Ficção de que começa alguma coisa!
quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
Ano Novo
terça-feira, 29 de dezembro de 2020
domingo, 27 de dezembro de 2020
quinta-feira, 24 de dezembro de 2020
Salinas - Mediação
Conheço o Luis há mais de trinta anos. E na época, até tinhamos uma grupeta jeitosa prá rambóia e muito nos divertimos. Era um rapaz com sonhos e ambições mas com uma timidez e insegurança que atrapalhavam. O tempo, esse grande aliado, foi passando e acrescentando autoconfiança. Agora, gosto tanto de o ver com sonhos concretizados e confiança no futuro. Gosto tanto do Luis!
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
Inverno
Que frio na lareira
Do coração!
Neva
Na solidão
Da vida.
E o vento traz e leva
Um recado de eterna despedida.
Amor! Amor!
Sei ainda o teu nome redentor,
Chamo ainda por ti a cada hora!
Arde outra vez em mim
Como ardias outrora,
Os dias de ventura.
Não me deixes assim
Nesta algidez de morte prematura."
Há pessoas que é bom receber nos nossos sonhos
Vi o Xico Gaivota a subir a arriba e esperei por ele. Dois dedos de conversa e segui para ver Bordalo II concluir um trabalho gigante. Piquei um pé numa borda de alguidar azul e enterrei o outro na lama enquanto seguia ao encontro da D. Josefina de Penha Garcia. E lá estava ela, ainda a cheirar aos seus filhós sem açucar, naquela conversa doce e sábia que nos cativa. Seguimos as duas, lado a lado, beira rio, que afinal era o Vez, ali nos Arcos, estávamos nós junto ao Hotel Ribeira. Abri os olhos (e os ouvidos) e estava a cantar um jovem tambem tocador de concertina, com a dança de um rancho folclórico a acompanhar. A seguir veio uma miuda cantar fininho, até esganiçada, dentro de um jogo de luzes que a prendia como se a castigasse. Voltei a fechar os olhos, na esperança de ainda apanhar a D. Josefina nos passadiços. E lá iamos as duas até ao Soajo, não fosse eu acordar com mais umas esganiçadelas.
sábado, 19 de dezembro de 2020
sexta-feira, 18 de dezembro de 2020
No cemitério (!!!!!!)
Durante uma caminhada com a M., fui à veterinária comprar um medicamento para os cães e ela ficou à minha espera no cemitério. Fiquei de ir lá ter com ela. Meia hora depois, lá estava eu à procura dela e já a pensar que tinha desistido de esperar e tinha ido pra casa. Mas afinal, lá andava ela, debruçada nas campas a ver fotos e datas de nascimento e de morte. Quando me viu disse-me "caramba! Já sou mesmo muito velha. Conheci esta malta toda! olha esta que nasceu em 1899? Lembro-me bem dela". Perante estas inesperadas curiosidades, dei por mim, tambem à procura (e a encontrar) pessoas que morreram de velhas, há imenso tempo, mas das quais me lembro bem. E andamos nisto, até olharmos uma pra outra e nos desmancharmos a rir já com medo que começasse a chover e estarmos na iminência de ficarmos encharcadas. Ainda andamos nisto mais de uma hora. Que programão!!!!!!!
segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
Algumas horas e muitas lágrimas
sábado, 12 de dezembro de 2020
Em tempo de pandemia
-Então Papoila, achas que o Pai Natal te vai dar o que tu lhe pediste?
-Sim, penso que sim. Ele até já me escreveu. Sabe tudo sobre mim.....
-Escreveu? Não sabia que ele tinha tempo pra responder às cartas das crianças! Deve andar muito cansado, coitado.
-Pois deve! E pertence ao grupo de risco!
sexta-feira, 11 de dezembro de 2020
Chove
Chove.
terça-feira, 8 de dezembro de 2020
segunda-feira, 7 de dezembro de 2020
domingo, 6 de dezembro de 2020
Dia negro!
Hoje morreu a F. Lembro-me do dia em que ela e o S. chegaram com os dois filhos mais velhos. Os outros nasceriam depois. Na verdade, não os vi nesse dia. O que tenho na memória, são os bancos e a mesa que alguma carroça tinha trazido e deixado na curva antes da casa que viria a ser a deles. Pintados de azul turquesa, em monte com mais uns trainecos. Eles ficaram amigos dos meus pais e, mesmo quando mais tarde sairam do país atrás de uma vida um pouco melhor, era na nossa casa que vinham passar as férias de verão. Eram para nós como familia. O S. já morreu há alguns anos. Agora foi a F. Fazem parte da minha história. Para sempre!
sábado, 5 de dezembro de 2020
sexta-feira, 4 de dezembro de 2020
Este Natal...
quarta-feira, 2 de dezembro de 2020
Outra das coisas menos más que a Covid impôs...
