quarta-feira, 30 de maio de 2018

Tóimmmmmmmmm!

Quando abri a porta do carro, quase lhe bati sem querer. "Sinhora dá moeda! Sinhora dá frango! Sinhora, tenho fome. Dá pão!
Comprei pão pra mim e um pra ela. Quando já tinha a mão esticada pra lho dar, olhou pra mim com ar ameaçador e disse "Só um?????? É pouco! Dá todos!!!!!!!!!!!
Lembrei-me que sou má, enfiei-me a mim e ao pão dentro do carro e fugi dali.

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Duas Papoilas na Aldeia de José Franco no Sobreiro-Mafra

Só não têm a sorte que as mães tiveram quando lá iam em pequenas. O privilégio de ver o ceramista a trabalhar ao vivo.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

O avô Xico

Tinha quase dois metros de altura e outro tanto de charme e atributos físicos que faziam dele "um belo homem"
Tinha os olhos mais azuis de todos os olhos azuis, onde se liam a dor e a desesperança.
Tínhamos em comum, uma neta que não teve tempo de lhe chamar avô mas que ele ainda conheceu.
Já morreu há três anos, o avô Xico.

sábado, 19 de maio de 2018

Não! Não são aguarelas de Roque Gameiro!

O Minho está assim. Lindo!
O cheiro do estrume convive harmoniosamente com o das rosas e o da flor de laranjeira,
O cantar dos grilos confunde-se com o som da água dos pequenos riachos.
O verde da paisagem "casa" na perfeição com o azul do céu.
Tudo num equilíbrio tão perfeito como o dos pesados blocos de granito das paredes das casas humildes ou dos grandes solares brasonados.




sexta-feira, 11 de maio de 2018

Papoila mais crescida (mas com apenas cinco anos), no seu melhor

Ela - Mamã, quando as pessoas já morreram, não têm saudades disto?
A mãe - Não sei, filha.
Ela - Quando o meu coração deixar de bater e eu morrer, vou ter saudades. Mas pronto. É assim. Temos que dar lugar uns aos outros!

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Coisas muito para lá de boas.

O senhor Vitor e a mulher, são amigos dos meus pais e pessoas que eu muito estimo. Moram longe, mas vêm cá muitas vezes. Tiveram há uns anos a infelicidade de perder o unico filho, que morreu sem deixar, ele próprio, filhos.
Hoje, quando o encontrei, perguntou-me logo pelas minhas netas e ali ficamos um bom bocado em conversa de baba, como é a de todas a as avós quando falam dos netos.
Às tantas, o Sr. Vitor diz-me:
- A minha neta também está linda! Fez agora um ano mas é tão esperta!!!!
Eu, sabendo que o filho não tinha tido filhos e já morreu há alguns anos, fiquei, juro, a pensar que o homem, coitado, estava demente. Que perder um filho, é o pior que pode acontecer a alguém. Ao fim de algum tempo, arrisquei a perguntar-lhe se, afinal, tinha mais filhos. Ele então, contou-me que não (apesar de eu saber).
A "neta" É filha da ex companheira do filho, de quem continuaram muito amigos e que consideram uma filha. Quando encontrou outra pessoa com quem queria partilhar a vida, fez questão de lhes dizer e convida-los para o casamento. E quando teve a filha, passou a ser a neta e eles o avós. Falam-se todos os dias ao telefone porque moram longe, mas são uma família.
Tão simples e tão bonito.
Ainda bem que eu tinha uns óculos muito escuros.

terça-feira, 8 de maio de 2018

Esta Lisboa que eu gosto







Apútegas

Cá estão elas
 
São um aglomerado de pequenas capsulas redondas que têm dentro uma gosma transparente e sem sabor mas que eu saboreava como fossem ovos Kinder, mas sem surpresa. Também gostava de chupar as flores da Madresilva e da hortelã pimenta, de cenouras cruas e de rebuçados de meio tostão. Era o que havia.

sábado, 5 de maio de 2018

Carta a Centeno (porque há coisas que me fazem caspa)

Querido ministro
Gosto muito dos seus ombros largos e do seu ar bonacheirão (pitu pitu pitu). Mas, ai ai ai, tem de levar um puxãozinho de orelhas. É que o querido, de tanto se preocupar com o "déficite", tem o punho demasiado fechado.
O quiduxo não deve saber, porque anda muito preocupado com os números aí em Bruxelas, mas por aqui, os artistas andam a manifestar-se. Diz que as migalhas que o senhor lhes tem dado, estão cada vez mais escassas e difíceis de alcançar. Ora, por este caminho, se essa malta se cansa de trabalhar de borla, ficamos todos com um "déficite" cultural ainda maior. Pense nisto, sim?
Tenho uma vizinha que já me disse "Ó MELHER, CANDO ESCREVERES Ó MENISTRO, DIZ-LHE CAJENTE SEMOS PARVOS, MA NÃ CREMOS CONTINUAR A SÊ BURROS"
E pronto, assim me vou. Com pezinhos de lã, não vá o senhor enganar-se na prova dos nove.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Fotos com pouca qualidade, mas muito conteúdo

Quem passa em Outeiro da Cortiçada-Rio Maior e vê a "rapaziada" que o Sr. José Duarte tem em frente à sua casa, imagina que ali mora um artesão que ocupa os tempos livres a fazer umas esculturas satíricas para se entreter.
Nada disso! É só entrarmos e percebemos imediatamente que estamos perante um artista que leva muito a sério o seu trabalho, que tem imenso prazer no que faz, que tem ganho imensos prémios, feito exposições individuais e coletivas, que tem obras espalhadas por aí e que tem na família os seus mais fiéis admiradores. São um núcleo de pessoas felizes que têm imenso gosto em abrir as portas a quem mostrar interesse em ver as relíquias que guardam com orgulho.





quarta-feira, 2 de maio de 2018