quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Sobre a vida. E a morte.


“Nós só morremos quando morre a ultima pessoa que se lembra de nós”????????

Vida, é um conceito muito lato mas que, basicamente, todos nós ( e também a Lili Caneças) definimos como “o contrário de estar morto”. Mas estar vivo é muito mais do que respirar. Apesar de cada um de nós ter o seu modo de viver, uns mais intensamente outros com mais moderação, uns com medo de “viver”, outros com mais avidez, uns com mais “sorte” outros com menos, a verdade é que começamos a morrer muito antes de deixarmos de respirar. A morte, a dita, é real aos nossos olhos, apenas quando a vemos de perto. Quando começa a ceifar os nossos. Ou a ameaça-los. E nós, que até aí andávamos distraídos e a pensar que a morte era só para os outros ou para “os dos outros”, tentamos a todo o custo manter os nossos, “vivos”.  Ainda que para eles, se estão em sofrimento,” fechar os olhos” seja o passaporte para um aliviar de dor. Para um descanso eterno. Não sei se tentarmos “agarrar” os nossos à vida, fazermos tudo o que está ao nosso alcance para adiar essa partida, será uma prova de amor. Neste momento, estou num labirinto. Um caminho, diz-me que o melhor é o fim do sofrimento. O outro, egoísta, diz-me que tenho agora a oportunidade de me redimir de algumas faltas ou erros. E outro, realista, diz-me que o que eu tenho é medo de, com a morte dos meus, começar a morrer também.
 

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