Mas ainda não quero acreditar que foi pra sempre. Quero continuar a pensar que as nossas tertúlias vão continuar, que a porta daquele casarão com mais de quatrocentos anos, continua aberta. Pra mim e quem mais me acompanhar. Que os cavalos vão continuar no pasto, que vamos ter longas conversas com as nossas fuças refletidas na água do tanque, que ainda vamos dançar mais uma valsa desajeitada E, acima de tudo isso, que ainda o vou continuar a ver vestido de agrobeto, à minha espera, enquanto desço a estreita estrada até chegar à casa, me abre a porta do carro, me cumprimenta e pergunta com aquele vozeirão "Atão cachopinha, tás bem? e as miúdas?"
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