terça-feira, 29 de janeiro de 2019

sábado, 26 de janeiro de 2019

O pequeno Julen caíu num buraco...

.... e com ele, levou o fio de vida que restava aos pais depois da morte do irmão.
Estes pais vão sobreviver a esta tragédia. Mas com outra vida. Uma vida, que nenhum pai ou mãe querem conhecer.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Sou mesmo de outro tempo!


Não há dúvida de que nos últimos anos, com o aparecimento de novas formas de comunicar, as relações humanas foram alteradas. A todos os níveis. Os filhos já saem de barrigas que foram alugadas, os amigos são virtuais, o ensino pode fazer-se à distância, as pessoas conhecem-se nas redes sociais, há programas de televisão que casam casais que nunca se tinham visto, e é melhor ficar por aqui. E o mais espantoso, é que há todo um mundo de experts a ensinar a melhor forma de conviver com tudo isto. Li hoje um artigo, onde se aprende a seduzir nas redes sociais. O que vestir, a cor que vestir, como se posicionar, como sorrir, onde se fotografar, como olhar e que de preferência se deve ter por perto um animal de estimação quando se quer uma foto de perfil altamente sedutora. Ou seja, a foto de perfil, segundo o artigo, funciona praticamente como as montras no Bairro da luz Vermelha em Amesterdão.
Dá-me vontade de rir, lembrar-me de como se seduzia quando eu era moçoila. Se é que se podia chamar sedução a um sorriso tímido, um olhar envergonhado, umas bochechas vermelhas quando o olhar era correspondido, uma dança mais apertada no bailarico da Sociedade Recreativa ao som do acordeão do Pardal, uma saia mais curta que as mães tapavam com o xaile quando nos sentávamos, uma pasta que caia no chão e deixava os livros todos espalhados no chão para que alguém nos ajudasse a apanha-los (uma pasta, era uma espécie de capa de livro, só usado pelos mais “crescidos” que já andavam na escola Comercial , imitava  pele, com uma espécie de pirogravura de caravelas, do Vasco da Gama ou de outra figura qualquer. A minha tinha uma caravela), um toque fortuito no autocarro e mais umas parvoíces ridículas.
Caramba! O que isto mudou!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Trabalhos!!!!!!!

Quando eram pequenas, as minhas filhas diziam que queriam muito aprender a ler para poderem ler os livros lá de casa (era outra casa). Mas com uma carinha de enjoo lamentavam "MAS TER DE ESTAR TODO O DIA SENTADA NA ESCOLA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! QUE CHATICE".
Quase o mesmo digo eu. Não por causa da leitura, mas da minha mania de comer quase exclusivamente, legumes e verduras. É que é um trabalhão! Só a alface a rúcula e os espinafres do almoço de hoje, tive de lavar cinco vezes! Já pra não falar do resto dos ingredientes.
Comer (mais ou menos) bem, dá cá um trabalhão!!!!!!
Ou seja, tudo o que é bom dá mesmo muito trabalho a conseguir.

sábado, 19 de janeiro de 2019

So do i

"............................
Sou aquela que passa e ninguém vê…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber porquê…
Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!"
 
Florbela Espanca

segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

O meu relógio de brincar

Hoje, ao limpar esta foto, lembrei-me do dia em que a tirei. Tinha cinco anos. Sabia que ia tirar um retrato mas não sabia o que isso era. Fui com a A. Ela deu-me a mão para me ajudar a subir as velhas e gastas escadas de madeira. Quando entramos nos estúdio, fiquei admirada com tantas fotos nas paredes, muitas de pessoas que eu conhecia. O fotógrafo mandou-me sentar no banco e disse-me como me devia posicionar. Não gostei. Achei uma chatice. Apesar de me mandar sorrir, não lhe fiz a vontade. Não gostei que me mexesse nos caracóis e me dissesse que tinha um bonito relógio. 
Mais de cinquenta anos depois, sem caracóis nem relógio de brincar mas com algumas rugas, ainda não gosto de ficar no retrato. Mas, ainda assim, deixo-me fotografar por aí. Pouco. Mas há momentos que devem ficar registados.... 
 

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Cai neve no meu jardim

Calêndulas, malmequeres e até as Santolinas, já estão muito fragilizadas. Mas o meu Rododendro não!!!!! Meu rico Rododendro! Ando com ele em panos quentes e espero conseguir salva-lo.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Os meus cães...e eu!


Saímos já o sol ia alto. Quando lhes tirei a trela, correram à procura de cheiros novos e deixaram-me sozinha. Num instante esqueci-me deles e deixei-me cativar pelas cores dos cristais de geada que ainda restavam e que ao sol faziam lembrar o mais requintado salão iluminado por inúmeros lustres a brilhar em conjunto com os diamantes das convidadas. Milhões de arcos iris. Luz e cor numa manhã fria de inverno. Em pouco tempo, já eles voltavam a correr pra mim e pisavam aquele salão ofuscante, como dois dançarinos desajeitados. Brincámos os três naquele cenário mágico, tão familiar como se fosse o nosso imenso salão de festas.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

De José Saramago

(...) Podemos então dizer que somos livres, com a paz e o sorriso de quem se reconhece e viajou à roda do mundo infatigável, porque mordeu a alma até aos... ossos dela.......