Antes, quando as minhas filhas andavam na escola, o ano, para mim, começava no início do ano letivo e acabava quando este também acabava (vá-se lá saber porquê). O resto eram férias e eram sempre coisa boa não contabilizável.
O meu ano, a bem dizer, era como que um círculo a que faltavam alguns centímetros de circunferência.
Mais tarde, passou a ser um segmento de reta. Aqui e ali cortado e remendado ora com um resistente fio de nylon, ora com uma frágil linha de alinhavar, mas um segmento de reta.
Como não sou pessoa de me lamentar, até porque não seria justa com o universo e muito particularmente com a bolha que me envolve, entro sempre num novo ano com uma atitude positiva e otimista, sem que isso me impeça de desejar que seja sempre melhor que o anterior. Até porque, na minha idade, bem sei que um novo ano pode sempre ser o fim de alguma coisa. De vida para algumas pessoas (inclusive, eu), de coisas boas dadas como adquiridas, de outros fins. Não posso dizer que tudo foi perfeito, que eu fui perfeita no ano velho. Mas tenho como garantido que tudo o que é menos bom, muitas vezes nos leva a dar valor ao que temos de efetivamente bom e que nem sempre valorizamos. Desta vez não foi exceção e, já que com o passar dos anos me tornei muito mais seletiva, tratei de fazer uma escolha mental sobre o e os que quero neste novo ano. Tudo farei para que no final, sinta que fiz o certo e o balaço me seja positivo.
Vou viver o ano novo!
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