... e que eu acho maravilhosa, foi o fim dos cumprimentos com dois beijinhos a todos e mais alguns. Eu cá, mesmo se o bicho sucumbir, nunca mais vou cumprimentar com beijinhos pessoas de quem não gosto. Tenho escrito!
segunda-feira, 30 de novembro de 2020
Carnavais!
O uso de máscara, pode trazer-nos alguns momentos constrangedores, como não conhecermos pessoas que, podem até ficar melindradas com a nossa distração. Mas tambem é muito útil, quando queremos fingir que não conhecemos alguem. Podemos sempre dizer que foi por andarmos todos mascarados!
domingo, 29 de novembro de 2020
Tempo perdido
sexta-feira, 27 de novembro de 2020
"Hoje o dia...
... é um dia chuvoso e triste
quarta-feira, 25 de novembro de 2020
De olhos bem abertos
Sou pessoa de dormir bem, noites tranquilas e sonhos fantásticos. Mas lá de vez em quando, lá acordo durante a noite e se desperto fico acordada mais tempo do que gostaria. Esta noite foi noite. Acordei e queria tanto adormecer logo que stressei e a coisa não estava a correr como eu gostaria. Fechava os olhos e nada. Até que, já passado algum tempo, pus em ação o meu lado "desenrasca" e pensei que , se não resultava de olhos fechados, porque não ficar no escuro de olhos bem abertos? Não via nada na mesma. Como se estivesse de olhos fechados. E não é que resultou? Só me lembro de ter a ideia. De a pôr em pática já nem me lembro. E dormi como um anjo até de manhã.
segunda-feira, 23 de novembro de 2020
Posso?
Não gosto de me queixar. Até porque não tenho motivos válidos. E nem é do meu feitio. Sei que este vírus tem deixado milhares (milhões) de pessoas ainda mais miseráveis, outras perderam rendimento, outras o seu ganha-pão, outras perderam pessoas, outras perderam a saúde e, pior que tudo, outras perderam a vida. Sou sortuda, eu sei. Mas hoje apetece-me estrangular o malvado do bicho e mandá-lo para o raio que o parta. Quero a minha vida de volta! Aquela vida dura, difícil, mas tão boa! Aquela vida feliz que eu nem sabia que tinha. Quero-a para mim e para os meus ( tambem para os outros mas, hoje só consigo pensar nos meus). Quero um natal normal. Não quero saber se é o aniversário de Jesus. Mas é o aniversário das minhas Papoilas, porra! É mimo, é balbúrdia, barulho, abraços, a casa cheia. De papeis dos presentes que o Pai Natal traz mas tambem de gente. De cheiro a comida (que horror, mas afinal tão bom). Quero voltar a poder ir e vir sem medo de ter apanhado o malvado e contagiar os meus mais vulneráveis. Quero voltar a ter tudo. Mesmo sendo o meu tudo tão pouco. Mas tão tanto!!!!!! Nunca o meu pouco foi tanto!
quinta-feira, 19 de novembro de 2020
Carta de uma papoila com sete anos, ao Pai Natal
quarta-feira, 18 de novembro de 2020
terça-feira, 17 de novembro de 2020
Papoila mais crescida e Tejo. Os melhores amigos!
segunda-feira, 16 de novembro de 2020
sábado, 14 de novembro de 2020
Ontem foi dia de andar pela Lezíria Ribatejana
De ver o Outono refletido no Almonda e no Tejo. De dar um significado à palavra saudade.
quarta-feira, 11 de novembro de 2020
Quietude inquieta
Hoje o dia está quieto. Não há sol nem chuva. E nem vento! Tudo está parado. Como as nossas vidas. Paradas à espera. Nem sabemos de quê!
segunda-feira, 9 de novembro de 2020
sábado, 7 de novembro de 2020
Ontem ouvi um médico dizer que a pandemia do século (afinal não é o covid) é o sedentarismo
Vai daí, pus-me logo a mexer. E fui fazer uma boa caminhada à chuva!
quinta-feira, 5 de novembro de 2020
terça-feira, 3 de novembro de 2020
Tanto cuidado pra quê?
