Há lugares que devemos conhecer, para que outros nos pareçam encantadores.
Ruas de Casablanca
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
sábado, 28 de outubro de 2017
Papoila "motista"
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.....e eu quero uma roupa para andar de mota.
Mas porquê, Papoila?- perguntei eu.
Porque eu quero ser motista!
.....e eu quero uma roupa para andar de mota.
Mas porquê, Papoila?- perguntei eu.
Porque eu quero ser motista!
quinta-feira, 26 de outubro de 2017
terça-feira, 24 de outubro de 2017
Emoções
Fui criada por aqui, à sombra das oliveiras, a ver todos os trabalhos do campo mas nunca percebi muito bem todo o processo de obtenção do azeite. Tenho uma ideia, mas gostava de ver tudo, do principio até à saída do azeite. Este ano, quis ir ao lagar tentar, finalmente, ficar a saber como se extrai o ouro liquido.
Mas, com tanta modernice que os lagares agora têm, ainda vi menos do que imaginava e só consegui ver a azeitona entrar num buraco e o azeite sair noutro. Quando começamos a ver sair o azeite, a minha amiga Maria C. , que também tinha ido para ver e que tinha azeitona dela misturada com a minha, agarrou-se a mim quase a soluçar. Pensei que lhe tinha mordido uma vespa, ou que tinha escorregado naquela nhanha gorda do chão, e, a muito custo (depois de quatro dias a apanhar azeitona, doía-me tudo até às unhas dos pés), levantei os braços e segurei-a, quando percebi que aquilo afinal era emoção.
-Lenaaaaa!!!!!!!!!! O nosso azeite!!!!!!!!!!
Engoli em seco, fiquei mais descansada e guardei a minha emoção para quando, descansada e sem dores, pudesse apreciar o sabor do meu azeite.
A Maria C., essa, chegou a casa quase a dançar com dez litros de azeite, um garrafão em cada mão, e de certeza absoluta, ainda o provou naquele dia.
Gosto de pessoas assim, emotivas. Mas compreendi a aparente rudeza dos trabalhadores do campo. O cansaço tolda-nos os sentimentos, tolhe-nos o sorriso.
Mas, com tanta modernice que os lagares agora têm, ainda vi menos do que imaginava e só consegui ver a azeitona entrar num buraco e o azeite sair noutro. Quando começamos a ver sair o azeite, a minha amiga Maria C. , que também tinha ido para ver e que tinha azeitona dela misturada com a minha, agarrou-se a mim quase a soluçar. Pensei que lhe tinha mordido uma vespa, ou que tinha escorregado naquela nhanha gorda do chão, e, a muito custo (depois de quatro dias a apanhar azeitona, doía-me tudo até às unhas dos pés), levantei os braços e segurei-a, quando percebi que aquilo afinal era emoção.
-Lenaaaaa!!!!!!!!!! O nosso azeite!!!!!!!!!!
Engoli em seco, fiquei mais descansada e guardei a minha emoção para quando, descansada e sem dores, pudesse apreciar o sabor do meu azeite.
A Maria C., essa, chegou a casa quase a dançar com dez litros de azeite, um garrafão em cada mão, e de certeza absoluta, ainda o provou naquele dia.
Gosto de pessoas assim, emotivas. Mas compreendi a aparente rudeza dos trabalhadores do campo. O cansaço tolda-nos os sentimentos, tolhe-nos o sorriso.
segunda-feira, 23 de outubro de 2017
Mar
Contar-te longamente as perigosas
coisas do mar. Contar-te o amor ardente
e as ilhas que só há no verbo amar.
Contar-te longamente longamente.
Amor ardente. Amor ardente. E mar.
Contar-te longamente as misteriosas
maravilhas do verbo navegar.
E mar. Amar: as coisas perigosas.
Contar-te longamente que já foi
num tempo doce coisa amar. E mar.
Contar-te longamente como doi
desembarcar nas ilhas misteriosas.
Contar-te o mar ardente e o verbo amar.
E longamente as coisas perigosas.
Manuel Alegre
sexta-feira, 20 de outubro de 2017
A Paixão de Van Gogh
A Paixão de Van Gogh
- Título original:
- Loving Vincent
- De:
- Dorota Kobiela, Hugh Welchman
- Com:
- Saoirse Ronan (Voz), Jerome Flynn (Voz), Aidan Turner (Voz)
- Género:
- Animação, Biografia
- Outros dados:
- GB/POL, 2017, Cores, 95 min.
