- Não saberia o que é o milagre de ter uma vida a crescer dentro de mim
- Não saberia que o cheirinho da cabeça de um recém-nascido faz-nos sentir no paraíso
- Não saberia o que é a magia de ter um bebé a dormir nos meus braços, e nunca mais querer pô-lo no berço
- Não saberia o que é a imensa felicidade de ver um filho a dar os primeiros passos, a comer sozinho, a andar de bicicleta, ou ler um livro inteiro pela primeira vez.
- Não saberia que o riso dos meus filhos, pode alegrar o pior dos meus dias
- Não saberia como um simples e inocente olhar de espanto, me derrete o coração
- Não saberia o quão fantástico é assistir diariamente à evolução de uma criança que eu trouxe ao mundo
- Não sentiria o orgulho de ver o meu filho a viver situações complicadas, e a desenvencilhar-se com base nos ensinamentos que lhe transmiti
- Não viveria a alegria desenfreada que é ver os meus filhos a triunfar.
- Não saberia o gratificante que é desafiar-me diariamente para ser uma mãe melhor.
- Não saberia que ser mãe ia ajudar-me a entender algumas questões por esclarecer desde a minha infância.
- Não saberia que ao transformar-me numa mãe ia encontrar uma versão mais profunda, mais forte, e mais verdadeira de mim própria.
- Não saberia o que é o amor incondicional dos filhos.
- Não sentiria a energia e a força desta poderosa forma de amar, que só uma mãe/pai conhece.
- Não saberia que a dor e as armadilhas que nos aparecem no caminho são superadas pela beleza, alegria e pelas maravilha desta viagem.
segunda-feira, 10 de março de 2014
Às minhas filhas
Se eu soubesse as noites que ia passar em claro
Se eu soubesse a quantidade de fluidos corporais que ia limpar ao longo da infância dos meus filhos
Se eu soubesse o quanto o som da palavra “Mãe? Mãe? Mãe?” me ia pôr os nervos à flor da pele ao longo de uma década (mínimo)
Se eu soubesse que ia demorar mais na casa de banho, só para ter um tempinho para mim
Se eu soubesse que esses momentos roubados na casa de banho iam quase sempre ser interrompidos por algum dos meus filhos a bater ininterruptamente na porta
Se eu soubesse a quantidade de vezes que ia ter de repetir as mesmas ordens, os mesmos avisos e as mesmas chamadas de atenção
Se eu soubesse que a solução mágica para as queixinhas, choros, desobediências, faltas de respeito, e para a preguiça só ia ser eficaz apenas metade das vezes
Se eu soubesse que amar os meus filhos não significava gostar deles o tempo todo
Se eu soubesse que às vezes ia chorar no duche por ser o único sítio onde conseguia estar sozinha
Se eu soubesse que em determinada altura ia sentir-me, de tal maneira, “num oito” que só de pensar em entrar em ação com o meu marido, me causava arrepios
Se eu soubesse que nunca mais ia ser capaz de concentrar-me em nada de alma e coração, senão nos meus filhos
Se eu soubesse que a situação não fica mais fácil à medida que os filhos crescem, apenas se complica de formas diferentes
Se eu soubesse o quanto me ia preocupar a possibilidade de falhar enquanto mãe
Se eu soubesse que ser mãe ia ser, para sempre, um desafio permanente
Eu tinha tido os meus filhos na mesma.Porque se não os tivesse…
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