Vesti-me quase de verão e não sabia o que calçar. Sandalias talvez fossem frescas demais. Botas, tinha de calçar meias e era quente. Sabrinas!!! Ora aí está um sapato que não é nem deixa de ser, não é quente nem frio e dá para dias de porra em que as manhãs são frias e as tardes bem quentes. Calcei as minhas sabrinas pretas e lá vou eu. Quando saí do carro, senti uma fresquidão a entrar-me sabrina adentro mas achei que talvez fosse da pele ser esburacada. Era o ar condicionado. Qual quê! Quando olhei com olhos de gaja já acordada, vi que, afinal, tinhs os pés ao léu. Andava se solas e pouco mais. Estava tudo descolado. Têm razão. Já palmilharam muito. Em vários continentes. Envergonhada, entrei na primeira sapataria e comprei outras.
Depois do almoço, toca o telefone: Ela: É a D. Helena? Eu: Sim! Eu mesma Ela: Olhe, é por causa da consulta de amanhã! Eu: Consulta? Mas eu não marquei nenhuma consulta! Deve haver engano. Não será para a minha mãe que tambem é Helena? Ela: A consulta de revisão, D. Helena! Está marcada desde Outubro. Eu: Mas eu nem tenho médico de família! O meu reformou-se e nesta confusão com a pandemia nem consegui ainda arranjar outro! Ela a rir: Ó D. Helena, é do dentista!
À tarde fui a uma superfície comercial. Só ia compra uma coisa. Ah! E mais umas bolas de Berlim que estavam à venda em embalagens de duas. Entrei, as bolas de Berlim estavam logo ali , em frente vinha um empregado com um carrão dos deles cheio de produtos e parou logo bem à minha frente a olhar pra mim. Escolhi a embalagem das bolas e encolhi-me para o deixar passar mas ele nada. Olhou-me fixamente e apontou-me para a boca. EU ESTAVA SEM MÁSCARA!
Fui pra casa danadinha para parar, não fosse o dia continuar assim, comigo em modo totó.
Sem comentários:
Enviar um comentário