sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Desconforto

Tenho comprado livros em feiras de velharias, todos a um euro, uns melhor e outros pior conservados.
Mas como não ligo a merdiçes e compro livros pelo conteúdo e não pela aparência, lá vou comprando verdadeiras preciosidades, baratíssimas.
Mas há um pormenor que me deixa um pouco incomodada. É que muitos deles trazem dedicatórias, rascunhos, sublinhados e outras marcas de quem já foi seu dono, o que me deixa com um sentimento de intromissão muito desconfortável. Como se entrasse na intimidade daquelas pessoas. Todas, ou quase, já devem ter partido. Mas é como se ainda estivessem presentes naqueles livros.
Uma coisa é certa, todos eles dizem muito mais do que as frases que contêm.



quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Vamos falar de maçãs?

Fruto do pecado, que o diga a Eva, a maçã é um fruto muito consumido (eu excluída, que só como das minhas, biológicas e tão boas que só elas) e apreciado  pelos portugueses. Aqui bem perto, há umas muito afamadas, e há bem pouco tempo, vi na TV um responsável dessa produção a enaltecer as qualidades da sua fruta e a aconselhar que os consumidores a comam com a pele (cruzes canhoto, que a maioria do pessoal não imagina a porcaria que por ali vai.).
Que são lavadas (e víamos  todo o processo), por isso absolutamente inócuas.
E lá voltei eu ao passado, e ao celeiro dos meus avós C.
O celeiro era o armazém do povo daquele tempo.
Lá, os meus avós guardavam o trigo, numa arca tão grande que eu a minha irmã e os meus primos cabíamos lá dentro a brincar. Durante o ano, ia ficando vazia, à medida que as semanas se sucediam e a minha avó ia trocando o trigo por farinha para o pão de toda a semana. Guardavam as batatas para todo o ano, o milho para a criação, os grão, os chícharos, o feijão uvas penduradas na tentativa de as fazer chegar ao Natal, e mais alguns haveres.
Mas do que mais me lembro, é do monte de maçãs que ficavam mesmo no centro do casarão (como também era chamado).
Cheiravam tão bem...
Claro que tinham lagartas(!).
E também é certo que essas lagartas se misturavam com as das batatas, com o gurgulho do feijão, os carneiros do chícharos, as ratazanas que por ali andavam e todo um rol de bicharada.
Mas ainda assim, creio, estou mesmo convicta, que eram mais saudáveis que as tais, tão famosas, caras, intragáveis, que o fulano aconselhava. Aquelas e todas as outras produzidas como elas.
Agora já não é fruta do pecado. Pode até ser a fruta da morte lenta.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Eu não digo que os deuses andam loucos?

Quase em Novembro, e, ou para ver McNamara ou para aproveitar um fantástico dia de praia, o facto é que, na Nazaré, este domingo, parecia Agosto.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Sonhos/pesadelos

Há duas noites que ando a sonhar que ando outra vez na escola primária. Na minha escola primária.
Cá pra mim, ou eu quando estou a dormir, tenho saudades da minha infância ( só mesmo a dormir), ou estou a prever que a velhice , que se aproxima a passos largos, vai ser como que uma segunda infância. Um terror, portanto.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Porquê?

Gosto tanto de literatura brasileira.
Considero os brasileiros artistas das palavras. Têm uma forma tão harmoniosa de as usar que acho uma delicia, um mimo.
Então porque é que eu não consigo ler até ao fim um único livro de Paulo Coelho?

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Amizades

Ao longo da nossa vida, vamos conhecendo pessoas, com as quais temos mais ou menos empatia, vamos gostando mais de umas do que de outras, e àquelas de quem gostamos mais, chamamos amigas.
Há ainda as que passam na nossa vida, ainda que rapidamente, mas que deixam um rasto de coisa boa, de lembranças boas, de saudades.
Isto de falar de amizades, tem muito que se lhe diga. Ainda mais agora, com as amizades facebookianas.
Como sou já muito antiga, para mim, não há amizades como as que se fazem antes da idade adulta.
E tive a confirmação disto mesmo no fim de semana.
No domingo encontrei a D.
A minha melhor amiga da adolescência.
Em trinta e tal anos, talvez nos tenhamos visto menos de meia dúzia de vezes.
Mas, curiosamente, quando nos encontramos, foi como se nos tivéssemos visto no dia anterior.
A mesma cumplicidade, aquela sensação de sabermos o que a outra vai dizer, aquele aconchego que se sente junto dos amigos, aquela certeza de que uma é efetivamente amiga da outra.....
Gosto tanto da D.
Mesmo que a vida nos tenha afastado, somos e seremos sempre amigas. As melhores amigas.
Sem facebook

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Sou só eu que acho...

... ou este início de ano letivo faz lembrar o de 74/75?
Mas já passaram 40 (QUARENTAAAA) anos, caramba!!!!!!!
Em quatro décadas não se aprendeu nada?

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

domingo, 5 de outubro de 2014

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Salsaparrilha

Ontem, enquanto dava uma volta por montes e vales com os meus cães, senti um aroma tão bom, mas tão bom, que parecia ter sido conseguido pelo melhor perfumista.
Ná!!!!!!!! Qual quê!!!!!!
Não era meu, os meus amigos de quatro patas, agora que tudo parece ter apodrecido, adoram esfregar-se em tudo o que cheira mal, por isso andam imundos, muito longe de cheirarem bem.
Depois reparei. Uma planta feinha, ninguém dá nada por ela, com umas flores minúsculas.
É a salsaparrilha. Está na época de floração, e é o modo que a natureza encontrou para contrapor um cheirinho bom aos outros de podridão de fim de estação.
Vale a pena dar uma volta pelo mato agora.
Ainda há coisas perfeitas!

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

Solidariedade familiar

O fim de semana passado, foi para aliviar um pouco a tenção de familiares, que estão, de momento, a passar por uma fase menos boa.
E foi bom vê-los rir e fingir que estavam bem. Há problemas que não se esquecem nem por momentos, mas ainda assim todos fizemos um esforço.
Força!!!!!