... o mundo era um lugar maravilhoso"
Rui Nabeiro
Uma guerra aqui mesmo à nossa porta. Padres que têm a lata de dizer que não é muito católica a maneira como as pessoas estão a encarar a pouca vergonha com que outros padres nojentos molestam crianças com o que nem sequer deviam pensar. Dizem uns (padres), que irão pro céu (os outros padres) se pedirem perdão e se outro padre que pode até ter feito o mesmo, lhe perdoar. Parece trocadilho, e na verdade até é, mas alem de não encontrar adjetivos para os classificar, tenho dificuldades a outros níveis no português. E não vou pro céu. Há lares (hã?), onde os desgraçados dos idosos, alem de terem saído do seu lar, são mal tratados, agredidos de várias maneiras, esquecidos, humilhados, ofendidos na sua dignidade e chulados depois de uma vida de trabalho. Há jogadores de futebol, que, escandalosamente, ganham num dia o que muitos não ganham numa vida de trabalho. Há pessoas, autodenominadas influenciadoras, a cagar postas de pescada nas redes sociais (?) e uma cambada de totós a sentirem-se influenciados com visualizações aos milhares, que vão encher de guito os parasitas dos influenciadores. Há desses influenciadores, que têm filhos e os mostram a nascer, a mudar a fralda, a entrar na pré, no colégio pago pelos totós, na universidade mais cara que esses meninos quiserem frequentar, paga pelos milhares seguidores dos papás, que, na verdade, seguem os papás pra ver os filhos, no ano sabático que, claro está podem fazer porque têm uma conta churuda à custa dos totós dos seguidores dos papás e até há o mais extraordinário: meninos (e meninas), que assim que nascem ganham logo uma conta em nome próprio, que os papás divulgam nas suas redes (!) para que, assim, ganhem eles e os rebentos. Há resmas de barbaridades a acontecer, é certo. Mas, apesar de tantos pesares, as Olaias já estão floridas, os prados encheram-se de flores amarelas, já cheira a primavera e, sobretudo isso, o nosso otimismo e fé nos outros e no futuro, continua em alta porque desgraças e poucas vergonhas sempre houve e haverá. E uma pessoa habitua-se!