segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Parva!!!!

 Há umas semanas atrás, enfiei na cabeça que tinha que mudar as almofadas da cama. E lá vou eu, a uma loja que vende tudo (?) o que é ortopédico e ergonómico. Entrei, mascarada, claro, e fiquei à espera da minha vez. Enquanto esperava, fui olhando admirada para um sem numero de objetos que eu nem sabia que existiam. Quando chegou a minha vez e a menina me perguntou o que queria, fiquei gaga e apenas me saiu " uma almofada, com a qual eu me sinta a dormir sobre uma nuvem". Imagem poética que me veio sabe-se lá de onde. Ela respondeu que tinha exatamente o que me fazia falta e lá foi a saltitar ao mesmo tempo que chilreava que já usava uma daquelas há vários anos e que até já tinha convencido o namorado a usar uma igual. Eu, espectante vi-a chegar com um objeto que me parecia tudo menos uma almofada, mas quando a rapariga me disse que custava 65 euros, eu não duvidei que fosse e até lhe perguntei se tambem  trazia a cama. Pelo preço!!!!! Esperta, percebeu que eu achei caro e apressou-se a dizer-me que se comprasse outra, fazia 90 euros as duas. Lá vou eu à rua, perguntar ao homem se tambem queria uma tão extraordinária almofada, ao que ele me respondeu que não queria e que àquele preço era bem capaz de perder o sono se lá descansasse a sua calva cabeça. Entro outra vez, tão saltitante como a empregada, despejei a carteira e vim pra casa ansiosa por experimentar a compra. À noite, por precaução, vesti aquilo com três fronhas, não fosse o caso de ter de a trocar e não queria que levasse odores meus. Olhei práquilo como quem olha para uma pintura abstrata e lá enfiei a cabeça naquela forma estranha. Claro que não consegui aguentar muito tempo, deitei aquilo fora e fui buscar a minha almofada que, ela sim me pareceu uma nuvem. No dia seguinte, fui, simpática, com o saquinho na mão, dizer à menina que afinal não era bem aquilo que eu queria, que não tinha patologias que me obrigassem a tamanho sacrificio, Foi difícil, mas lá consegui que a menina me devolvesse as sessenta e cinco mocas que eu tinha pago. Saí leve e solta e obriguei-me a prometer a mim mesma que tão cedo não me armava em parva.

Agora, durmo como um anjo sobre uma nuvem de 14 euros!

sábado, 26 de setembro de 2020

O retrato da incoerência?

 Eu, a acabar de deglutir uma sandes de tofu em pão integral, temperado apenas com um pouco de azeite e orégãos, a abrir a porta do congelador para tirar um chispe para guisar com grão amanhã ao almoço.


sexta-feira, 25 de setembro de 2020

O tempo e os tempos

 É curioso como com o avançar da idade (coisa linda de se escrever), o nossa noção de tempo vai variando. Como eu me lembro, se lembro, como há quarenta e tal anos a meia hora do telejornal durava uma eternidade e a Gabriela nunca mais chegava. Naqueles trinta minutos, eu jantava e corria para a casa da M que tinha uma televisão a bateria.  Quando lá chegava ainda o jornal não tinha acabado. Entretanto, se a bateria ficava fraca, lá via o Nacib e o Mundinho desmaiados e todos torcidos, mas ainda assim ficavamos ali coladinhas (o aparelho era minúsculo) até aquilo acabar. 

Ora bem, telejornal de trinta minutos. Trinta minutos!!!!!!!!!!! Mai nada! E já era uma eternidade. Mas ficavamos a saber as noticias todas e fresquinhas. Até porque só havia um por dia e no dia seguinte tambem só durava trinta minutos e as noticias não se repetiam. Não se repetiam! 

Mandões dessas coisas das noticias dos canais todos, ide ao museu da RTP, ponde os olhinhos nos antigos telejornais e imitai os vossos camaradas desse tempo. Dai, por favor, a mesma notícia no maximo umas vinte vezes por dia. Vá lá, vinte vezes. Agora telejornais de duas horas com noticias esticadas até não serem noticias e ficarem uma parvoíce,  repetidas em todos os serviços informativos, enfiai-as naquele sítio por onde saem os flatos e o resto, combinados? E canais só de noticias??? Pois podeis pô-los exatamente no mesmo sítio! Pelo mesmo motivo. Dão vómitos porque uma pessoa fica enjoada de ouvir a mesma coisa centenas de vezes da maneira mais parva possível.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Pois é...

 

... este talvez tenha sido mesmo o ultimo dia de praia a sério!
Para o ano há mais.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Hoje fui ao dentista a primeira vez desde o inicio da pandemia

 O Dr. R era o meu dentista há décadas. Mas lá me pareceu que agora há consultórios melhor equipados e marquei noutro. Novo, simpático, muito fofinho e meiguinho no trato. Quando se chegou ao momento da conta, tive vontade de procurar um alicate e arrancar todos os dentes daquele sorriso maravilhoso.

Ah! Quando cheguei a casa, tinha um grilo na casa de banho. 

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Claustrofobia

 De repente (ou talvez não), tudo me ficou pequeno. Os dias, a casa, o carro, a cidade mais próxima, o país e tudo mais alguma coisa. A impossibilidade de circular livremente, oprime-me. Sufoca-me. Como quando fumava e ficava sem cigarros. Tinha que ir comprar. Mesmo que fosse tarde e já não fumasse nesse dia. Mas saber que não os tinha, incomodava-me. Saber que não há fim à vista para voltarmos a fazer uma vida "normal" angustia-me. 

sábado, 12 de setembro de 2020

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Novelas ou séries?

 É opinião quase generalizada, que há uma grande diferença entre novelas e séries. Para as mulheres, donas de casa e com pouca literacia, são as novelas. Já as séries, são direcionadas para os dois géneros, para cultos e exigentes. Na minha opinião, não é bem assim. Muitas novelas são baseadas em grandes obras literárias e representadas por grandes atores (?). Quanto às séries, lá por serem famosas por algum motivo especial (principalmente o numero bilionário de espectadores) não significa que sejam boas. Ora bem, porque iria esta alma penada botar faladura (escritura) sobre este tema, se não é dada a afeiçoar-se a um ou outro género? Pois é! Não era. Mas o verão e a pandemia empurraram-me mais tempo para o sofá e ler horas a fio deixa-me o stock literário desfalcado. Alem de, por ser leitora compulsiva, me sentir adicta. Por tudo isto e mais alguma coisa, comecei a ver uma novela. E gostei. Claro que faço parte do grupo de risco para esta arte menor (?)! Séries já via algumas e continuo a ver.
Tanta escrita, só para dizer que a série The Durells é assim uma coisa para lá de agradável de se ver. 


sábado, 5 de setembro de 2020

Ainda no Oeste

Edifício e jardim das Termas dos Cucos (desativadas).
Há uma Papoila no cenário

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Papoilas na vó



Foram apenas alguns dias, que souberam a mel. Pra sempre, vão ficar as nossas conversas a três. Coisas de miúdas!

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Ao ritmo de Bossa Nova

"Onde está o dia? Envelheceu! E a tarde caiu e o sol morreu.
E de repente escureceu..."