lembrar alguns:

A chegada do homem à lua, era eu bem pequena e fui ver com o meu pai na televisão da Sociedade Recreativa. Na altura não tive noção da importância do acontecimento e agora também não lha dou.

A revolução de Abril, em Portugal, já mais crescida e quase, quase a perceber o que se estava a passar.

A queda do muro de Berlim, já adulta,  mais informada.

O fim da União Soviética e consequentemente o fim da guerra fria. Um alivio (ilusório, como agora sabemos)!

Ser contemporânea de Saramago, Fausto Bordalo Dias, Herman José, Agostinho da Silva e mais uma mão cheia de personalidades que eu admiro.

A legalização do aborto em Portugal. 

Uma pandemia.

Uma guerra na Europa!!!! Quem diria?

.....................................................................

Todo o dia a ver canais de noticias (repetidas mil vezes), até tenho medo de ainda conhecer mais acontecimentos relevantes para a humanidade....................

 



segunda-feira, 15 de janeiro de 2024

Agora há dias pra tudo!

 Parece que hoje é o dia mais triste do ano. Vá-se lá saber porquê.

Mas aqui em casa, Mimi, que é do contra, mostra-se alegre e brincalhona. Boa, Mimi!



terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Os meus pompons!

 

Mãe e filha no mimo e no quentinho. Quando assim é, a cama de uma torna-se a cama das duas.