quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Não é uma questão de parentalidade. É uma questão de afetos.

O J. sempre foi pai da T.. Mas não era o pai da T. Ou melhor, podia não ser pai da T.
Mas também podia ser, e por isso, sempre foi.
A T. sempre soube. Sem perguntar.
Quando a ciência o permitiu, o J. podia ter tirado as duvidas. Mas o raio da ciência podia tirar-lhe aquela filha e ele nunca quis saber. E continuou a ser o pai da T. E a T. a sua filha mais presente.
Agora a T. está doente. Muito doente.
E o J. está devastado. Sem chão. Tem medo de a perder.
Quero tanto que a T. supere isto e eles continuem a ser o pai e a filha que sempre foram.
Gosto tanto deles!

Sem comentários:

Enviar um comentário