"Não é justo"...

...diz Papoila mais crescida, quando tem de fazer o que não gosta.
O mesmo digo eu, quando recebo a conta da água. E mais, é melhor nem dizer!!

... e é sempre o mesmo!

No primeiro dia de praia é sempre o mesmo!
A mesma praia cheia de esterco. As mesmas moscas. as mesmas formigas. os mesmos mirones, a mesma vontade de lhes ir ao focinho e também a mesma vontade de cagar neles e aproveitar o sol, sonhar acordada ou até passar pelas brasas. Mas isto é só no primeiro dia. Nos outros já nem ligo.

Purple rain

1958-2016

Máquina nova, dias de chuva e muita paciência...

... pequena Papoila ganhou dois vestidos novos. Por menos de um euro cada um, é certo, mas pra ela isso por enquanto não tem importância.

Há caracteristicas de género que são transversais a várias especies

Vejo isso nos animais que tenho em casa. Ainda ontem quando saímos, reparei que ele, o cão, defeca sempre no mesmo sitio e bem no meio da estrada sem o mínimo pudor.. Já ela, a cadela, é muito mais recatada e só o faz em lugares mais isolados. E até a comer são diferentes. Ela, come sem espalhar e deixa tudo limpinho. Ele, javardolas, espalha a comida e muitas vezes ainda manda um "chuveirinho" para temperar.
Até nos afetos são diferentes. Apesar de ambos serem muito afetuosos, ele é tão abrutalhado e ela tão meiguinha!
Com as gatas é semelhante. São tão femininas!. Comem qualquer coisa, não fazem fita, "lavam-se" uma à outra e está tudo bem para elas. Já o gato que tive antes delas, alem de só comer peixe fresco, comia de um lado e ainda me ia chamar para eu virar o peixe para o outro lado, para ele então o comer. E era tão egoísta, que não me deixava ler nem fazer nada enquanto ele estivesse por perto.
E esta, heim? tenho ou não tenho razão? Ainda que com exceções, sei de uma espécie em que os machos e as fêmeas são tão semelhantes aos meus animais no que aos comportamentos diz respeito...

Nem mais...

" E se fosse eu ? "

Várias pessoas, andam a fingir que são refugiados e a fazer uma seleção de objetos que levariam numa mochila numa hipotética fuga. A intenção é, obviamente das melhores. Vale, como uma chamada de atenção. Não mais do que isso.
Os refugiados não fingem. Fogem a sério. Da morte certa, do medo, da incerteza, de tudo o que os atormenta.
Também eu já fugi. Por motivos ridiculamente insignificantes, se comparados com os deles. Mas também fui "obrigada" a fugir dos sítios e das pessoas que tinham a obrigação de me proteger, mimar, ser importantes pra mim e que naquele momento, mais não eram do que uma ameaça, uma tortura. E fugi sem mochila. Sem nada. Não saí do meu país nem atravessei fronteiras terrestres. Apenas aquela que separava o meu mundo do outro mundo.
E de uma coisa tenho a certeza: eles, tal como eu, mesmo que não tragam mochila, vêm carregadinhos de esperança. E com uma vontade firme de nunca olhar pra trás.

A minha glicínia já está em flor

Tão bonita e a cheirar tão bem, que me apetece estar bem perto dela.
Apetece-me a mim e aos besouros e ás abelhas e às vespas e às moscas e mais uns milhões de insetos que nem conheço o nome.
Confesso que isto de partilhar o mesmo espaço com tanta variedade de bichos, ainda me faz muita confusão....

Hoje....

... está um dia à medida pra mim, quando tenho um livro novinho pra ler.
Obrigada S. Pedro!