quinta-feira, 15 de abril de 2021

Crónica de uma família (um tiquinho fora da caixa), em tempo de pandemia

 Um avô fez anos. Como não via uma das filhas desde o Natal, e as cancelas agora já estão abertas (encostadas, vá), rumou com a cara metade até ao Oeste. Antes, compraram um bolo e meia dúzia de telhas que faziam falta para remendar um telhado. Quase a chegar ao trabalho da filha, e cheinhos de pena de não verem a neta que estava nas aulas, recebem um telefonema. E quem era, quem? A própria dessa filha, e a neta, que estavam onde? No Ribatejo à porta do aniversariante, pois então! Isto de querer fazer surpresas, muitas vezes tem que se lhe diga. A filha nem queria acreditar que continuava tão longe dos pais e a neta só que queria mostrar o novo jogo ao avô. Pragmáticos que são, lá combinaram que o melhor era encontrarem-se a meio caminho. Ora, elas a voltar ao Oeste, eles ao Ribatejo.  Decidiram-se por Óbidos. E foi vê-los, na Vila Literária, todos catitas, a neta dentro da "barraquinha" do carro do avô (é um comercial de dois lugares), e os outros de pé, bolo partido com a arma branca que por acaso andava no carro e ainda deu tempo para a neta jogar (á pesca) com o avô. Duas horas depois, despediram-se contentes, com o estômago aconchegado com o pralinê de chocolate e alma cheia. Malta habituada a dançar conforme a música!




  

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