Sei de um ninho. E o ninho não tem um ovo. Nem um passarinho. Tem uma catrefada deles, a julgar pela algazarra e a merda que escorre parede abaixo, porque fizeram o ninho entre o telhado e o forro de madeira do sótão, encolhido pelo calor.
Podem até tentar-me. Só não o dou porque ninguem consegue lá ir buscá-lo. E tambem porque quero ser uma boa anfitriã, mesmo sem guardar segredo. Espero vê-los felizes, quando fizerem o pino a voar.
E nem pensem comer-me os mirtilos onde os vossos pais já foram abastecer-se, malvados.
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