"Este "biopic" sobre Vincent Van Gogh apresenta-se como a primeira longa-metragem "completamente pintada do mundo". Para animar o filme, foram pintados e repintados 853 quadros a óleo, feitos por mais de 100 artistas diferentes, a partir de 130 obras do lendário pintor holandês. Ao todo, 65 mil fotogramas. A história foca-se mais na morte do que na vida do artista, com a acção a desenrolar-se um ano após a sua morte e pessoas a tentarem perceber o que é que aconteceu ao certo a Van Gogh. "
quinta-feira, 19 de outubro de 2017
Eu sei...
... que sou senhora já duma certa idade, e, admito, os meus neurónios já não são o que eram. Mas ainda me lembro, que as anedotas que faziam muita gente rir, eram brejeiras e quando metiam armas, eram de brincadeira. Agora, ouço por aí dizer, que o texto que se segue, e que até foi publicado nos jornais e noutros meios de comunicação ( e, aqui só pra nós, até já ouvi dizer que podia dar na demissão de um ministro), é a anedota do momento.
Ora vejamos:
"A PJM intercetou na região da Chamusca, material roubado na Base Militar de Tancos. As autoridades agiram depois de uma chamada anónima, tendo intercetado 44 armas de guerra, granadas e explosivos. De acordo com fontes locais, o material terá sido encontrado espalhado no mato."
JN
Ora vejamos:
"A PJM intercetou na região da Chamusca, material roubado na Base Militar de Tancos. As autoridades agiram depois de uma chamada anónima, tendo intercetado 44 armas de guerra, granadas e explosivos. De acordo com fontes locais, o material terá sido encontrado espalhado no mato."
JN
Será que cada vez que ouvir chover me vou lembrar disto?
Estava eu a deitar-me toda contente (eu gosto de chuva e de adormecer a ouvir chover), quando me lembrei que naquele mesmo instante, havia pessoas a deitarem-se numa cama que não é a sua, numa casa que não é a sua porque ficaram sem ela, outras na sua própria cama, para quem chover ou não tanto faz, porque ficaram sem pessoas queridas e outras que nunca mais vão ver chover, porque morreram, tendo, quem sabe, como ultimo desejo, que chovesse torrencialmente.
E perdi o sono.
E perdi o sono.
quarta-feira, 18 de outubro de 2017
segunda-feira, 16 de outubro de 2017
Chocada, esmagada e muda! Mas esta frase diz tudo.
"Portugal está a arder! Basta de discursos e boas intenções! É imperioso apurar responsabilidades e agir."
Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz de Braga
Há quase quarenta anos a treinar...
... e ainda não sei utilizar em modo segurança, os mais elementares objetos domésticos.
Uma tesoura, uma faca, uma panela com água a ferver ou até um simples banco, podem ser, nas minhas mãos, utensílios potencialmente perigosos.
Vai daí, ando sempre com uma queimadura, um corte ou uma espinhela caída.
Mas já me conformei. Hoje até me queimei a tirar o buço (bigode).
Uma tesoura, uma faca, uma panela com água a ferver ou até um simples banco, podem ser, nas minhas mãos, utensílios potencialmente perigosos.
Vai daí, ando sempre com uma queimadura, um corte ou uma espinhela caída.
Mas já me conformei. Hoje até me queimei a tirar o buço (bigode).
sexta-feira, 13 de outubro de 2017
quinta-feira, 12 de outubro de 2017
A importancia de um sorriso
Sou pessoa que gosta de por cá andar e que acha que estar vivo, não é apenas o contrário de estar morto (como dizia a outra).
Vai daí, mesmo com o meu médico de baixa, resolvi procurar maneira de encontrar um médico que me passasse as requisições para os exames que costumo fazer anualmente. Não para descobrir alguma doença encoberta, mas para me certificar de que está tudo bem com a minha saúde.
Depois de me ter levantado às cinco da manhã e me ter posto ao caminho, lá consegui uma consulta com o Dr. J., um cubano matulão, e que, segundo ouvi nas duas horas que fiquei à espera, não é nada simpático, não entende o português e nem se faz entender. Ouvi ainda, que não costuma levantar os olhos para os pacientes e os despacha com a maior rapidez possível. Olhando à minha volta, pareceu-me que quem lá estava para consulta, pessoas idosas (um pouco mais idosas do que eu, entenda-se), não sabiam bem do que se queixar, e, na verdade, o que queriam era que ele lhes tirasse as dores e os anos que têm em cima, o que, digamos, não é fácil de conseguir.
Mas, já pouco contente por ter sido tão difícil conseguir a bendita consulta, não me apetecia nada ter de me aborrecer também com um médico mal humorado.
Vamos lá dar a volta a isto, pensei eu.
E quando chegou a minha vez, já depois de alguns coxos, mancos e mal humorados, abri a porta, pus o meu melhor sorriso e disse ao que ia. Ele levantou-se, olhou pra mim, também sorrio e perguntou-se se estava doente. Eu disse que não, que aquilo era apenas rotina e ele voltou a olhar pra mim e disse: Oh! Helena, ainda bem que não está doente! Pode passar a ser minha paciente!
