Ainda hoje, quem mora em cidades grandes tem a convicção de que nas pequenas aldeias há muita cusquice (por aqui chama-se regatice). Que as pessoas do campo gostam de saber da vida alheia. Que nas aldeias todos sabem a vida de todos. E pode até ser. Nalgumas. Ou até em quase todas. Mas, caramba, haver sitios na internet, revistas, espaços em jornais e programas de televisão dedicados a esmiuçar a vida de quem se põe a jeito não é coisa de saloios. De bimbos. De pacóvios. De parolos. Nada! É coisa de quem se acha acima da rama verde e se sente com capacidade de julgar quem tem uma vida publica. E até é uma profissão. Chamam-se cronistas sociais. E ganham pra cuscar. Pra regateirar.
Olha que coisa!
Sem comentários:
Enviar um comentário