segunda-feira, 14 de julho de 2025

Era o nómada Tatá

 Mantorras começou a ladrar com fervor, o que só acontece quando se sente em perigo. Segui o olhar dele e vi um homem a subir a rampa, bicicleta à mão, ar de turista estrangeiro, mochila às costas, super bronzeado, corte de cabelo à futebolista com um rabicho no cucuruto, a sorrir pra mim. Quando me aproximei e lhe perguntei em inglês se precisava de ajuda, deitou a bicicleta ao chão, abriu os braços e correu pra mim. Eu, a olhar pra ele cheinha de medo a achar que o homem não estava bom da cabeça. Sou eu, tia! O Tátá! Caramba! Era mesmo o Tatá que não via há uns bons dez anos. E pronto, foi matar saudades, contar histórias de Paris, Istambul, e mais mundo,  almoçar e prometer que nunca mais vai ficar tanto tempo sem aparecer. Surpresa boa.

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