segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Refleção


A véspera de eleições é dia de pôr fim à teatrice e chamado dia de reflecção.
Eu cá, pus-me a refletir, e cheguei à conclusão que esse dia seria adequado não só para esse fim, mas ainda, e não menos importante, para limpar as localidades de tudo o que é lixo relativo à propaganda.
Não custava nada, se cada um que colou um cartaz, na véspera de eleições o fosse retirar do local onde o deixou.
Ganhava o ambiente, todos os partidos (já viram?), todas as câmaras e juntas de freguesia, enfim, todos nós.
Não era bom?

sábado, 28 de setembro de 2013

Sardine


Não me conformo com isto de as sardinhas, outrora "conduto" do pobre, terem sido elevadas, no preço, a produto gourmet.
Não que seja um pitéu que me faça babar, mas porra, quem tem gostos simples, e gosta da gorda mal cheirosa, tem agora de desembolsar como se de caviar se tratasse.
Ora ponham lá os bichos ao preço de antigamente, vá...

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Chuva


"Eu vi no espaço e no tempo, que as minhas lágrimas são como a chuva que lava toda a minha alma."

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Papoilinha


Flor mais linda de sua avó faz hoje nove meses.
E está tão longe.
Beijos

Para adoçar a boca... e a vida



Pode não parecer mas é bolo de tomate.
Uma delicia!

Desvida


Desfado

Quer o destino que eu não creia no destino
E o meu fado é nem ter fado nenhum
Cantá-lo bem sem sequer o ter sentido
Senti-lo como ninguém, mas não ter sentido algum

Ai que tristeza, esta minha alegria
Ai que alegria, esta tão grande tristeza
Esperar que um dia eu não espere mais um dia
Por aquele que nunca vem e que aqui esteve presente

Ai que saudade
Que eu tenho de ter saudade
Saudades de ter alguém
Que aqui está e não existe
Sentir-me triste
Só por me sentir tão bem
E alegre sentir-me bem
Só por eu andar tão triste

Ai se eu pudesse não cantar "ai se eu pudesse"
E lamentasse não ter mais nenhum lamento
Talvez ouvisse no silêncio que fizesse
Uma voz que fosse minha cantar alguém cá dentro

Ai que desgraça esta sorte que me assiste
Ai mas que sorte eu viver tão desgraçada
Na incerteza que nada mais certo existe
Além da grande incerteza de não estar certa de nada

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

...ver os aviões...



Quando oiço passar um avião, penso em quantas vidas, quantas expectativas, quanta alegria, quanta tristeza, quanto medo, quantos motivos levaram aquelas pessoas a voar.
Cada um de nós tem os seus , embora aos olhos dos outros tudo seja tão banal.
Para cada um há uma chegada diferente, embora todos cheguem ao mesmo sitio.
Era tão bom que todos voassem por bons motivos...tivessem a chegada desejada...

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Amarelo



"O amarelo é uma cor que contribui para a felicidade. É uma cor brilhante, alegre, que simboliza o luxo - é como estar em festa a cada dia."

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Escaroupim




E, este domingo, foi dia de conhecer a aldeia avieira do Escaroupim.
Há muito na minha lista de lugares a conhecer, surpreendeu-me.
Não pela falta de beleza natural, mas pela falta de palafitas, casas "empoleiradas" em estacas, para fazer face às cheias.
Como cicerone, da aldeia e do museu, a D. Cassilda, mulher nascida no rio dentro do barco, tal era a pressa de conhecer o "seu" Tejo.

Cais do Escaroupim
 
 
Palafita museu
 
 
Cozinha do museu
 
 
 
Simpatia de D. Cassilda no ambiente rústico da cozinha do museu
 
 
Quarto dos filhos
 
 
Quarto das filhas. Segundo a D. Cassilda, os pais não tinham quarto. Passavam a noite no rio, à pesca.
 
 
 
 
 
 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Vidas...




Quantos de nós, os da minha geração, tivemos as nossas asas cortadas e vidas desviadas, por tacanhez dos nossos pais...
Mas, afinal, somos "filhos dos homens que nunca foram meninos"...
Nem sei se tenha pena de nós, se deles!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Ler...



 
Como compro livros para ler e não para decorar, comprei estes numa feira de velharias a 1 euro cada.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

E ainda...




