Miguel Torga
segunda-feira, 31 de maio de 2021
sexta-feira, 28 de maio de 2021
Tarde nostálgica
Durante a tarde, olhava para aquele largo e nada resta do reboliço (leia-se vida) que por ali havia. A escola, a minha escola, lá está mas já não é uma escola. Uma sala é dos escuteiros e a outra uma sala de velório. A igreja, antes sempre aberta com beatas a ir e vir com pequenas almotolias com o azeite para as lamparinas ou para dar uma ajuda ao "Sr Prior", está agora trancada não vá aparecer algum meliante amante de arte sacra. O lago, atrás da fonte, pejado de peixes de corres garridas, desapareceu para dar lugar a um palco de betão. O bebedouro dos animais, em frente, é agora uma fonte que nem se percebe se é publica ou pertença da casa onde está "colada". Os fregueses para a mercearia do Varela, já não passam por aquele largo porque já não existe Varela nem loja. Passavam tambem os que iam à mercearia da D. Carmina, mas nem loja, nem D. carmina nem as filhas da D. Carmina existem. Na hora do nosso recreio, passava o Sr. Prior com a grande batina preta ao vento e sandálias nos pés a aterrorizar-me como se fora um fantasma preto. Vinha da casa Paroquial. Agora o padre passa rapidamente de carro. A Taberna do Alcides, antes cheia de amantes da pinga, é agora parte de um amontoado de casario à venda. E em frente, como unico elemento que parece no lugar certo, o museu. Cheio de coisas velhas. Como tudo o que resta daquele largo. Como tão velhas são as minhas lembranças.
quarta-feira, 26 de maio de 2021
Museu Rural e Etnográfico de S. João da Ribeira - Rio Maior
segunda-feira, 24 de maio de 2021
O Canto do João
sábado, 22 de maio de 2021
Ontem...
... foi dia de, ao fim de mais de um ano, voltar a reunir com amigos (todos vacinados, eu incluida).
Boa conversa e bons petiscos, regados com espumante da Bairrada que ainda me borbulha por dentro, e me fez tão bem. Nos fez tão bem.
sexta-feira, 21 de maio de 2021
quinta-feira, 20 de maio de 2021
quarta-feira, 19 de maio de 2021
Espero que não tenhas arrepios!
Disse-me Papoila mais crescida, quando levei a vacina. E não tive. Nem outro qualquer sintoma.
segunda-feira, 17 de maio de 2021
O meu cão está apaixonado
E como acontece com as pessoas, tambem quem está perto de um cão enamorado não percebe os sintomas. Vai daí, Black Mantorras, hoje, teve direito a visita da veterinária em casa. ah! E a uma dona que fez figura de parva!
sábado, 15 de maio de 2021
" FALTA DE TEMPO
sexta-feira, 14 de maio de 2021
E não é que parecia mesmo mesmo um milagre de Nª Srª de Fátima?????
Estava eu a fazer o almoço - já por si um momento stressante - oiço um grande barulho num dos armários da cozinha. Rápida e atabalhoadamente, fui ver o que se passava. Abri a porta do armário, curiosamente o espaço dedicado à minimicroadega (isto existe?) cá de casa e para meu espanto, debaixo de cada garrafa, saia uma cascata de água que me encharcava os pés. Milagre!!!!! Milagre!!!!! O vinho das garrafas transformou-se em água! Depois de uns segundos de estupefação, verifiquei que, afinal, a água não vinha das garrafas. Era só um rebentamento de um cano. Não tinha havido milagre e, como eu costumo dizer, há sempre uma explicação lógica para tudo.
quinta-feira, 13 de maio de 2021
Hoje é dia de apanhar a espiga
E eu já apanhei o meu ramo. Sem sair do meu terreno, porque tenho andado muito ocupada. Vinha com ele na mão, a lembrar-me da simbologia de cada uma das plantas que compõem o ramo até me ri sozinha. Afinal eu tenho tudo o que é bom. Ora vejamos: tenho oliveira, que simboliza a paz e a luz, os malmequeres(aos molhos), que simbolizam o ouro, as papoilas que simbolizam a alegria e o amor e, na verdade, espigas, que simbolizam a abundancia, não tenho. Mas bastou-me esticar o braço e apanhar das do vizinho. De modo que, sendo assim, sou uma afortunada.
