Levantei-me e saí do quarto sem fazer barulho, para não a acordar.
Quando passei pela porta do quarto dela, lembrei-me que já cá não estava.
Abri a porta. O Mickey, em cima da cadeira, olhava pra mim a chamar por ela.
Em cima da cama, restos da brincadeira de ontem. E no ar, o cheirinho da minha pequena Papoila.
Fiquei ali um bom bocado, como se aquele quarto, cheio das coisas delas, me compensasse da ausência.
Não gostamos mais dos netos do que dos filhos. Mas com eles, os netos, temos outra disponibilidade, não temos a obrigação de os educar, de os encaminhar a toda a hora, de lhes proibir o que lhes faz mal, de os obrigar ao que lhes faz bem. Estamos com eles a 100% sem a preocupação das obrigações.
É um amor sem compromisso. Só de coisas boas.
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