A seguir, fez o que tinha de fazer, entregou-me tudo, disse-me que gostaria que depois lá fosse mostrar os resultados de todos os exames e eu saí toda contente, porque se há coisa que me encanita é gente mal disposta logo de manhã e o latagão afinal até me saiu melhor que a encomenda.
Chamei o paciente seguinte, que lá foi de má vontade, e percebi que vida de médico não é tão fácil como por vezes imaginamos. Muitas vezes, não são só médicos. São a companhia que os idosos querem e precisam. E nem todos têm paciência pra isso.
Vai daí, mesmo com o meu médico de baixa, resolvi procurar maneira de encontrar um médico que me passasse as requisições para os exames que costumo fazer anualmente. Não para descobrir alguma doença encoberta, mas para me certificar de que está tudo bem com a minha saúde.
Depois de me ter levantado às cinco da manhã e me ter posto ao caminho, lá consegui uma consulta com o Dr. J., um cubano matulão, e que, segundo ouvi nas duas horas que fiquei à espera, não é nada simpático, não entende o português e nem se faz entender. Ouvi ainda, que não costuma levantar os olhos para os pacientes e os despacha com a maior rapidez possível. Olhando à minha volta, pareceu-me que quem lá estava para consulta, pessoas idosas (um pouco mais idosas do que eu, entenda-se), não sabiam bem do que se queixar, e, na verdade, o que queriam era que ele lhes tirasse as dores e os anos que têm em cima, o que, digamos, não é fácil de conseguir.
Mas, já pouco contente por ter sido tão difícil conseguir a bendita consulta, não me apetecia nada ter de me aborrecer também com um médico mal humorado.
Vamos lá dar a volta a isto, pensei eu.
E quando chegou a minha vez, já depois de alguns coxos, mancos e mal humorados, abri a porta, pus o meu melhor sorriso e disse ao que ia. Ele levantou-se, olhou pra mim, também sorrio e perguntou-se se estava doente. Eu disse que não, que aquilo era apenas rotina e ele voltou a olhar pra mim e disse: Oh! Helena, ainda bem que não está doente! Pode passar a ser minha paciente!
A seguir, fez o que tinha de fazer, entregou-me tudo, disse-me que gostaria que depois lá fosse mostrar os resultados de todos os exames e eu saí toda contente, porque se há coisa que me encanita é gente mal disposta logo de manhã e o latagão afinal até me saiu melhor que a encomenda.
Chamei o paciente seguinte, que lá foi de má vontade, e percebi que vida de médico não é tão fácil como por vezes imaginamos. Muitas vezes, não são só médicos. São a companhia que os idosos querem e precisam. E nem todos têm paciência pra isso.
quarta-feira, 11 de outubro de 2017
terça-feira, 10 de outubro de 2017
Coisas que me tiram o bom humor
Levantar-me de madrugada, madrugada fria, vestir roupa de inverno, calçar botas com meias quentes e dirigir-me ao centro de saúde para marcar uma consulta.
Sair de lá às dez, verão na rua, pés a transpirar dentro das botas, tirar casaco e ainda ficar cheia de calor, chegar a casa e cair em cima do sofá. De sono e de mau humor.
Não marquei consulta. Tinha chegado tarde demais. Só teve vaga quem chegou antes das sete.
Não estou a sonhar e, já resignada, convenço-me de que da próxima, tenho de que ir às cinco da manhã.
É o que temos!!!
Sair de lá às dez, verão na rua, pés a transpirar dentro das botas, tirar casaco e ainda ficar cheia de calor, chegar a casa e cair em cima do sofá. De sono e de mau humor.
Não marquei consulta. Tinha chegado tarde demais. Só teve vaga quem chegou antes das sete.
Não estou a sonhar e, já resignada, convenço-me de que da próxima, tenho de que ir às cinco da manhã.
É o que temos!!!
domingo, 8 de outubro de 2017
sábado, 7 de outubro de 2017
E finalmente...
... tudo voltou à normalidade!
Os políticos deixaram de sorrir, de beijar peixeiras e de comprar(?!) em mercados de rua. As obras - mal amanhadas - terminaram ou foram suspensas até novas eleições. E por agora, acabaram os teatrinhos deprimentes do costume.
Os políticos deixaram de sorrir, de beijar peixeiras e de comprar(?!) em mercados de rua. As obras - mal amanhadas - terminaram ou foram suspensas até novas eleições. E por agora, acabaram os teatrinhos deprimentes do costume.
quinta-feira, 5 de outubro de 2017
quarta-feira, 4 de outubro de 2017
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