sexta-feira, 28 de novembro de 2014

E pronto, é este o estado da nação

Com o caos completamente instalado, cá temos a operação Marquês.
Estes tipos são cá uns cirurgiões da pulhice...

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

A propósito dos vistos dourados

Quando perguntei a uma amiga minha (por irónica coincidência, mulher de uma figura de destaque de um anterior governo), se com quatro filho não era uma grande confusão lá em casa, ele respondeu serenamente: "Sabes, quando já se tem três filhos, o caos já está instalado. Mais um não altera muita coisa."
Ora, tal e qual o nosso governo.
Assim c'massim, o caos já estava instalado há tanto tempo, que mais operação labirinto, menos coisa, não se nota quase nada.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

...a ouvir o que o mar dizia

Passei o Dia Ouvindo o que o Mar Dizia

 Eu hontem passei o dia
Ouvindo o que o mar dizia.

Chorámos, rimos, cantámos.

Fallou-me do seu destino,
Do seu fado...

Depois, para se alegrar,
Ergueu-se, e bailando, e rindo,
Poz-se a cantar
Um canto molhádo e lindo.

O seu halito perfuma,
E o seu perfume faz mal!

Deserto de aguas sem fim.
...........................

Antonio Botto



segunda-feira, 17 de novembro de 2014

A casa dos segredos (?)

Não vejo a casa dos segredos. Porquê, não interessa para agora.
Não gosto, tal como não gosto de comer francezinhas, ir à missa ou depilar o buço.
Mas claro que ouço tudo o que é comentário sobre tão nobre assunto.
Mas confesso que o que achei mais engraçado foi o do meu pai, homem com mais de oitenta anos.
Dizia ele:" casa dos segredos? Mas porque é que lhe puseram esse nome? Então os que lá estão, mostram, dizem e fazem tudo sem vergonha nenhuma, têm lá algum segredo?"
Ganda pai!

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Papoila na cozinha

Flor mais linda de sua avó gosta de ajudar na cozinha. Mas só por enquanto, cheira-me.

Doutores doutores...

O J., um familiar meu, é de origem humilde, mas de tudo fez para dar a volta por cima. E conseguiu.
Tem duas filhas, e fez questão de fazer delas "doutoras".
Uma mais "doutora" que a outra, já que tem duas licenciaturas, mas ambas doutoras, pronto.
Quando a C., a mais nova, acabou o curso, participou na produção de um filme de um renomado realizador . Durante as filmagens, na zona do Douro, a C. caiu  num fosso, e magoou-se a sério.
Levaram-na para um hospital do Porto e chamaram o pai.
Quando o J. lá chegou, e ainda antes de ver a filha, já a ouvia chamar a médicos e enfermeiros, tudo quanto é nome bonito (palavrões que até fizeram corar o pai), por causa das dores.
Quando me contou, o J. rematou assim: "Já viste? F...-se, anda um pai a criar uma filha, faz dela doutora, e é isto. Envergonha um gajo!"
Pois...a C. o que tinha nos genes, por lá ficou, mesmo com tanto estudo...
Instrução não é, mesmo, educação.
Que o diga um certo doutor, ex ministro, com muita instrução e cultura.
Não digo o nome, não vá o diabo tece-las e ele passar por aqui. É que, alegadamente, já bateu na mulher e até processou o governo. A mim, esborrachava-me, como eu faço aos caracóis que teimam em subir-me pelas paredes.
Ó doutores, não se esqueçam da educação, da ética, enfim, das boas práticas.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

A feira da Golegã

Tem muita bosta, pois tem, tem muita lama quando chove, pois tem, tem tanta gente que quando se é baixa como eu só se vêm é cus, pois tem, se faz calor cheira a suor misturado com bosta de cavalo, tembem é verdade, vêm-se bebedeira aqui e ali, pois claro, para estacionar o carro tens de suar muito mesmo que esteja frio, sim, mais uns quantos inconvenientes.
É pá, mas a feira da Golegã é única, especial e imperdível.
E quando se junta toda a minha prole, com Papoila trajada a rigor e tudo...então...é do céu!



O descanso de pequeno pónei Tobias

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Sabes que és velha...

... quando, para ti, trinta anos é pouco tempo.
Diz que a Blitz saiu pela primeira vez há trinta anos!!
Nesse altura, eu tinha pouco mais de vinte anos, era jovem, tinha sonhos...
Porra, mas isso não foi há trinta anos.
Foi ontem!!!!!!

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

E por falar em Botticelli...

Ouvi há dias, que foram colocadas na capela Sistina, umas luzes especiais que não danificam os frescos. Quando lá fui, só entrava a luz natural pelas janelas.
Verdade verdadinha, a capela Sistina era o meu destino preferido, caso fosse ao Vaticano quando fui a Roma. Também é verdade, que crentes ou não crentes, todos ou quase todos os que vão a Roma a passeio, vão ao Vaticano.
E diz-vos uma agnóstica, que é uma visita marcante na vida de qualquer um.
E não me venham com a conversa de que se a igreja vendesse os seus bens, acabava a fome no mundo. Não acabava nada. O que acabava, era a possível visão de objetos de uma beleza tal, que quem tem o privilégio de observar nunca mais  esquece. Os museus do Vaticano albergam,  certamente, um património de um valor e beleza incalculáveis. E devem continuar assim.
Mas voltando à capela Sistina, confesso que as minhas espectativas saíram um pouquinho frustradas.
Primeiro, porque eu pensei que era uma capela como as que eu conheço, compostas como se tivesse acabado a missa.
Nada disso. É uma sala ampla, muito mais pequena do que eu imaginava, onde os visitantes têm vinte minutos de descanso, já que até ali têm de andar quase a correr, para que haja tempo para todos os milhares de visitantes. Os seguranças são quase tantos como os visitantes, e o cansaço já é tanto, que a muito custo temos ânimo para olhar com a atenção merecida para tão grandiosa obra.
Mas o que mais me impressionou, foi o facto de os restauros deixarem os frescos com um aspeto de tal maneira novo, que parecia que Michelangelo, Rafael, Bernini, ou Botticelli, tinham acabado de sair dali.
Quem tiver a sorte de poder observar tão grande maravilha, faça-o com mais atenção do que eu o fiz e não ligue ao ambiente envolvente, mas à beleza daquele lugar inesquecível.
E que as tais luzes novas, contribuam para uma mais minuciosa observação.