...continuando a falar de cheiros, há, felizmente, aqueles que o meu big nose pode eventualmente voltar a sentir.
Uns com mais frequência que outros, mas nenhum impossível de repetir.
Em primeiríssimo lugar, o cheiro da minha Papoilinha. Flor mais linda de sua avó cheira a coisa boa.  esperança, a alegria...
E o cheirinho a croissants acabadinhos de cozer do hotel Rafaello em Praga? Talvez nunca mais me passe pelo nariz, mas que me deixou saudades e vontade de voltar, lá isso deixou.
E há mais cheiros bons de recordar e vontade de repetir.
Como o cheiro do arroz de couve da dona Carmen. cozinhado ao lume e em panela de ferro e que me faz babar quando o recordo.
O cheiro a "mato queimado" de Amesterdão, não pelo "mato", obviamente, mas pela cidade em si. Encanta-me.
O cheiro a pão quente, seja lá quem o coza.
O cheiro a bons perfumes que paira no ar de Roma. Os italianos cheiram tão bem...
O cheiro do Funchal, um misto de flores, frutos e bolo do caco.
O cheiro a bosta de cavalo da feira da Golegã.
O cheiro a enxofre das Furnas.
O cheiro da caldeirada acabada de fazer.
O cheiro da Andaluzia.
O cheiro das praias da Catalunha.
O cheiro (e o sabor) das mariscadas Galegas.
O cheiro a azedo das cidrarias das Astúrias.
O cheiro da terra molhada...
O da chuva...
E tantos, tantos mais.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Os sons...e os cheiros



Há dias, na televisão, vi com pouca atenção uma peça sobre um homem, português, que estava a fazer uma recolha de sons.
Sons rurais, parece-me, já que não vi com muita atenção, daqueles que estão em vias de extinção.
Eu, felizmente, tenho na memória muitos desses sons e até alguns que ele já não vai a tempo de gravar. Já se extinguiram.
E lembrei-me dos cheiros.
Dos cheiros do passado.
Uns que me trazem boas lembranças... outros nem por isso.
Mas todos eles já extintos.
Lembro-me do cheiro  do café da avó T, do cheiro do celeiro, e do que saia da arca grande de cada vez que ela a abria para tirar o trigo para dar ao moleiro e que na semana seguinte já vinha em farinha para a cozedura da semana.
E do cheiro do pão tendido dentro do tabuleiro.
Do cheiro do forno quente.
Do cheiro a rosas de açafate que entrava pela janela do quarto quando ficava a dormir na casa da avó T. e me levantava quando os galos todos resolviam cantar ao mesmo tempo.
Do cheiro da canja de galinha caseira que a minha avó T. fazia  quando havia festa e ela convidava todos os sobrinhos. Se fossem todos nem cabiam em casa. Mas os que iam faziam a festa e deitavam os foguetes.
Do cheiro da casa da minha avó R.
Do cheiro do "guarda comidas" onde ela guardava sempre umas coisas boas que eu adorava.
Do cheiro das misturadas que ela fazia ao lume.
Do cheiro da saia dela quando me deitava no seu colo para que me coçasse as costas.
Estes eram cheiros tão bons...
Mas também havia os que não me deixam saudades.
Lembro-me do cheiro a roupa molha e mofo durante todo o dia na escola quando chovia e as meninas que vinham de longe ficavam encharcadas.
Do cheiro a cera das velas da igreja quando tinha de ir ao terço no intervalo da escola.
Do cheiro a pó de quando ao sábado tínhamos de varrer a escola e cantar o hino nacional.
Do cheiro do confessionário quando era obrigada a confessar-me ao padre.
E é melhor ficar por aqui...
Não quero ficar deprimida!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

S. LEONARDO DA GALAFURA



À proa dum navio de penedos,
A navegar num doce mar de mosto,
Capitão no seu posto
De comando,
S. Leonardo vai sulcando
As ondas
Da eternidade,
Sem pressa de chegar ao seu destino.
Ancorado e feliz no cais humano,
É num antecipado desengano
Que ruma em direção ao cais divino.


Lá não terá socalcos
Nem vinhedos
Na menina dos olhos deslumbrados;
Doiros desaguados
Serão charcos de luz
Envelhecida;
Razos, todos os montes
Deixarão prolongar os horizontes
Até onde se extinga a cor da vida.

Miguel Torga



Será por isto, o meu fascínio por S. Leonardo da Galafura e a minha admiração por Miguel Torga?
Leiam, e depois, se puderem, vão lá e sentirão o Douro com a menina dos olhos de Miguel Torga.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A primeira....

Ontem foi o dia da primeira queda a sério da minha Papoilinha.
Flor mais linda de sua avó, caiu do sofá com direito a ida ao hospital e tudo.
E eu, perante a aflição da mãe, meu eterno bebé, não sabia o que mais me afligia.
Se a queda da menina, se a aflição da mãe.
Pressinto que mais aflições virão. Tomara sejam todas assim.
E fiquei a pensar que o provérbio " amar é sofrer", não poderia ser mais correto.
Nossos filhos e netos, nossos amores maiores, serão sempre a principal fonte do nosso sofrimento.