Vi o Xico Gaivota a subir a arriba e esperei por ele. Dois dedos de conversa e segui para ver Bordalo II concluir um trabalho gigante. Piquei um pé numa borda de alguidar azul e enterrei o outro na lama enquanto seguia ao encontro da D. Josefina de Penha Garcia. E lá estava ela, ainda a cheirar aos seus filhós sem açucar, naquela conversa doce e sábia que nos cativa. Seguimos as duas, lado a lado, beira rio, que afinal era o Vez, ali nos Arcos, estávamos nós junto ao Hotel Ribeira. Abri os olhos (e os ouvidos) e estava a cantar um jovem tambem tocador de concertina, com a dança de um rancho folclórico a acompanhar. A seguir veio uma miuda cantar fininho, até esganiçada, dentro de um jogo de luzes que a prendia como se a castigasse. Voltei a fechar os olhos, na esperança de ainda apanhar a D. Josefina nos passadiços. E lá iamos as duas até ao Soajo, não fosse eu acordar com mais umas esganiçadelas.
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