Novo estado de emergência, preocupação ao máximo (?) e blá blá blá. Mas há situações de absoluta negligencia. Uma pessoa que eu conheço, com oitenta anos, foi infetada no hospital num curto período de internamento. Mandaram pra casa e foram ligando do hospital para "controlar a situação". Ao fim de dez dias, como a pessoa já não tinha sintomas, mandaram-na fazer a vida normal. Ou seja, esta pessoa que não fez mais testes, não sabe se está negativa mas pode andar a espalhar o bicho por aí com a conivência das autoridades de saude. Têm sido noticiados casos em que só ao fim de vários testes e mais de um mês as pessoas se encontram efetivamente livres do vírus. Não entendo! Mas parece-me que sem um novo teste, não se sabe se a pessoa está curada. Não ter sintomas não significa que não tenha o vírus. Até porque há muitos infetados assintomáticos.
sábado, 31 de outubro de 2020
Alibantati santa!!!!
Quando eu era criança, moravam aqui perto uma mãe com um filho já adulto mas com um atraso cognitivo. Eram ambos alcoólicos e bebiam até cair. Quando era ele que caia primeiro, a mãe, mais resoluta, gritava-lhe "Alibantati santo!!!!!!" . E ele respondia "Não alibanto, não alibanto e não alibanto!!". Hoje de manhã lembrei-me deles. Metade de mim dizia "Alibantati santa!" e a outra metade logo acrescentava "Não alibanto, não alibanto e não alibanto!"
quinta-feira, 29 de outubro de 2020
Pela boca morre o peixe!
Eu para a M. durante a caminhada de hoje "Já viste como é triste ser necessário as forças de segurança garantirem (tentarem) que a malta anda efetivamente de máscara? Uma coisa que é para o nosso bem?" Riposta a M. "É verdade, que merda de gente nós somos que que não temos cuidadinho nem connosco próprios" nesta conversinha, apesar de nos juntarmos ao rol, basicamente, queríamos dizer que eram os outros. Os malandros dos outros!. Nisto, olhamos uma para a outra e rimos tanto que nem nos atrevemos a dizer em voz alta porquê.
ESTAVAMOS AS DUAS SEM MÁSCARA!!!!!!!!!!
E é isto.
quarta-feira, 28 de outubro de 2020
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
Perdas
Até há um ano ou dois, andava eu sempre com o carro cheio de septuagenárias, de visita umas às outras, todas amigas da minha mãe. Porque eu fui fazendo meus, os amigos dos meus pais. Mas há uns tempos começaram a desaparecer e, só no ultimo mês partiram quatro. Vejo a minha mãe a sofrer estas perdas e parte-se-me o coração. Amanhã vou fazer de longe a minha despedida da A. . Por mim e pela minha mãe que não pode ir. A A. morreu com covid e vai ter um funeral particular como tudo o que se faz agora.
sexta-feira, 23 de outubro de 2020
A nossa casa
Hoje, estava eu a "curtir" o exterior da minha casa, ao sol, com as gatas e os cães e lembrei-me de uma atividade das minhas papoilas da ultima vez que cá estiveram. Como elas gostam de tintas e eu gosto de estimular a criatividade delas, pu-las a pintar mas não o que lhes apetecesse como de costume. Não! Naquele dia "mandei-as" pintar a nossa casa. E elas puseram mãos à obra. A mais nova, muito perfeccionista, pintou a casa tão perfeitinha que nem parecia uma pintura de uma menina de cinco anos. A mais velha, com menos habilidade de mãos mas uma imaginação sem limites, fez à sua maneira. Uma casa, nada parecida com a nossa mas com cores garridas, umas manchas azuis à volta da casa, e à volta de tudo muito amarelo e laranja como se fosse fogo. A única coisa que eu percebi o que era, foi a cama de rede. Tal e qual. Então, perante tanto abstracionismo tive de lhe pedir que me explicasse a obra de arte, como ela diz. Então, a casa era a nossa mas mas até as janelas eram amarelas para ficarem mais bonitas, as manchas azuis eram pegadas de animais e as pinceladas amarelas e laranja à volta de tudo era fogo de artificio .Depois do esclarecida, fui eu que vi fogo de artificio! Fiquei tão contente! Para ela, a nossa, é uma casa de alegria. Gosto e desejo que sempre assim seja.
quarta-feira, 21 de outubro de 2020
"Desejo-te um dia muito especial, único , como poucos.
