Há lugares que chamam por nós

Só para quem gosta

Percurso pedestre da Fórnea

Parece que hoje é o dia mundial da voz

Esse que é o nosso melhor meio de comunicação. Um meio cada vez mais substituído por outros e ao qual nem sempre damos o devido valor.
Quantas vezes a usamos para dizer coisas que nunca devíamos dizer e quantas outras não conseguimos, não queremos ou não podemos usa-la para dizermos o que devíamos.

Socorooooooo!!!!!!!!!!!!!!

Vivo rodeada de milhões de formigas. Por todo o lado há montes de terra que parece ter sido engolida e depois vomitada. Se vou à horta, a cada passo enterro o pé num monte de terra movediça e recebo ameaças de morte silenciosas.
A qualquer momento, a casa é engolida por um gigantesco formigueiro e eu, engolida por elas.
Morar no campo? É-P-O-E-S-I-A!!!!!!!

Nem mais!!!!!!!!!

"O estrangeiro" de Albert Camus

Nestes dias chuvosos, tenho lido desalmadamente.
Este livro, com introdução de Jean-Paul Sartre , é inquietante, denso e ao mesmo tempo tão trivial, que me marcou profundamente. Recomendo.

Prosa ou poesia

Perguntam-me muitas vezes se gosto de poesia. E eu fico atrapalhada e sem saber o que responder. Para mim, a poesia é uma dança de palavras, que pode ir de um tango a um bailado clássico.
Mas, como se sabe, nem sempre nos apetece a mesma dança. Tenho dias em que me apetece um fandango ou uma valsa......
Do que eu gosto mesmo é de prosa.
Quando ela me sabe a poesia!!!

Andei pela lezíria ribatejana...

... para os lados da Golegã.
Apesar dos dias cinzentos e chuvosos, a primavera teima em fazer-se notar.
Os freixos, já vestidos de folhas, beijam o Tejo, o Almonda e o Alviela.
Os pássaros, nervosos e barulhentos, andam em frenéticos rituais de acasalamento.
E até as papoilas e os pampilhos que conseguiram escapar aos agroquímicos da agricultura intensiva, se espreguiçam por entre os pingos de chuva.
É a natureza a cumprir o seu ciclo. A pôr tudo no seu lugar.
Como um quadro ainda fresco de um inspirado artista.

Espertos parvos

Quando os xicos espertos da informática pensam que nos fazem de parvos, deixam de ser espertos e passam a ser eles os parvos.

Pequena Papoila, a sedutora

Até pode tocar viola a murro. Mas é doce e meiga. E diz-me sempre que me vê ou telefona, que gosta de mim. E não precisa de dizer mais nada, a marota! Sabe bem que assim me derrete. 

Sem fotos, para não chocar.

Por esta altura, aqui no campo, podemos abrir as portas e janelas à vontade porque as moscas ficam na rua a apanhar as poucas réstias de sol que vão aparecendo e as melgas ainda andam sabe-se lá por onde.
A não ser que se tenha duas gatas giras que se fartam e que, apesar de esterilizadas, têm pretendentes às paletes e que gostam de marcar território. Ora vai daí, é normal aparecer uma mijadela na porta do frigorífico ou no pé da mesa......
Mais vulgar ainda, é aparecerem-me "presentes" porta dentro. Um rato sem cabeça, um pardal estrangulado, um gafanhoto perneta.
Bem....quando morrer, vou pro céu da bicharada!

Papoila mais crescida no castelo de Alcanede

Correu monte acima e só não bateu com o nariz na porta porque foi perdendo velocidade.

Porque as castelos, claro está, têm que manter as portas bem fechadas não vá a história que encerram, sair porta fora.

Por cá

"Porque a vida nunca nos dará o tempo necessário para viver tudo o que somos, existem locais que nos encontram, para que nos possamos perder. "
Eliseu Pimenta em Rotas da Lua

Monsanto

Ora toma!!!!!!

Não faltam por aí mentes iluminadas a dissertar sobre economia doméstica.
E, curiosamente, todos começam pelo papel higiénico. Coisa de utilidade diária mas tão barato que nem vale a pena poupar nele, digo eu. Senão, das duas uma, ou cagamos o cu ou as mãos.
Acabei de ter a prova. E não foi para poupar, garanto. Foi apenas por preguiça de ir buscar um rolo novo.