Nem de mais, nem de menos.
Quando tinha uns catorze ou quinze anos, tive uma professora de Historia que nunca mais esqueci.
Era mais velha que qualquer outra professora e usava umas meias de algodão castanho e uns sapatos de couro iguaizinhos aos que a minha avó usava nos trabalhos do campo. Era bondosa, compreensiva, humilde e bonacheirona, o que fazia com que todos pensássemos que estávamos na sala de aula com a nossa avó. Era culta, e muito inteligente. Por isso, mesmo parecendo que não, não se deixava levar pelas palavras ardilosas de alguns alunos espertinhos que tentavam a todo o custo tirar partido da sua bondade.
Um dia, e nunca mais me esqueci, disse que " um excesso de benevolência, passa a ser parvoíce".
Naquela altura fiquei a pensar naquilo, e com o passar do tempo fui compreendendo melhor o que ela queria dizer.
O ideal, era que pudéssemos ser benevolentes, sem que aos olhos dos outros, fossemos uns parvalhões.
Ando à procura desse equilíbrio.
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