quarta-feira, 12 de maio de 2021
Ter a consciência que acabou mesmo
Noutros tempos, quando o Sporting ganhava o campeonato, havia toque de búzio no Cabeço de S. Gens. Nunca mais vai haver. Não pelo meu pai.
sexta-feira, 7 de maio de 2021
Há dias em que uma gaja acorda "fora da graça de deus"
Vesti-me quase de verão e não sabia o que calçar. Sandalias talvez fossem frescas demais. Botas, tinha de calçar meias e era quente. Sabrinas!!! Ora aí está um sapato que não é nem deixa de ser, não é quente nem frio e dá para dias de porra em que as manhãs são frias e as tardes bem quentes. Calcei as minhas sabrinas pretas e lá vou eu. Quando saí do carro, senti uma fresquidão a entrar-me sabrina adentro mas achei que talvez fosse da pele ser esburacada. Era o ar condicionado. Qual quê! Quando olhei com olhos de gaja já acordada, vi que, afinal, tinhs os pés ao léu. Andava se solas e pouco mais. Estava tudo descolado. Têm razão. Já palmilharam muito. Em vários continentes. Envergonhada, entrei na primeira sapataria e comprei outras.
Depois do almoço, toca o telefone: Ela: É a D. Helena? Eu: Sim! Eu mesma Ela: Olhe, é por causa da consulta de amanhã! Eu: Consulta? Mas eu não marquei nenhuma consulta! Deve haver engano. Não será para a minha mãe que tambem é Helena? Ela: A consulta de revisão, D. Helena! Está marcada desde Outubro. Eu: Mas eu nem tenho médico de família! O meu reformou-se e nesta confusão com a pandemia nem consegui ainda arranjar outro! Ela a rir: Ó D. Helena, é do dentista!
À tarde fui a uma superfície comercial. Só ia compra uma coisa. Ah! E mais umas bolas de Berlim que estavam à venda em embalagens de duas. Entrei, as bolas de Berlim estavam logo ali , em frente vinha um empregado com um carrão dos deles cheio de produtos e parou logo bem à minha frente a olhar pra mim. Escolhi a embalagem das bolas e encolhi-me para o deixar passar mas ele nada. Olhou-me fixamente e apontou-me para a boca. EU ESTAVA SEM MÁSCARA!
Fui pra casa danadinha para parar, não fosse o dia continuar assim, comigo em modo totó.
quinta-feira, 6 de maio de 2021
terça-feira, 4 de maio de 2021
É verdade que já podemos andar um pouco mais à vontade...
... mas ainda não é à vontadinha! Quanto mais não seja, devemos ter uma atitude cívica de respeito e atenção por quem ainda está vulnerável.
sábado, 1 de maio de 2021
Ou vai ou racha (é que foi esgatanhar)
Com a chuva dos ultimos dias e um solinho a aquecer a terra, as ervas daninhas crescem como cabelo em cão por todo o lado. Na horta, junto das minhas plantas preferidas, e até nas gretas que as formigas têm feito no pavimento ao redor da casa. Num dia bonito, em que acordei trabalhadora, calcei as luvas e lá vou eu, cu no ar, arrancar ervas. Seis horas depois, estava capaz de me deitar logo ali, mas lá me arrastei até à banheira. Na cama, rebolei toda a noite com dores em todos os musculos que ao fim de dois dias passaram. Mas uma ficou! E não poderei dizer que é numa unha porque, penso eu, as unhas não doem. Mas continuo com uma dor tão forte debaixo da unha do polegar direito (o meu dedo mais trabalhador), que temo que me caia. Eu quando me ponho a trabalhar é isto. Vale-me que é poucas vezes!