Quando a tempestade passar
Quando a tempestade passar
Chuva
"Gosto de ti, ó chuva, nos beirados,
dizendo coisas que ninguém entende!
terça-feira, 20 de outubro de 2020
Tão perto do céu!
Há uns anos, quando o meu pai viu o que fizemos do nosso sótão, virou-se pra nós e disse "dava aqui um belo aconchego". Aconchego, era o que se chamava a uma casa simples, pequena, sem grandes luxos. Hoje, no meu sótão, senti o verdadeiro sentido daquela frase. Aconchego. Sem luxos, tem tanto que não cabe numa simples frase. Direi apenas que nele, me sinto tão perto do céu! Ainda mais quando chove. Como hoje. E o que eu gosto de chuva......
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
Na nossa horta
Quando começaram as primeiras chuvas, aproveitamos e plantamos logo algumas plantas. Agora, já temos a horta com bastante verde e a melhorar todos os dias.
quarta-feira, 14 de outubro de 2020
terça-feira, 13 de outubro de 2020
Mais uma que eu não sei o nome...
... mas que trago em panos quentes.
segunda-feira, 12 de outubro de 2020
A seguir são os lobos
sábado, 10 de outubro de 2020
Em modo balão de ar (muito) quente
Ontem fui ao funeral da B. Antes, almoçei um bom prato de lentilhas. Já na igreja, os meus intestinos entraram em colisão com a minha falta de devoção e cheguei a temer levantar voo e chegar ao céu antes da defunta. Apertos!!!!
sexta-feira, 9 de outubro de 2020
quarta-feira, 7 de outubro de 2020
terça-feira, 6 de outubro de 2020
Hoje fui à merda
De cavalo. Parece que é um bom fertilizante e eu como recém chegada ao mundo da horticultura (brincadeirinha) fui aproveitar as bostas que o cavalo de um amigo deixou no nosso terreno. Quem me visse ( e eu aposto que viram apesar de eu não ter visto ninguem), diria que estava tolinha de cu pró ar a apanhar à mão cheia, montinho aqui montinho ali. Tudo por umas saborosas couves.
sábado, 3 de outubro de 2020
É meu desejo...
.., sincero, que Trump mate o bicho e saia desta airosamente. Mas de uma praga minha não se livra. Se há coisinha que lhe ficava bem como castigo, era ser tratado, e bem tratado, de modo eficiente e até carinhoso, vá lá, por um negro. E se não fosse pedir demais às bruxinhas, já agora, era o fulano necessitar de uma dose de sangue e ser um negro a disponibilizar-se. Caramba, se não for para sair disto melhor, nem valia a pena andar assim nas bocas do mundo, não é?
quinta-feira, 1 de outubro de 2020
?????????????????????????????????????
Pequena Papoila a comer sopa num restaurante, com pouca vontade, com a colher a mexer, sem levar nada à boca. O empregado reparou, aproximou-se, e perguntou " então minha querida, a sopinha está boa?" "M A R A V I L H O S A" respondeu ela de olhos semicerrados e carinha angelical.
.........................
segunda-feira, 28 de setembro de 2020
Parva!!!!
Há umas semanas atrás, enfiei na cabeça que tinha que mudar as almofadas da cama. E lá vou eu, a uma loja que vende tudo (?) o que é ortopédico e ergonómico. Entrei, mascarada, claro, e fiquei à espera da minha vez. Enquanto esperava, fui olhando admirada para um sem numero de objetos que eu nem sabia que existiam. Quando chegou a minha vez e a menina me perguntou o que queria, fiquei gaga e apenas me saiu " uma almofada, com a qual eu me sinta a dormir sobre uma nuvem". Imagem poética que me veio sabe-se lá de onde. Ela respondeu que tinha exatamente o que me fazia falta e lá foi a saltitar ao mesmo tempo que chilreava que já usava uma daquelas há vários anos e que até já tinha convencido o namorado a usar uma igual. Eu, espectante vi-a chegar com um objeto que me parecia tudo menos uma almofada, mas quando a rapariga me disse que custava 65 euros, eu não duvidei que fosse e até lhe perguntei se tambem trazia a cama. Pelo preço!!!!! Esperta, percebeu que eu achei caro e apressou-se a dizer-me que se comprasse outra, fazia 90 euros as duas. Lá vou eu à rua, perguntar ao homem se tambem queria uma tão extraordinária almofada, ao que ele me respondeu que não queria e que àquele preço era bem capaz de perder o sono se lá descansasse a sua calva cabeça. Entro outra vez, tão saltitante como a empregada, despejei a carteira e vim pra casa ansiosa por experimentar a compra. À noite, por precaução, vesti aquilo com três fronhas, não fosse o caso de ter de a trocar e não queria que levasse odores meus. Olhei práquilo como quem olha para uma pintura abstrata e lá enfiei a cabeça naquela forma estranha. Claro que não consegui aguentar muito tempo, deitei aquilo fora e fui buscar a minha almofada que, ela sim me pareceu uma nuvem. No dia seguinte, fui, simpática, com o saquinho na mão, dizer à menina que afinal não era bem aquilo que eu queria, que não tinha patologias que me obrigassem a tamanho sacrificio, Foi difícil, mas lá consegui que a menina me devolvesse as sessenta e cinco mocas que eu tinha pago. Saí leve e solta e obriguei-me a prometer a mim mesma que tão cedo não me armava em parva.
