Nos ultimos tempos, tenho reparado que quando compro uma garrafa de água, a porcaria da rolha alem de ter pouca rosca, fica agarrada ao gargalo. Achava estranho e uma brutal coincidência, que só me calhassem garrafas com defeito. Afinal, parece que é de propósito. Para que a rolha, por ser mais pequena, não vá parar aos esgotos. Olha que bem que alguem se lembrou disto!!!!! Vá lá......
sexta-feira, 31 de maio de 2024
domingo, 26 de maio de 2024
quarta-feira, 22 de maio de 2024
Ah pois é!
Há uns dias, já com as temperaturas a subir, dizia-me a minha mãe que já estava a temer o verão por causa dos incêndios. Dizia-me ela : " Quando eu era nova, na charneca do Veiga (pinhal com várias dezenas de hectares) vivia (trabalhava) gente o ano todo. E era lá dentro, junto com a caruma e a carqueja, que se fazia a fogueira ao almoço e ao jantar. E não me lembro de alguma vez ter havido um incêndio. Agora, não se pode ter um pinheiro à porta e até os pomares ardem. Não percebo isto!". Coitada da minha mãe. Ainda não percebeu, e talvez já não vá tempo, que agora há uma desculpa pra tudo. São as alterações climáticas. E mais não digo!
quinta-feira, 16 de maio de 2024
Até ao fim
Não gosto de fins. Não gosto do fim de um livro. Não gosto do fim de um filme. Nem do fim de um trabalho ou de um ciclo. Não gosto do fim de uma relação de amizade, de trabalho, de uma parceria seja ela qual for. Tontice minha, que posso sempre voltar a ler o mesmo livro, ou ver as vezes que quiser o filme. Recomeçar uma qualquer relação, ou nem a terminar, apesar de, eventualmente, haver outros fins. Mas não é a mesma coisa.
Quando era pequena e ouvia falar do fim do mundo, pensava que era chegar ao fim de um caminho e deixar de haver caminho. Ficar um abismo. Acabar. Há uns anos, saí de Lisboa de barco, com mais cinco mil pessoas, para uma semana de rambóia. Não era uma caravela à descoberta de uma ilha qualquer. Mas garanto, que a minha infantil imagem do fim do mundo naquele momento se tornou tão presente, que ver Lisboa ficar cada vez mais distante e pequenina era o fim de qualquer coisa. Era o fim do mundo. Sem precipício e cheio de coisas boas, mas um fim.
Quando mudámos de casa, apesar de nos afastarmos apenas uns quilómetros da nossa rua, senti que, alem de ser o fim da nossa permanência naquela casa, era tambem o fim do convivio com aqueles vizinhos, o fim das rotinas naquela rua, o fim dos cheiros, o fim das cores das casas. O fim das brincadeiras das minhas filhas com os amigos do costume, o fim das rotinas delas ali. Fim, fim fim. E eu, definitivamente, não gosto de fins. Apesar da curta distância, há muitos vizinhos que nunca mais vi. Mas, há outros, que mesmo sem nos vermos durante muito tempo, é como se tivessemos estado juntos na véspera. Ontem foi dia de estarmos com os nossos maiores amigos daquela rua. Talvez até os únicos (os outros são conhecidos). Foi um dia de afetos, de coisas boas. Gostamos tanto deles! Os nossos filhos ainda são amigos, sempre foram. E nós tambem o seremos pra sempre. Não foi um dia de nostalgia. Foi um dia de pôr a conversa em dia, mas como se a tivessemos interrompido ontem. Oxalá a vida nos continue a dar a oportunidade de vivermos a nossa amizade por muito mais tempo. Até ao fim!
quarta-feira, 8 de maio de 2024
quarta-feira, 1 de maio de 2024
É prosa e não é o do Miguel Torga.
Sei de um ninho. E o ninho não tem um ovo. Nem um passarinho. Tem uma catrefada deles, a julgar pela algazarra e a merda que escorre parede abaixo, porque fizeram o ninho entre o telhado e o forro de madeira do sótão, encolhido pelo calor.
Podem até tentar-me. Só não o dou porque ninguem consegue lá ir buscá-lo. E tambem porque quero ser uma boa anfitriã, mesmo sem guardar segredo. Espero vê-los felizes, quando fizerem o pino a voar.
E nem pensem comer-me os mirtilos onde os vossos pais já foram abastecer-se, malvados.