Entrar em Gondramaz, é entrar num mundo mágico de casas de xisto avermelhado com pequenas esculturas nas fachadas que dão à aldeia um cunho especial. Terra de artesãos, tem, depois da requalificação, espaço para artistas na arte de trabalhar a pedra. Tem percursos pedestres assinalados e ultra convidativos a lugares idílicos e muitas outras atividades. Apenas onze pessoas moram diariamente na aldeia. Entre elas a D. Celeste. Com um pequeno negocio, tem à venda produtos da terra, velharias e licores. Que oferece a quem entra, mesmo que nada compre. Tem exposto, mas não para venda, peças esculpidas pelo marido entretanto cego. Mostra-as com orgulho, mas não as vende por nada. Conversa connosco como se vizinhos fossemos de toda a vida. Apetecia-me comprar-lhe tudo o que lá tinha, mas acabei por trazer apenas uma duzia de ovos, um quilo de feijão, um antigo púcaro de recolha de resina e um chocalho ainda com restos de lã. Parece-me que vou voltar.
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