segunda-feira, 27 de março de 2017

Gosto de animais, mas sou capaz de matar moscas

Na minha cozinha e em menos de trinta minutos, vi uma gata num armário, bati com o focinho numa aranha mínima mais pra Tarzan do que pra Jane a descer numa liana sabe-se lá de onde, uma mosca a sair do açucareiro e quando abri a porta da rua ainda me entrou casa dentro, um besouro assustador, qual Enola Gay.
.... só sobrou a gata!

quinta-feira, 23 de março de 2017

Serra de Montejunto

 
Hoje vi outra vez esta serra. Assim de longe. E não há vez que a veja, que não me lembre do Memorial do Convento. Como se Blimunda e Sete Sóis por ali ainda andassem. Como se, se eu procurasse, ainda encontrasse a Passarola. Foi sem dúvida um livro que a "prendi" a ler.
Porque ler Saramago é reaprender a ler. Aquela escrita própria de quem tem pressa de dizer tudo o que tem a dizer sem paragens, sem interrupções, sem perder tempo com virgulas ou pontos finais, Como dois amantes loucos por se livrarem da roupa, não se importando que ela caia no chão, que fique pendurada no candeeiro ou saia pela janela.

quarta-feira, 22 de março de 2017

O valor de um sorriso

Nas aldeias pequenas ainda vão havendo vendedores ambulantes.
Por aqui, ainda vem a padeira, sempre com pressa e a querer que estejamos a postos para a receber e com o dinheiro há conta e que tem a pontaria de me encontrar sempre com as calças na mão, a peixeira, que nos chama queridas a todas numa simpatia falsa, rapidamente desmascarada se fizermos alguma observação que não lhe agrade, e há a A.
A A. vende frutas mas dá sorrisos. Dá simpatia. Numa transação quase familiar, que agrada a todas.
Sem o saber, usa a melhor técnica de marketing de sempre: O sorriso.
Ou seja. "sabe-a toda".

terça-feira, 21 de março de 2017

Porque hoje é dia mundial da poesia

"Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar alem do Bojador
Tem que passar alem da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu
Mas nele é que espelhou o céu."

Fernando Pessoa

segunda-feira, 20 de março de 2017

sexta-feira, 17 de março de 2017

... e imensuráveis

"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."
Fernando Pessoa

quinta-feira, 16 de março de 2017

Agora tenho um cão Punk

Black Mantorras já recuperou totalmente da queimadura que sofreu em novembro.
Bem....recuperar ele recuperou. No totalmente é que há um pormenor a acrescentar. É que o pêlo, nasceu preto, é certo, mas firme, hirto e sempre a pontar pro céu.
Tenho de inscrever o bicho numa banda Punkocanina.

terça-feira, 14 de março de 2017

Bafiento

Este blog, nos últimos tempos, tem parecido uma fonte velha, seca, de onde jorram de vez em quando umas lamúrias, qual muro das lamentações.
Sei lá porquê, mas deve ser porque aqui venho quando estou furiosa, já que não sou de grandes queixumes.
Ora vamos lá mudar isto!
Mas só amanhã.......

segunda-feira, 13 de março de 2017

Porque todos os dias são dias das mulheres

"A mulher é uma substância tal, que, por mais que a estudes, sempre encontrarás nela alguma coisa totalmente nova."
Tolstoi


De tal maneira isto é verdade, que eu por exemplo, me sinto insultada por haver UM DIA DA MULHER. Enquanto isto acontecer, e houver excursões de mulheres que deixam o jantar já feito para o seu homem e vão jantar e dançar umas com as outras, todas contentes por terem-ilusoriamente-um dia só para elas vou sentir-me envergonhada!
Onde é que aqui, está a igualdade de género?

quarta-feira, 1 de março de 2017

Encrequebância (desculpa F.)

Qual é o momento exato em que nos apercebemos que os nossos pais já não estão em condições de tomar decisões sob pena de porem em causa a sua integridade física? Aquele momento em que temos de passar a ser os timoneiros de um barco que tem a agulha da bússola avariada e pode encalhar a qualquer momento? E como o devemos fazer, sem que se sintam espoliados, inúteis, dependentes? E como encarar isto sem culpa? Como dizer ao nosso pai, que não pode fazer isto ou aquilo, como ele nos dizia quando eramos crianças? E como lidar com o sentimento de culpa, quando deixamos o barco andar, sabendo do perigo que corre, mas sem termos coragem de tomar o leme?