Agora, durmo como um anjo sobre uma nuvem de 14 euros!
sábado, 26 de setembro de 2020
O retrato da incoerência?
Eu, a acabar de deglutir uma sandes de tofu em pão integral, temperado apenas com um pouco de azeite e orégãos, a abrir a porta do congelador para tirar um chispe para guisar com grão amanhã ao almoço.
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
O tempo e os tempos
É curioso como com o avançar da idade (coisa linda de se escrever), o nossa noção de tempo vai variando. Como eu me lembro, se lembro, como há quarenta e tal anos a meia hora do telejornal durava uma eternidade e a Gabriela nunca mais chegava. Naqueles trinta minutos, eu jantava e corria para a casa da M que tinha uma televisão a bateria. Quando lá chegava ainda o jornal não tinha acabado. Entretanto, se a bateria ficava fraca, lá via o Nacib e o Mundinho desmaiados e todos torcidos, mas ainda assim ficavamos ali coladinhas (o aparelho era minúsculo) até aquilo acabar.
Ora bem, telejornal de trinta minutos. Trinta minutos!!!!!!!!!!! Mai nada! E já era uma eternidade. Mas ficavamos a saber as noticias todas e fresquinhas. Até porque só havia um por dia e no dia seguinte tambem só durava trinta minutos e as noticias não se repetiam. Não se repetiam!
Mandões dessas coisas das noticias dos canais todos, ide ao museu da RTP, ponde os olhinhos nos antigos telejornais e imitai os vossos camaradas desse tempo. Dai, por favor, a mesma notícia no maximo umas vinte vezes por dia. Vá lá, vinte vezes. Agora telejornais de duas horas com noticias esticadas até não serem noticias e ficarem uma parvoíce, repetidas em todos os serviços informativos, enfiai-as naquele sítio por onde saem os flatos e o resto, combinados? E canais só de noticias??? Pois podeis pô-los exatamente no mesmo sítio! Pelo mesmo motivo. Dão vómitos porque uma pessoa fica enjoada de ouvir a mesma coisa centenas de vezes da maneira mais parva possível.
quinta-feira, 24 de setembro de 2020
terça-feira, 22 de setembro de 2020
segunda-feira, 21 de setembro de 2020
Hoje fui ao dentista a primeira vez desde o inicio da pandemia
O Dr. R era o meu dentista há décadas. Mas lá me pareceu que agora há consultórios melhor equipados e marquei noutro. Novo, simpático, muito fofinho e meiguinho no trato. Quando se chegou ao momento da conta, tive vontade de procurar um alicate e arrancar todos os dentes daquele sorriso maravilhoso.
Ah! Quando cheguei a casa, tinha um grilo na casa de banho.
sábado, 19 de setembro de 2020
sexta-feira, 18 de setembro de 2020
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
terça-feira, 15 de setembro de 2020
Claustrofobia
De repente (ou talvez não), tudo me ficou pequeno. Os dias, a casa, o carro, a cidade mais próxima, o país e tudo mais alguma coisa. A impossibilidade de circular livremente, oprime-me. Sufoca-me. Como quando fumava e ficava sem cigarros. Tinha que ir comprar. Mesmo que fosse tarde e já não fumasse nesse dia. Mas saber que não os tinha, incomodava-me. Saber que não há fim à vista para voltarmos a fazer uma vida "normal" angustia-me.
sábado, 12 de setembro de 2020
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
Novelas ou séries?
Tanta escrita, só para dizer que a série The Durells é assim uma coisa para lá de agradável de se ver.