O J., um familiar meu, é de origem humilde, mas de tudo fez para dar a volta por cima. E conseguiu.
Tem duas filhas, e fez questão de fazer delas "doutoras".
Uma mais "doutora" que a outra, já que tem duas licenciaturas, mas ambas doutoras, pronto.
Quando a C., a mais nova, acabou o curso, participou na produção de um filme de um renomado realizador . Durante as filmagens, na zona do Douro, a C. caiu num fosso, e magoou-se a sério.
Levaram-na para um hospital do Porto e chamaram o pai.
Quando o J. lá chegou, e ainda antes de ver a filha, já a ouvia chamar a médicos e enfermeiros, tudo quanto é nome bonito (palavrões que até fizeram corar o pai), por causa das dores.
Quando me contou, o J. rematou assim: "Já viste? F...-se, anda um pai a criar uma filha, faz dela doutora, e é isto. Envergonha um gajo!"
Pois...a C. o que tinha nos genes, por lá ficou, mesmo com tanto estudo...
Instrução não é, mesmo, educação.
Que o diga um certo doutor, ex ministro, com muita instrução e cultura.
Não digo o nome, não vá o diabo tece-las e ele passar por aqui. É que, alegadamente, já bateu na mulher e até processou o governo. A mim, esborrachava-me, como eu faço aos caracóis que teimam em subir-me pelas paredes.
Ó doutores, não se esqueçam da educação, da ética, enfim, das boas práticas.
Sem comentários:
Enviar um comentário